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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Dermatite atópica: A doença silenciosa que atinge desde crianças a adultos


 A dermatite atópica é uma doença genética de caráter crônico, que geralmente tem início na infância. É caracterizada por lesões de pele associada a ressecamento e prurido intenso. Embora seja uma doença de pele, o eczema atópico pode afetar psicologicamente os indivíduos, desde sintomas como ansiedade e depressão, até problemas mais sérios como prejudicar o desenvolvimento neurológico.

O eczema atópico tem, em sua maior parte, início na infância, e por se tratar de uma fase de desenvolvimento o tratamento correto e suporte psicológico se tornam imprescindíveis. Pessoas com essa patologia, geralmente se mostram mais ansiosas e depressivas, devido às lesões de pele e coceira, afetando tanto atividades diárias, como escolar, social e laboral (no caso dos adultos). Os principais sintomas são coceira e ressecamento intensos que acometem principalmente dobras do corpo como braços, joelhos e pescoço.

“E essa condição muitas vezes atrapalha o paciente no seu dia a dia, seja nas suas tarefas diárias, seja durante o sono, que é afetado devido ao incomodo causado pelo prurido e ressecamento” diz a médica Gabriela Morales.

Além disso, estudos mostram que a prevalência de TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) em crianças com Dermatite atópica é mais alta do que naquelas sem a condição e problemas de sono são muito comuns prejudicando o desenvolvimento cognitivo.

Sendo assim, estar atento aos sinais e sintomas da Dermatite atópica é imprescindível, pois apesar de se tratar de uma doença crônica, ela tem controle. “O paciente diagnosticado com dermatite atópica precisa de uma avaliação tanto física quanto psicológica, em alguns casos. Pois, a depender da intensidade da doença, seus sinais e sintomas podem acarretar problemas psíquicos no doente”. Afirma Gabriela.

O tratamento, na maioria dos casos, é feito com medicamentos tópicos como corticoide, derivados da calcineurina, fototerapia, e o uso de hidratantes. Em casos mais graves, é necessário o uso de medicação via oral que podem ser imunossupressores, corticoide oral e também imunobiológicos.

Segundo Gabriela, além dos medicamentos, a educação do paciente sobre a condição e a importância da adesão ao tratamento e mudanças no estilo de vida são cruciais.

“O conhecimento sobre gatilhos ambientais e alimentares também pode ajudar os pacientes a evitarem surtos. A consulta regular com médico e outros profissionais de saúde é essencial “conclui a médica.


DESINFORMAÇÃO E FALTA DE ACESSO À INFORMAÇÃO SÃO DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER

A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) também alerta que a falta de patologistas, a infraestrutura insuficiente e a baixa remuneração pagam pelos procedimentos diagnósticos no Sistema Único de Saúde (SUS) agravam o cenário de combate à doença.

 

Na era da globalização e das redes sociais, a disseminação de informações incorretas se tornou um desafio no combate ao câncer. Quem nunca ouviu falar que determinado alimento poderia curar ou causar câncer? Ou que o uso de certos equipamentos eletrônicos aumentaria o risco de tumores? Tais informações, muitas vezes sem base científica, circulam amplamente, dificultando a tomada de decisões corretas por parte da população. É o que chama a atenção a pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), entidade que representa os especialistas responsáveis pelo diagnóstico do câncer e pelo suporte aos médicos oncologistas na definição do tratamento mais adequado para os pacientes. 

Segundo a Drª Gisele Iguma, coordenadora do Departamento de Comunicação Social da SBP, a desinformação, impulsionada pelo crescimento das fake news, se soma à dificuldade histórica de acesso à informação confiável em diversas regiões do Brasil. 

“Por isso, a SBP tem investido em canais de comunicação, como as redes sociais, incluindo o Instagram (@sbpatologia), e plataformas como o Spotify, onde criamos o podcast O Patologista em Podcast, com o objetivo de esclarecer e informar a população sobre temas relevantes em diagnóstico e câncer”, explica a especialista. 

A Drª Gisele também orienta que a população busque informação em fontes oficiais e confiáveis, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e o portal Oncoguia. Além dessas, hospitais especializados no diagnóstico e tratamento do câncer frequentemente disponibilizam informações seguras em seus sites e redes sociais. 

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Cancerologia (RBC) reforça que a desinformação na saúde é um problema global, e que fatores como estado emocional e grau de escolaridade tornam os pacientes mais vulneráveis a informações falsas. Isso pode levar a decisões prejudiciais, como a adesão a tratamentos sem comprovação científica ou a recusa de terapias eficazes, impactando negativamente o prognóstico.

 

Diagnóstico Tardio - A Dra. Ivana de Menezes, também membro do Departamento de Comunicação Social da SBP, reforça que a desinformação pode fazer com que pacientes demorem a procurar auxílio médico: “Muitas vezes, o paciente recorre à automedicação ou tratamentos alternativos sem comprovação. Quando, finalmente, recebe um diagnóstico e acesso ao tratamento correto, pode ser tarde demais”. 

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada em 2019, revelou que o tempo para confirmação do diagnóstico pode chegar a 200 dias. Segundo o Ministério da Saúde, 56% dos pacientes só recebem o diagnóstico quando o câncer já está em estágio avançado, reduzindo significativamente as opções terapêuticas e piorando o prognóstico.

 

Falta de Patologistas e Infraestrutura Deficiente - O Dr. Gerônimo Jr., presidente da SBP, alerta que a falta de médicos patologistas no Brasil também é um fator crítico para o diagnóstico tardio do câncer, especialmente em regiões mais remotas. 

Atualmente, o país conta com apenas 3.824 médicos patologistas, o que representa 0,8% do total de especialistas. Para efeito de comparação, existem 56.979 clínicos médicos (11,5%), 48.654 pediatras (9,8%) e 41.547 cirurgiões gerais (8,4%), evidenciando um grande déficit na especialidade responsável pelos exames diagnósticos. 

“Sabemos que o Brasil e o mundo enfrentam uma carência de patologistas. No Brasil, temos cerca de 1,6 patologistas para cada 100 mil habitantes, mas em algumas regiões, como a Norte, esse número é ainda menor, chegando a menos de um patologista por 100 mil habitantes”, explica o presidente da SBP. 

Além da escassez de profissionais, a infraestrutura insuficiente e a baixa remuneração dos procedimentos diagnósticos também comprometem a qualidade e a rapidez dos diagnósticos. Hoje o Sistema Único de Saúde (SUS) paga apenas R$ 40,78 por exame patológico, um valor considerado incompatível com a complexidade do trabalho.

 

Perspectivas e Soluções - Desde a auditoria do TCU, a SBP tem trabalhado junto ao governo federal para buscar soluções para esses desafios. Segundo o Dr. Gerônimo Jr., há avanços na discussão com o Ministério da Saúde, e um Termo de Cooperação Técnica deve ser firmado em breve. 

“O Ministério da Saúde está sensível a essa problemática, e a SBP está colaborando ativamente para encontrar soluções que melhorem o acesso ao diagnóstico e o tratamento precoce do câncer no Brasil”, conclui o presidente da entidade.

 

Excessos podem ser tão prejudiciais quanto a deficiência


Chás, vitaminas e suplementos parecem inofensivos porque são considerados naturais, mas, impulsionado pelo desejo de melhorar a saúde e reforçar a imunidade, muitos consumidores desconhecem um fato essencial: o excesso de vitaminas e compostos naturais pode ser tão prejudicial quanto a deficiência. O farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista, alerta que a ideia de que “se faz bem, mais é melhor” pode levar a sérios problemas de saúde. 

Segundo o especialista, as vitaminas e minerais são essenciais, mas em doses excessivas podem ser tóxicos. “A superdosagem pode causar sobrecarga hepática, problemas renais e até afetar o funcionamento do coração”, explica. 

Entre os casos mais comuns de toxicidade Jamar destaca que os mais consumidos pela maioria da população são os que carregam mais perigos dos excessos. “A vitamina D, por exemplo, pode levar ao acúmulo de cálcio no sangue, aumentando o risco de pedras nos rins e calcificação de artérias. Já a vitamina A pode provocar náuseas, tonturas, danos ao fígado e até risco de má formação fetal em gestantes”, alerta. 

O zinco também entra na lista de atenção. “Por ser um dos queridinhos para aumentar a imunidade, as doses elevadas podem causar desequilíbrios no cobre e fazer o efeito contrário, enquanto o Ferro, se consumido sem necessidade pode aumentar o risco de danos hepáticos e oxidativos”, diz. 

O mesmo também pode acontecer com os ‘inofensivos’ chás. “Algumas plantas possuem princípios ativos potentes e podem interagir negativamente com medicamentos ou causar reações adversas por conter resíduos químicos perigosos que, em longo prazo, podem afetar a saúde do fígado e do sistema nervoso, ou por ser mal armazenadas e assim criarem fungos, que liberam toxinas”, alerta Jamar. 

O farmacêutico reforça que a melhor forma de garantir a segurança no consumo de suplementos e vitaminas é buscar orientação e fazer exames e entender quais nutrientes realmente estão em déficit antes de iniciar qualquer suplementação – mesmo que seja natural.
  

 

Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008.
www.tejardiando.com.br
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Métodos contraceptivos hormonais de longa duração: vale a pena? Especialista afirma que sim!

 

Ginecologista da Unimed Araxá aponta alternativas e efeitos

 

A gravidez não planejada é um problema de saúde pública atingindo um grande número de mulheres no Brasil e no mundo. Segundo a ginecologista da Unimed Araxá, Ingrid Chaves Maneira, a taxa de gravidez não planejada no Brasil é de cerca de 62% em pelo menos uma gestação das brasileiras. “A gravidez não planejada não está associada apenas com repercussões negativas na saúde materno- fetal, mas também a fatores econômicos e sociais”, ressalta.

 

Alterações


Entre as alterações mais observadas estão:


- A não realização de um pré-natal adequado


- A não interrupção do consumo de álcool, tabagismo e drogas durante a gestação


- O aumento da incidência de aborto, prematuros, baixo peso do recém-nascido

- Menor chance do aleitamento.

 

Além disso, estas mulheres apresentam duas vezes mais chances de problemas psiquiátricos como depressão e suicídio. “Por tudo isto, os contraceptivos de longa duração devem ser abordados. Hoje abordaremos os contraceptivos de longa duração (LARC - Long-Acting Reversible Contraceptive) hormonais”, explica.

 


Opções


Entre as opções estão:


 . SIU-LNG - 52 mg


  . SIU-LNG- 19,5 mg


 . Implante etonogestrel - 68 mg

 

Em comparação com os métodos de curta duração, os LARC são superiores em eficácia propiciando taxas de gravidez menores que 1 % ao ano.

 

O implante de etonogestrel apresenta taxa de falha de 0,05% com duração de 3 anos.

 

O SIU-LNG 52 mg- como contraceptivo pela diretriz atual pode permanecer 8 anos.

 

SIU-LNG 19,5 mg- 5 anos

 

Eles estão indicados para todas as mulheres que desejam contracepção eficaz, incluindo adolescentes, mulheres que nunca engravidaram, no pós-parto ou pós-aborto ou presença de doenças que contraindiquem o uso de estrogênio.

 


Mecanismo de ação:


- Muco cervical espesso e hostil a penetração do espermatozoide, inibindo sua motilidade no colo, útero e tuba uterina, não permitindo a fertilização do óvulo.

 

- A alta concentração do levonorgestrel, que é a progesterona liberada impede a resposta do estradiol circulante com forte efeito sobre o endométrio inibindo a ação mitótica do endométrio e este se torna atrófico.

 

De forma geral, a mulher acaba ficando em amenorreia (não menstrua) em 20% a 30%, e o fluxo diminui em mais de 90% das usuárias.

 


Além disso, as medicações:


- Aumentam a concentração da hemoglobina tratando a anemia.


- Tratam sangramento uterino anormal


- Reduzem o número de Histerectomias (retirada do útero).


- Proporcionam proteção do endométrio, no caso de reposição hormonal.


- Minimizam os efeitos do tamoxifeno sobre endométrio.

 


Efeitos adversos:


- Acne- 12%


- Ganho de peso - 7%


- Humor depressivo - 5 %


- Cefaleia- 5% a10%


- Escape menstrual- depende do ano de uso, com o tempo vai diminuindo.

 Todos estes efeitos podem ser controlados com medicações e em poucos casos terá a necessidade de retirar o método.

 


Complicações:


São raras mas podem acontecer.


- Expulsão do SIU


- Dor pélvica ou sangramento irregular


- Perfuração do útero


- Gravidez


- Gravidez ectópica (fora do útero).

 


SIU de menor dosagem hormonal


Sobre o SIU de menor dosagem hormonal - 19,5 mg:


- Chegou no Brasil em 2020.


- É indicado para mulheres que nunca engravidaram, adolescentes, adultas jovens e todas mulheres com útero saudável.


- Este método tem duração de 5 anos.

 


Implante de etonogestrel.


- Contém 68 mg de etonogestrel


- Duração de 3 anos


 - Inserção subdérmica na porção posterior do braço não dominante, abaixo do sulco entre bíceps e tríceps.



Ação:


- Inibe a ovulação.


- Alteração do muco e endométrio.


 A fertilidade retorna 7 dias após a retirada do método. 


Conclusão:  


Os métodos contraceptivos de longa duração, no caso SIU/LNG e implante de etonogestrel, representam uma alternativa eficaz e segura para a prevenção da gravidez. Oferecem alta taxa de adesão e comodidade para as usuárias. “Além de sua longa duração e eficácia comprovada, esses métodos contribuem para a autonomia reprodutiva e redução de gestações não planejadas. No entanto, é fundamental que sua escolha seja baseada em uma avaliação individualizada levando em consideração fatores clínicos e preferências pessoais, acesso à informação de qualidade para garantir que a mulher encontre o método mais adequado às suas necessidades”, conclui a médica.


9 mitos e verdades sobre como preservar a saúde dos olhos

Excesso de telas, luz azul, vitamina A e outros fatores são colocados sob a análise de oftalmologista 


Você acredita desde criança que comer cenouras faz bem à visão? Pensa que o hábito contemporâneo de ler através de telas prejudica a saúde ocular? E o que acha do uso permanente de óculos, faz bem ou mal para os olhos? Dr. Hallim Feres Neto, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, desvenda esses e outros hábitos associados ao bem-estar da visão humana.

 

1. Ler livro ou usar aparelho eletrônico de perto faz mal. Mito ou verdade?

Mito! Até pouco tempo atrás, diria que isso pode causar fadiga visual, mas não danos permanentes à visão. Apesar disso, há indícios em estudos recentes de que o esforço para enxergar de perto, principalmente na infância, pode estar relacionado com aumento da progressão de miopia. Deste modo, é aconselhável fazer pausas regulares para relaxar os olhos.

 

2. Ler no escuro pode piorar sua visão. Mito ou verdade?

Mito! Ler com pouca luz pode causar fadiga ocular, mas não resulta em dano permanente à visão.

 

3. Passar mais tempo ao ar livre ajuda a visão. Mito ou verdade?

Verdade! Diversos estudos sugerem que a luz natural pode ser benéfica para os olhos, principalmente na infância, podendo ajudar a prevenir ou atrasar o desenvolvimento de miopia.

 

4. Muita luz ultravioleta pode prejudicar a visão. Mito ou verdade?

Verdade! Exposição excessiva à luz UV pode levar a problemas oculares, como catarata e degeneração macular.

 

5. Fazer uma pausa no uso de óculos pode impedir que sua visão piore. Mito ou verdade?

Mito! Os óculos são usados para corrigir problemas de visão, e a interrupção do uso não impedirá que sua visão piore. Na verdade, pode levar a sintomas como dor de cabeça e fadiga ocular.

 

6. Mesmo um pouco de luz azul das telas é prejudicial aos seus olhos. Mito ou verdade?

Mito! Uma exposição excessiva pode, sim, causar fadiga ocular e inclusive interferir na qualidade do sono. Porém, a luz azul em si não é prejudicial aos olhos. Na verdade, a maior fonte de luz azul é o Sol, e a luz azul emitida pelas telas é mínima comparada a ele.

 

7. Fumar faz mal à saúde ocular. Mito ou verdade?

Verdade! Fumar pode aumentar o risco de desenvolver várias condições oculares, como catarata e degeneração macular.

 

8. As cenouras são boas para os olhos. Mito ou verdade?

Verdade! As cenouras são ricas em vitamina A, essencial para a saúde ocular. No entanto, uma dieta balanceada com outros vegetais e frutas também é muito importante para manter a saúde dos olhos.

 

9. A deterioração da visão é uma parte inevitável do envelhecimento. Mito ou verdade?

Mito! Enquanto alguns problemas de visão se tornam mais comuns com a idade, como presbiopia ou catarata, não é uma regra que a visão se deteriorará inevitavelmente. Manter um estilo de vida saudável e fazer exames oculares regulares pode ajudar a manter a saúde ocular durante o envelhecimento.

 



Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 - Oftalmologia Geral, Cirurgia Refrativa, Ceratocone, Catarata, Pterígio, Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery, Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology
Instagram: drhallim
Portal: https://www.drhallim.com.br


Qual o impacto das chuvas e enchentes nas crianças que estão na primeira infância?

Cenário: As chuvas que vêm atingindo vários estados do país causam problemas característicos do colapso ambiental, como enchentes e desmoronamentos. São eventos que afetam a todos, mas as crianças na primeira infância, fase que vai até os seis anos, é o grupo mais suscetível aos riscos inerentes a essas situações, como doenças e infecções, desnutrição e exposição a situações de violência física, psicológica e ambiental. A falta de saneamento básico em várias regiões do país aumenta de forma exponencial os riscos à saúde, podendo representar risco à vida. 

Dados da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, com base na Pnad, mostram que entre as crianças brasileiras na primeira infância, 618 mil (3% do total) não têm acesso à água canalizada e 7,2 milhões (35%) não têm acesso à rede de esgoto.  

No Brasil, inundações, tempestades e outros fenômenos podem deslocar aproximadamente 1,5 milhão de crianças nos próximos 30 anos (Children Displaced in a Changing Climate, 2023).  Sem uma rede de saneamento adequada e expostas ao colapso ambiental, essas crianças correm o risco de terem o seu desenvolvimento comprometido. O Unicef contabilizou que 1,17 milhão de meninas e meninos tiveram os estudos interrompidos por eventos climáticos em 2024 somente no Brasil.

 

Impactos: As pressões climáticas ou de eventos climáticos extremos tendem a agravar situações de crianças e adolescentes que vivem em contextos de vulnerabilidade social e negligência, podendo levar à ruptura dos seus vínculos protetivos e à violação dos seus direitos. Além disso são os mais pobres que têm maior probabilidade de viver sem acesso a moradia adequada, água limpa ou esgoto tratado; são os mais pobres que vivem expostos aos maiores índices de violência.  

“Sabemos que a primeira infância é um período decisivo para o desenvolvimento humano. Nessa fase, boas experiências têm o poder de moldar um futuro saudável e promissor. No entanto, quando as crianças são expostas à precariedade, enfrentam um ciclo de adversidades que as impede de alcançar todo o seu potencial e sair da pobreza quando adultas”, explica Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. 
 
Os impactos se estendem também para a saúde das crianças:

  • Maior risco de transmissão de doenças como malária, febre amarela e dengue no Brasil com as mudanças nos padrões de chuva e temperatura; a grande maioria das vítimas letais dessas doenças são crianças pequenas.
  • Sem saneamento básico, as crianças também ficam expostas a infecções, verminoses, gastrenterites, desidratação, hepatite A e doenças respiratórias, com efeitos também em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
  • A insegurança alimentar tem relação com as mudanças climáticas, aumentando índices de desnutrição ou obesidade em crianças pequenas, pela falta de acesso a alimentos de qualidade e aumento de consumo de processados.
  • Impactos psicológicos: nos casos de eventos climáticos intensos e abruptos, como enchentes, desmoronamentos, as crianças podem se sentir confusas, perturbadas, ansiosas, assustadas, preocupadas ou tristes, e demonstrar receio pela sua própria segurança e também de familiares e amigos.
  • Localidades onde acontecem eventos climáticos extremos frequentemente têm escolas afetadas, agravando as dificuldades de acesso e permanência escolar de crianças e adolescentes, levando ao aumento da evasão e à dificuldade de manter em funcionamento os serviços e equipamentos escolares. As unidades escolares também tendem a ser transformadas em ponto de acolhimento coletivos, uma tendência que coloca dificuldades para o pronto retorno das atividades educacionais.
  • Sem acesso à educação, com situação agravada pela dificuldade financeira de famílias que podem ter perdido seus bens em eventos dessa proporção, aumenta-se também o índice de evasão escolar e trabalho infantil. 

 

Como proteger as crianças: Em linhas gerais, investimentos em políticas para o meio ambiente, planos de enfrentamento e prevenção, educação ambiental e fiscalização contínua são estratégias para evitar novas catástrofes climáticas. Além disso, é preciso assegurar proteção da vida das novas gerações com prioridade absoluta, principalmente a de crianças indígenas e negras do sul global, as mais afetadas pela crise do clima. 

“Mais do que nunca precisamos priorizar a agenda climática nas políticas públicas, de maneira intersetorial e integrada, especialmente nas iniciativas direcionadas às crianças na primeira infância e suas famílias”, finaliza a CEO.
  


Fonte: Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal


Termografia associada a IA pode antecipar identificação do câncer de mama

Com o objetivo de oferecer um exame clínico mais acessível, capaz de auxiliar a detectar câncer de mama, o Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Laboratório de Ergonomia (LABER) do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) realizam um projeto voltado à digitalização da mama que utiliza câmera térmica, escâner e impressão 3D, intitulado “Uso da digitalização 3D e impressão 3D para a avaliação de alterações na superfície da mama para investigação do câncer de mama”. O projeto é coordenado pelas pesquisadoras Aura Conci (UFF) e Flávia Pastura (INT) e conta com apoio da Faperj desde 2020, pelo Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Estado do Rio de Janeiro. 

Na etapa concluída da pesquisa, o LABER recebeu 30 voluntárias para testarem as tecnologias. O exame acontece com a voluntária parada com as mãos pousadas sobre a cabeça, enquanto a câmera térmica gira ao seu redor, capturando termografias. Em seguida, cada pixel da imagem termográfica é analisado por algoritmos de inteligência artificial (IA), que são capazes de identificar (baseados nas assimetrias térmicas entre as mamas) alterações ainda no início da multiplicação celular do câncer, diferentemente de outros exames que só fazem isso quando já há células suficientes para constituir uma massa.

 

Esse processo ampara o diagnóstico do câncer de mama de uma forma mais acessível à população. “A termografia é uma tecnologia mais barata, portátil, e que pode ser levada para locais em que as pessoas não têm acesso a um hospital ou a uma clínica, bem como pode antecipar a indicação para exames mais complexos”, explica Flávia. Além disso, pode ser muito útil para mulheres que não podem ser submetidas a outros exames. “A termografia pode ser usada por mulheres em qualquer idade, por gestantes, por meninas no início da puberdade e mulheres na menopausa”, ressalta Aura.

 

Em uma paciente saudável, a temperatura das mamas esquerda e direta tende a ser similar e não muito quente, pois a maior parte é composta por gordura, um material isolante. O tumor é geralmente muito vascularizado, ele tende a ficar mais quente. Então, se você vê uma área de calor na imagem, não quer dizer que ali tem um câncer, mas pode ser um indicativo de que há algo e merece ser investigado.


Além da termografia, o formato da mama é escaneado para a construção de um modelo tridimensional digital e outro físico. Esses recursos têm como objetivo auxiliar na formação de médicos e no planejamento das cirurgias de reconstrução mamária, oferecendo referências mais realistas. “A gente consegue reconstruir as mamas, a partir do escaneamento, produzindo modelos 3D virtuais da superfície, e agora estamos também trabalhando em reproduzir as partes internas”, completa Flávia.



Carnaval sem fôlego: a importância do treinamento cardiovascular para aproveitar a folia

Segundo o Gerente Técnico da Companhia Athletica, a corrida pode ser um dos exercícios aeróbicos que fortalece as pernas e melhora a resistência cardiovascular, essencial para curtir as festividades sem perder o fôlego

 

O treinamento cardiovascular é fundamental para quem deseja aproveitar o carnaval com energia e disposição. Ao melhorar a resistência do sistema cardiovascular, ele prepara o corpo para suportar longas horas de atividades intensas, como dançar, pular e se movimentar nas festividades. Além de aumentar a capacidade do coração e dos pulmões, o treinamento cardiovascular acelera o metabolismo e melhora a circulação sanguínea, proporcionando mais energia e vitalidade. 

“Com uma preparação adequada, é possível curtir o carnaval sem o risco de se sentir exausto, além de melhorar a saúde mental, já que os exercícios liberam endorfina, promovendo sensação de bem-estar e aliviando o estresse”, afirma o Gerente técnico da Companhia Athletica, Cacá Ferreira. 

Segundo o Gerente Técnico da Companhia Athletica, Cacá Ferreira, para se preparar para o carnaval, é importante focar em três grupos de exercícios: resistência, força e potência. “Os exercícios de resistência, como a corrida, são essenciais para melhorar a capacidade cardiovascular e garantir disposição para as longas horas de folia. Já os exercícios de força, como a musculação, fortalecem os músculos necessários para atividades como dançar e pular. Além disso, os exercícios de potência, como burpees e pular corda, que são de alta intensidade e curta duração, ajudam a melhorar rapidamente a resistência e a explosão muscular, garantindo mais energia e agilidade para os movimentos.” 

Além dos exercícios de condicionamento, a corrida é um excelente exercício aeróbico que fortalece os músculos das pernas e melhora a resistência cardiovascular, essencial para quem pretende curtir as festividades sem perder o fôlego. “A combinação dessas atividades vai preparar o corpo de forma completa, permitindo aproveitar ao máximo o Carnaval com mais energia, resistência e disposição”, finaliza o especialista da Cia Athletica.

  

Companhia Athletica
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A.C.Camargo reforça importância do diagnóstico precoce e prevenção

Mamografia é o principal exame no rastreamento do câncer de mama a partir dos 40 anos

 

O câncer de mama é o segundo mais frequente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A mamografia desempenha um papel essencial no rastreamento da doença, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de tratamentos mais agressivos e custosos quando o tumor é detectado no estágio inicial. Dados indicam que 40% dos diagnósticos de câncer de mama em mulheres brasileiras ocorrem antes dos 50 anos e 22% das mortes pela doença também acontecem nesse grupo. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a projeção para o triênio 2023-2025 é de 73.610 novos casos de câncer de mama, com uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil brasileiras. Além do aumento no número de diagnósticos, os custos do tratamento também crescem significativamente nos casos de metástase. No setor privado, 17% das pacientes são diagnosticadas em estágios avançados, enquanto no Sistema Único de Saúde (SUS), esse percentual sobe para 37%, reflexo da baixa adesão ao rastreamento, uma vez que apenas 30% das mulheres do país realizam a mamografia regularmente. 

Diante desse cenário, a detecção precoce não só melhora as perspectivas individuais de tratamento, mas também tem impacto significativo na saúde pública. Além do desgaste físico e emocional das pacientes, os custos aumentam conforme a doença progride para estágios mais avançados, como nos casos de metástase. De acordo com o Observatório de Oncologia no Congresso Nacional de Mastologia, o custo do tratamento pode ser até 50% maior quando o tumor é identificado tardiamente, em comparação com diagnósticos precoces. Esses dados reforçam a importância do rastreamento e do acompanhamento médico regular, especialmente para mulheres com fatores de risco. 

Segundo Fabiana Makdissi, Líder do Centro de Referência em Tumores de Mama do A.C.Camargo Cancer Center, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. “Detectar o câncer de mama nas fases iniciais oferece uma perspectiva muito mais positiva de tratamento, com a taxa de cura podendo chegar a 98%, especialmente quando o tumor ainda está restrito ao local de origem”, afirma. 

De acordo com o Observatório do Câncer, dos 13.385 casos de câncer de mama tratados no A.C.Camargo entre 2000 e 2020, 11,9% ocorreram em mulheres com menos de 40 anos. Dessas, 11% tinham câncer in situ, ou seja, o tumor estava restrito à mama e dentro do ducto - um tipo de câncer bem inicial - e geralmente só diagnosticado pela mamografia. “A mamografia continua sendo o exame mais eficaz para o rastreamento do câncer. Precisamos reforçar que, quando o diagnóstico ocorre em fases mais avançadas, o tratamento tende a ser mais complexo e prolongado, por isso, é fundamental incluir a mamografia na rotina anual de exames, especialmente a partir dos 40 anos”, reforça a especialista.

 

Mamografia com contraste: entenda a alternativa para a Ressonância Magnética 

Muitas pacientes não gostam de fazer a mamografia devido ao desconforto que o exame pode causar. No entanto, ele continua sendo o principal método para a avaliação das mamas. Com os avanços tecnológicos, surgiu a mamografia com contraste, uma técnica que aumenta a sensibilidade na análise das imagens, permitindo uma avaliação mais detalhada e oferecendo uma alternativa menos invasiva. No A.C.Camargo Cancer Center, essa tecnologia está disponível, proporcionando um diagnóstico ainda mais preciso e contribuindo para a detecção precoce do câncer de mama. 

“A mamografia pode causar incômodo em algumas pacientes, pois exige compressão das mamas para obter uma boa imagem. No entanto, dor é uma questão de sensibilidade pessoal, ou seja, algumas mulheres não sentem. Para aquelas que sentem, a mamografia com contraste pode ser uma boa alternativa, sendo menos invasiva e claustrofóbica do que a ressonância magnética, que exige que a paciente fique de bruços e com as mamas pressionadas para uma análise mais completa”, explica a especialista.

 

A.C.Camargo
www.accamargo.org.br


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