Homens que desejam melhorar o
desempenho sexual buscam cada vez mais procedimentos no pênis e o uso de
substâncias. Dr. Vitor Mello, especialista em harmonização peniana, explica
como fazer de forma segura.
Quem nunca ouviu falar de nomes como "Volumão" ou "Capitão Bengala"? Esses termos estão frequentemente associados a produtos que prometem ser o segredo para melhorar o desempenho sexual. Mas será que esses "prolongadores de ereção" realmente cumprem o que prometem?
Muitos homens, em busca de melhorar o desempenho na cama, acabam se deixando seduzir por esses métodos. O desejo de impressionar na hora H e manter o desejo e a energia em alta faz com que muitos recorram a substâncias ou até procedimentos estéticos. Essa pressão para sempre querer mais e se mostrar perfeito tem levado principalmente produtores de conteúdo adulto a buscar soluções rápidas, muitas vezes sem o devido acompanhamento profissional.
Porém, o que muitos não sabem é que, por trás dessa
busca incessante, existe um risco real. Embora o desejo de melhorar o
desempenho sexual seja legítimo, é fundamental que isso seja feito de maneira
responsável e segura. O sexólogo e especialista em harmonização íntima
masculina, Dr. Vitor Mello, explica que existem tratamentos eficazes e seguros
como opções para disfunção erétil, aumento do tamanho do pênis e medicamentos
para potencializar a libido. "O problema surge quando esses métodos são
realizados sem a supervisão adequada, sem respeitar os intervalos e os cuidados
necessários. Isso pode acabar se tornando um problema sexual", alerta o
especialista.
Quando a busca pelo prazer se torna um problema sexual?
Quando o uso de substâncias para ereções prolongadas ou procedimentos realizados de maneira clandestina se torna frequente, os riscos para a saúde aumentam. Um dos efeitos mais graves que pode surgir é o priapismo – uma ereção prolongada que dura mais de quatro horas sem estímulo sexual. Dr. Vitor Mello alerta: “Isso acontece quando o uso excessivo de medicamentos prejudica o retorno venoso do sangue no pênis, o que pode causar danos irreversíveis, como fibrose, dor e até atrofia peniana. Muitas pessoas não têm ideia dos riscos envolvidos quando usam essas substâncias sem acompanhamento”.
Outro problema decorrente do uso indevido dessas substâncias é a Doença de Peyronie, uma condição que provoca a formação de cicatrizes internas nos corpos cavernosos do pênis, levando a curvaturas dolorosas e até atrofia do órgão. Mello explica que isso geralmente ocorre quando há aplicação excessiva de injeções vasodilatadoras para induzir ereções: “Quando feitas repetidamente e sem o devido cuidado, essas aplicações podem causar danos sérios, inclusive comprometendo a função sexual”.
O consumo de medicamentos para disfunção erétil, como
a prostaglandina e o alprostadil (conhecido comercialmente como Caverject),
também tem aumentado exponencialmente. Segundo a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), em 2020 foram vendidas 21,4 milhões de caixas de tadalafila
no Brasil. Em 2023, esse número saltou para 47,2 milhões e, apenas no primeiro
semestre de 2024, já haviam sido comercializadas 31,1 milhões de caixas. Esse
crescimento está associado à crença de que esses medicamentos proporcionam um
desempenho sexual infalível e, até mesmo, auxiliam no ganho de massa muscular,
o que são informações falsas.
Existe tratamento para esses casos mais severos?
O tratamento para a Doença de Peyronie depende do estágio da condição. Nos casos iniciais, é possível usar medicamentos e terapias locais para reduzir a fibrose. Nos casos mais avançados, o especialista explica que a cirurgia pode ser necessária para corrigir a curvatura e melhorar a funcionalidade do pênis. Contudo, mesmo com a cirurgia, é comum que o pênis perca alguns centímetros de comprimento e ainda tenha uma curvatura residual devido à fibrose. A boa notícia é que, mesmo nesses casos, a ereção pode ser mantida, mas a dor provocada pela fibrose pode prejudicar a qualidade das relações sexuais.
Por fim, Vitor Mello ressalta que a obsessão por
produtos milagrosos é uma armadilha perigosa. “Embora a promessa de resultados
rápidos seja tentadora, essas soluções frequentemente falham em entregar o que
prometem e, pior, podem prejudicar a saúde. O caminho para o bem-estar sexual
deve ser sempre guiado por conhecimento e orientação profissional, não por
atalhos arriscados. Aqui na clínica, recebemos muitos pacientes com os
problemas descritos anteriormente e temos todo o cuidado em oferecer um
tratamento seguro, eficaz e personalizado, sempre priorizando a saúde e o
bem-estar de cada um”, conclui.
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