Bebidas energéticas viraram aliadas de quem quer mais disposição. Mas será que seu corpo aguenta? Nutróloga explica os riscos do consumo excessivo e como ele pode afetar o coração
As bebidas energéticas já fazem parte da rotina de
quem precisa de um gás extra. Muita gente toma antes do treino, outras para
segurar o ritmo da festa ou enfrentar longos plantões. Mas um caso recente
trouxe um alerta.
Recentemente, o ator e empresário Rafael Zulu
revelou que precisou ser internado por quatro dias com fibrilação atrial, um
tipo de arritmia cardíaca grave. Segundo ele, o problema foi desencadeado pelo
consumo excessivo de energéticos.
O que pouca gente percebe é que essas bebidas não
só estimulam, mas também sobrecarregam o organismo.
O problema não é só a cafeína
Energéticos combinam cafeína, taurina e outros
estimulantes que aceleram o metabolismo e reduzem a fadiga. Mas essa ativação
tem um preço.
“O consumo frequente pode
aumentar a pressão arterial, causar arritmias e afetar o sono. Muita gente usa
essas bebidas para driblar o cansaço e acaba sobrecarregando o corpo”, alerta a médica nutróloga Dra. Fernanda Vasconcelos, fundadora do
Instituto Qualitté.
Misturar energético com álcool pode ser ainda pior.
Segundo a especialista, a combinação mascara os efeitos da embriaguez e aumenta
o risco de intoxicação.
Até onde é seguro?
A recomendação de segurança é de 400 mg de cafeína
por dia. Mas isso não significa que quatro latas de energético são seguras. O
efeito da bebida varia de pessoa para pessoa.
Quem deve evitar energéticos?
- Pessoas
com hipertensão ou arritmias
- Quem
tem histórico de problemas cardíacos
- Sensíveis
à cafeína ou com insônia
O consumo exagerado também pode aumentar sintomas
de ansiedade, irritabilidade e nervosismo.
Como manter a energia sem
riscos?
- Dormir
bem evita a necessidade de estimulantes
- Se
alimentar direito evita picos e quedas de energia
- Hidratar-se
melhora o desempenho físico e mental
“Muitos usam energéticos para
compensar hábitos ruins. O melhor caminho é cuidar da saúde para ter disposição
sem precisar de estimulantes”, reforça Dra.
Fernanda.
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