A dermatite atópica é uma doença genética de
caráter crônico, que geralmente tem início na infância. É caracterizada por
lesões de pele associada a ressecamento e prurido intenso. Embora seja uma
doença de pele, o eczema atópico pode afetar psicologicamente os indivíduos,
desde sintomas como ansiedade e depressão, até problemas mais sérios como
prejudicar o desenvolvimento neurológico.
O
eczema atópico tem, em sua maior parte, início na infância, e por se tratar de
uma fase de desenvolvimento o tratamento correto e suporte psicológico se tornam
imprescindíveis. Pessoas com essa patologia, geralmente se mostram mais
ansiosas e depressivas, devido às lesões de pele e coceira, afetando tanto
atividades diárias, como escolar, social e laboral (no caso dos adultos). Os
principais sintomas são coceira e ressecamento intensos que acometem
principalmente dobras do corpo como braços, joelhos e pescoço.
“E
essa condição muitas vezes atrapalha o paciente no seu dia a dia, seja nas suas
tarefas diárias, seja durante o sono, que é afetado devido ao incomodo causado
pelo prurido e ressecamento” diz a médica Gabriela Morales.
Além
disso, estudos mostram que a prevalência de TDAH (transtorno de déficit de atenção
e hiperatividade) em crianças com Dermatite atópica é mais alta do que naquelas
sem a condição e problemas de sono são muito comuns prejudicando o
desenvolvimento cognitivo.
Sendo
assim, estar atento aos sinais e sintomas da Dermatite atópica é imprescindível,
pois apesar de se tratar de uma doença crônica, ela tem controle. “O paciente
diagnosticado com dermatite atópica precisa de uma avaliação tanto física
quanto psicológica, em alguns casos. Pois, a depender da intensidade da doença,
seus sinais e sintomas podem acarretar problemas psíquicos no doente”. Afirma
Gabriela.
O
tratamento, na maioria dos casos, é feito com medicamentos tópicos como
corticoide, derivados da calcineurina, fototerapia, e o uso de hidratantes. Em
casos mais graves, é necessário o uso de medicação via oral que podem ser
imunossupressores, corticoide oral e também imunobiológicos.
Segundo
Gabriela, além dos medicamentos, a educação do paciente sobre a condição e a
importância da adesão ao tratamento e mudanças no estilo de vida são cruciais.
“O
conhecimento sobre gatilhos ambientais e alimentares também pode ajudar os
pacientes a evitarem surtos. A consulta regular com médico e outros
profissionais de saúde é essencial “conclui a médica.
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