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terça-feira, 11 de março de 2025

No mês da conscientização sobre a incontinência urinária, especialista responde as principais dúvidas sobre a condição

  

Vontade incontrolável de ir ao banheiro ou perda de urina ao tossir e espirrar são alguns dos sintomas que podem indicar incontinência urinária (IU). Em março, mês de conscientização sobre a doença, o tema fica ainda mais em evidência considerando que o número de pessoas com a condição segue aumentando anualmente. Não à toa, uma recente pesquisa realizada pela Bigfral-Ipec apontou que 30% da população é acometida pelo distúrbio. 

Para Bigfral, mais importante do que tratar o problema após o diagnóstico, é trabalhar a prevenção. Para ajudar a prevenir, detectar e encontrar o melhor tratamento, Roberta França, médica geriatra e parceira Bigfral, esclarece as principais dúvidas sobre a doença. Confira!



1. O que é incontinência urinária?

Basicamente é a perda involuntária da urina. A pessoa não consegue ter o controle da bexiga sobre quando e onde urinar.

 

2. Quais são os primeiros indícios da doença?

Há algumas classificações para a IU. Pode ser por urgência – quando a pessoa sofre de bexiga hiperativa e surge uma vontade forte de urinar instantaneamente; ou por esforço – quando há escape de urina ao tossir, rir, fazer exercício ou em outros afazeres cotidianos.

 

3. Existem tipos diferentes de incontinência urinária?

A doença pode se manifestar de até cinco formas. Uma delas é a bexiga hiperactiva, que é a vontade extrema de urinar, sem contenção. Também tem a incontinência de esforço, que consiste em urinar por coisas simples, como tossir, espirrar ou rir. A incontinência mista, que consiste em um mix das duas anteriores. Já a incontinência por regurgitação é a incapacidade da bexiga de extrair a urina e, por fim, a incontinência funcional, que é a perda total do controle da bexiga, impedindo até que a pessoa consiga se despir da roupa antes de urinar.

 

4. Quais hábitos ou condições podem aumentar a probabilidade do distúrbio?
Obesidade, tabagismo, complicações no parto e histórico familiar são alguns dos fatores de pré-disposição ao aparecimento da UI, portanto, a enfermidade pode se manifestar tanto em homens quanto em mulheres.

Além disso, doenças neurológicas, tumores, diabetes, menopausa e demais condições, como malformação do trato urinário e doenças na próstata também podem estar relacionadas ao aparecimento da incontinência urinária, por esse motivo o histórico do paciente, seus hábitos e costumes devem ser observados.


5. Existe alguma idade para maior pré-disposição da incontinência urinária?
Todo mundo pode ter incontinência, em todas as idades. Porém, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) constatou que o distúrbio tem acometido mais mulheres, estando presente 45% no público feminino entre 45 e 50 anos, e apenas 15% nos homens a partir dos 40 anos.
 

6. Quais exames confirmam o diagnóstico da doença e qual o tratamento?

Alguns exames, como ecografia pélvica, citoscopia, cultura da urina, entre outros, ajudam a traçar um diagnóstico preciso. A partir disso, é possível direcionar o tratamento para a incontinência da urina, podendo ser algo mais simples e menos invasivo, como uma mudança comportamental, ajuste de rotina e hábitos. Medicamentos são indicados apenas para tratar casos de urgência, reduzindo as contrações involuntárias da bexiga hiperativa, e cirurgias apenas em situações de extrema necessidade.

 

7. Incontinência urinária tem cura?

Sim, na maioria das vezes é possível ficar totalmente livre do distúrbio, porém é necessário tratamento adequado e ajuda especializada.

 

8. Quais cuidados ter para evitar a doença?

Medidas simples na rotina de todas as pessoas podem ajudar a prevenir a doença ou tratá-la nos estágios iniciais, quando o desconforto passa de pontual para recorrente. Incluir alarmes e avisos para lembrar de ir ao banheiro em intervalos de tempo, além de evitar o escape da urina, pode auxiliar na manutenção do trato urinário, assim como a hidratação e consumo de água em quantidades adequadas.

 

9. Qual médico deve ser procurado para diagnóstico e tratamento da IU?

A especialidade mais indicada para maior assertividade da doença é o urologista. Ele vai conseguir detectar se existe o distúrbio, qual a sua categoria e estágio. Além disso, homens e mulheres recebem diferentes tipos de tratamento, respeitando a causa do surgimento da IU e a idade.

 



Bigfral

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