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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Quais alimentos mais ‘viciam’ o cérebro no frio?

À medida que as temperaturas caem e o clima esfria, muitas pessoas experimentam um aumento no desejo por certos alimentos, como doces, gorduras e alimentos quentes. Esse comportamento é frequentemente atribuído a uma resposta natural do cérebro em busca de conforto térmico e energia adicional para combater o frio. Mas afinal, por que o cérebro pede determinados alimentos no frio? 

Existem várias razões pelas quais o cérebro pode solicitar certos alimentos durante o clima frio, alguns dos principais que influenciam esse comportamento são:

 

Sobrevivência evolutiva: Ao longo da história humana, a escassez de alimentos no inverno era uma preocupação comum. Portanto, nosso cérebro desenvolveu um mecanismo para armazenar energia extra durante períodos de abundância, a fim de sobreviver em períodos de escassez. A busca por alimentos ricos em açúcar e gordura é uma resposta a esse instinto de sobrevivência.

 

Termorregulação: O consumo de alimentos pode ajudar a aumentar a temperatura corporal. Alimentos quentes e calóricos são particularmente atraentes quando nos sentimos frios, pois nosso organismo pode convertê-los em energia e gerar calor interno para nos manter aquecidos.

 

Conforto emocional: Alimentos ricos em açúcar e gordura podem desencadear a liberação de neurotransmissores, como a serotonina, que proporcionam sensações de prazer e conforto emocional. Esses alimentos podem ser uma forma de compensação para combater o desconforto emocional associado ao clima frio e à falta de luz solar durante o inverno.

 

Como equilibrar a ingestão de alimentos frios no período frio?

 

Embora seja compreensível que o desejo por alimentos mais calóricos e quentes aumente durante o frio, é importante equilibrar a ingestão para evitar ganho de peso excessivo e preservar a saúde geral. Aqui estão algumas estratégias para ajudar o cérebro a lidar com esses desejos e promover uma alimentação saudável durante o clima frio:

 

Variedade e equilíbrio: Procure manter uma alimentação variada e equilibrada, incluindo alimentos frescos, mesmo durante o inverno. Inclua frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis em suas refeições diárias. Alimentos frios, como saladas, podem ser consumidos adicionando ingredientes quentes ou preparando pratos mornos para acompanhá-los.

 

Opções saudáveis para conforto: Em vez de ceder apenas a alimentos altamente calóricos e processados, busque alternativas mais saudáveis que proporcionem conforto. Sopas quentes feitas com ingredientes frescos, chás de ervas ou bebidas quentes sem adição de açúcar podem satisfazer tanto o desejo de calor quanto de conforto.

 

Moderação e consciência: Se você realmente deseja alimentos mais calóricos ou doces, permita-se saboreá-los ocasionalmente, mas com moderação. Pratique a conscientização alimentar, comendo devagar, prestando atenção nas porções e nas sensações de fome e saciedade.

 

Atividade física: Manter-se ativo durante o inverno é importante para ajudar a controlar o peso e melhorar o humor. Procure formas de se exercitar regularmente, mesmo dentro de casa, como praticar exercícios aeróbicos, ioga, pilates ou treinos em casa.

 

Gerenciamento do estresse: O consumo excessivo de alimentos calóricos e açucarados pode estar relacionado ao estresse emocional. Busque maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como praticar técnicas de relaxamento, meditação, hobbies ou atividades prazerosas.

 

“Cada pessoa é única, e a relação entre o clima frio, os desejos alimentares e a saúde é complexa. Consultar um profissional de saúde, como um nutricionista, pode fornecer orientações personalizadas e ajudá-lo a desenvolver um plano alimentar adequado às suas necessidades específicas”, explicou Livia Ciacci, neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o cérebro, que concluiu “É normal sentir um aumento no desejo por alimentos mais calóricos, doces e gordurosos durante o clima frio. No entanto, é possível equilibrar a ingestão de alimentos durante esse período para evitar ganho de peso excessivo e preservar a saúde. E se você deseja perder um pouco de peso, essa é a melhor época do ano! Por fim, mantenha uma dieta equilibrada, faça escolhas conscientes, mantenha-se ativo e cuide do seu bem-estar emocional. Com essas estratégias, você pode ajudar seu cérebro a lidar com os desejos alimentares no frio de maneira saudável e equilibrada”, concluiu a especialista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.



Sonho de ter filhos: Você já testou sua fertilidade?

Após seis meses sem uso de contraceptivos e sem sinal de gravidez, médico da Origen BH sugere investigação em homens e mulheres 

 

Muitas mulheres e homens que desejam ser mães e pais no futuro não sabem se de fato estão aptos fisiologicamente para gerar o bebê. São muitos os casos de infertilidade no mundo – estima-se que 15% dos casais têm dificuldades para engravidar. As chances de uma gravidez aumentam muito se o casal tiver um estilo de vida saudável, realizar atividades físicas, adotar uma alimentação balanceada e não apresentar vícios. Até mesmo o estresse e fatores emocionais afetam diretamente a taxa de fertilidade de ambos.

Fato é que não existe um teste específico para avaliar se a pessoa é fértil ou não. Segundo o médico ginecologista, professor na Faculdade de Medicina da UFMG e especialista em reprodução humana na clínica Origen BH, Rodrigo Hurtado, no consultório, geralmente é questionado aos pacientes se já tentaram engravidar alguma vez na vida.

“Quando a pessoa responde que não, questionamos quanto tempo ficou sem usar anticoncepcional e outro método contraceptivo, como camisinha. Tem paciente que diz três, cinco anos e não engravidou. A pessoa não planejava engravidar, mas também não prevenia. Então, aqueles que mantendo relações sexuais sem prevenção por mais de um ano não conseguem engravidar, devem investigar uma possível infertilidade ou dificuldades no processo de gravidez”, explica.

Hurtado acrescenta que o(a) paciente que nunca testou sua fertilidade, ou seja, nunca ficou um período de mais de seis meses sem usar anticoncepcional ou sempre adotando camisinha, literalmente não sabe se é fértil ou não. “Todo mundo parte do pressuposto que é fértil. E ouvimos ao longo da nossa vida que se não tomar pílula ou usar proteção, pode engravidar sem querer. Como se todas as pessoas fossem capazes de engravidar, como se todos nós fôssemos férteis. Uma a cada cinco pessoas que testar vai ver que tem problema de fertilidade”, esclarece Hurtado.

Após a abordagem inicial, o(a) especialista em reprodução assistida pode partir para uma investigação mais aprofundada, a partir de alguns exames médicos, que podem dar indicativos ao médico sobre a saúde da fertilidade do homem e da mulher.


Exames - No caso da mulher, podem ser solicitados exames de ultrassonografia transvaginal, quando é possível ao especialista identificar fatores que estão impedindo a gravidez, como endometriose, alterações morfológicas do útero, problemas nos ovários e tubas uterinas ou, ainda, a presença de pólipos e miomas no útero; avaliação hormonal, que vai avaliar os hormônios prolactina, tireoestimulante (TSH), T4 e dosagem de progesterona, além do folículo-estimulante (FSH) e do estradiol – esses hormônios são dosados para que seja avaliada a reserva ovariana da paciente.

“Pode-se ainda solicitar uma histerossalpingografia, que é o exame de eleição quando a intenção é analisar as tubas uterinas e a cavidade endometrial da mulher. É realizada a aplicação de um contraste na região do colo do útero para preencher a cavidade uterina e as tubas, seguida do exame de raios-X. Em alguns casos, pedimos a videolaparoscopia, um exame minimamente invasivo que usa uma câmera para avaliar a existência de endometriose, cistos, miomas e outros problemas que podem estar impedindo a gravidez”, acrescenta Rodrigo Hurtado, ressaltando que cada caso é único e deve ser analisado de forma individualizada.

Para os homens, os exames de saída para verificar se há algum problema com a fertilidade, é o espermograma, que permite ao (à) médico(a) avaliar os parâmetros seminais do homem. São necessárias duas amostras com intervalo entre 30 e 60 dias. Os principais critérios observados e avaliados através do exame são o volume de sêmen; número de espermatozoides; a concentração  e a movimentação (motilidade) dos espermatozoides; a forma (morfologia) dos espermatozoides; e também se há algum tipo de inflamação.

“Podem ser solicitados também o exame de doppler dos testículos e a dosagem dos hormônios: FSH, LH, TSH, T4 livre, prolactina, SDHEA, DHEA, SHBG, testosterona total e livre. Tudo isso vai depender do paciente, seu histórico de vida, hábitos etc. Na Origen, levantamos todo esse histórico de cada pessoa que nos procura para tentarmos propor um tratamento médico que permita a realização do sonho de cada um”, enfatiza.

Em um ano de tentativas, cerca de 85% das mulheres abaixo dos 30 anos conseguem engravidar. A busca de um tratamento de infertilidade deve ser feita, para mulheres dessa idade, após um ano de tentativas sem sucesso. Já para mulheres acima de 35 anos, esse tempo se reduz para seis meses.

 

Origen


Apesar de ser o transtorno mais aparente nas escolas, Dislexia ainda carece de profissionais especialistas para seu diagnóstico

 O transtorno que acomete a funcionalidade da leitura, é tratável, porém falta capacitação por parte dos profissionais e mais adequações curriculares nas escolas

 

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a Dislexia é o distúrbio que aparece com maior frequência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial. Considerada um transtorno específico de aprendizagem que acomete a funcionalidade da linguagem escrita (leitura), a dislexia existe em diferentes graus e tipos (visual, auditiva e mista) e possui diversas abordagens de tratamento.

Seu diagnóstico é transdisciplinar e por exclusão, feito por meio de uma avaliação neuropsicológica. Os sinais de manifestação dessa condição se evidenciam, principalmente, a partir da fase em que a criança está começando a ser alfabetizada. 

“Vale ressaltar que todo transtorno específico de aprendizagem gera uma dificuldade de aprendizagem, mas nem toda dificuldade de aprendizagem é ocasionada por transtorno de aprendizagem”, explica Ana Paula Chaves, coordenadora de pós-graduação e professora titular de diversas disciplinas nos cursos de NeuroAprendizagem, Ludoterapia, Dislexia, Psicologia da saúde, Abordagem Interdisciplinar em Síndrome de Down, neuropsicanálise e Psicomotricidade, da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil.

Como parte do escopo de condições genéticas com início neurobiológico, a Dislexia é caracterizada pela dificuldade em decodificar códigos e as crianças podem apresentar limitações para reconhecer símbolos, coordenação motora e concentração em atividades em geral, menores.

O tratamento por sua vez, é feito com fonoaudiologia, psicologia e por vezes com neurologistas para atuação direta com possíveis comorbidades que o quadro atrai. Apesar de não ser curável, o transtorno é totalmente tratável no sentido de possibilitar um funcionamento cerebral mais assertivo e sim, é possível se ter uma vida normal, uma vez que o paciente segue o tratamento.  Para atender as necessidades desta área o profissional precisa se especializar dentro deste campo de atuação. Um curso de pós-graduação pode ajudar muito na capacitação de profissionais desta área. 

“Apesar dos inúmeros esforços por parte das escolas e Instituições de Ensino, ainda caminhamos numa formação continuada com as equipes pedagógicas no sentido de adequação curriculares e bem estratégicas pertinentes para a Neuroaprendência. O mercado de trabalho nessa área é muito bom, porém carente de profissionais especialistas fazendo especialização e capacitação em NeuroAprendizagem, Dislexia e em transtornos específicos de aprendizagem”, relata Ana Paula.

Para se ter uma ideia, estudo apresentado pela Associação Britânica de Dislexia afirma que cerca de 70% dos profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento sobre a Dislexia. Neste sentido, é importante que profissionais das mais variadas áreas, como psicólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais ou demais interessados, se especializem e se capacitem.

O curso de pós-graduação a distância em dislexia e distúrbios de leitura e escrita da Unyleya, tem como objetivo aprimorar a atuação desses profissionais no estudo dos distúrbios de leitura e escrita, visando o conhecimento teórico-prático, compreender as causas e as consequências desses distúrbios no processo de ensino e aprendizagem, além de desenvolver o estudo, capacitando profissionais numa visão ampla e crítica e as principais técnicas e métodos como intervenção psicoterapêutica. O curso fortalece a atuação de profissionais na identificação dos distúrbios de leitura e escrita no meio educacional e social.  

Para saber mais sobre o   curso de pós-graduação a distância em dislexia e distúrbios de leitura e escrita  da Unyleya, acesse: https://unyleya.edu.br/pos-graduacao-ead/curso/dislexia-e-disturbios-de-leitura-e-escrita

 


Unyleya
https://unyleya.edu.br/

 

Asma: 235 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença


Crises tendem a ser desencadeadas no outono e no inverno
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Crises tendem a ser desencadeadas no outono e no inverno, devido ao clima frio e seco, e podem estar associadas a outros quadros de saúde

Também conhecida como “bronquite asmática” ou “bronquite alérgica”, a Asma é uma doença que ataca os pulmões e tem como aliada uma inflamação crônica dos brônquios. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem 235 milhões de pessoas asmáticas, em nível mundial. 

Tosses frequentes, prolongadas, principalmente à noite, chiado no peito, cansaço e dificuldade de respirar são alguns dos principais sintomas da doença, que afeta todo o organismo, não somente as vias aéreas inferiores, as quais aumentam a produção de secreções e prejudicam a passagem de ar.

O clima frio e seco, típico do outono e do inverno brasileiro, é o mais propenso às crises asmáticas, que podem estar associadas às alergias respiratórias, bronquites e infecções virais. 

“Para se protegerem do frio, as pessoas costumam procurar ambientes fechados e acabam se aglomerando onde não há circulação de ar, o que favorece a transmissão de doenças. Já no clima seco, além do aumento de partículas alérgicas transportadas pelo ar, as vias aéreas ficam ressecadas e facilmente inflamadas”, explica o médico otorrinolaringologista Victor Gebrim.

Para prevenir, é necessário limpar e renovar o ar do ambiente. “Manter sempre limpos cortinas, bichinhos de pelúcia e cobertas, principalmente as mais grossas, e lavar constantemente o nariz com solução fisiológica apropriada são sempre as melhores opções de prevenção”, conta.


Como diferenciar os sintomas?

De acordo com Dr. Victor Gebrim, os quadros de alergia respiratória são caracterizados por sintomas como olhos vermelhos, coceira em volta do nariz, coriza e espirros. “Pode surgir também tosse seca associada, mas de forma mais branda”.

A intensidade dos sintomas é a principal forma de diferenciar a asma e quadros de saúde mais severos das alergias respiratórias. “Quadros alérgicos são mais brandos do que outras doenças, mas sempre a melhor maneira de diferenciá-los é buscar ajuda especializada de um médico”, alerta.

 

Dr. Victor Gebrim - médico, otorrinolaringologista pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, com foco em rinoplastia, otoplastia e mentoplastia. Membro da Equipe FK, faz parte do corpo clínico e cirúrgico do Blanc Hospital, primeiro hospital geral cirúrgico do Brasil, também localizado na capital paulista.


A importância da vacinação na adolescência

Pesquisa indica redução na cobertura vacinal de crianças e adolescentes


Dados da pesquisa realizada em fevereiro de 2023, pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), mostra que entre os anos 2014 e 2021 houve uma grande redução na procura de oito imunizantes que fazem parte do esquema vacinal de crianças e adolescentes. Entre as vacinas que tiveram queda estão a Tetraviral, que foi de 42,3%, em 2014, para 0,3% (17) em 2021 e a do HPV feminina que chegou a bater a meta de vacinação em 2014, atingindo 100%, mas que chegou em 2021 com apenas 13,6% dos municípios vacinados. A meta de vacinação contra o HPV para o sexo masculino nunca foi batida desde que a vacina foi disponibilizada para esse público.

Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, muitas vezes a imunização dos adolescentes é esquecida, porém é fundamental manter a atenção ao calendário vacinal dessa faixa etária para evitar doenças que podem prejudicar os jovens para a vida inteira. “Quando um filho nasce os pais já estão cientes de que a criança terá que tomar uma série de vacinas, algumas aplicadas na maternidade. Nessa fase, como o acompanhamento do pediatra é constante, o cumprimento do calendário vacinal acaba sendo mais rígido. Conforme o crescimento vai acontecendo e as visitas aos médicos ficam mais escassas, a busca pela imunização vai reduzindo entre a maioria das famílias, mas não podemos esquecer que o(a) adolescente também conta com um calendário vacinal próprio, que deve ser cumprido rigorosamente”, afirma.

 

Vacinas da adolescência

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) o calendário vacinal do(a) adolescente é constituído de diversas vacinas, sendo necessário avaliar se houve o cumprimenro completo do esquema vacinal na infância para avaliar quais vacinas são fundamentais de serem tomadas nesta fase. “Para os jovens que realizaram o calendário vacinal completo na infância, as principais vacinas a serem tomadas são as que protegem contra o vírus do HPV, a Pneumocócica, a dpaT, a Influenza e a Meningite A C-W135-Y. Caso o esquema vacinal da infância esteja incompleto, também devem ser inseridas vacinas como Hepatite A, Hepatite B, Tríplice Viral, Varicela e Febre Amarela Viral”, explica Kátia.

Kátia conta que a vacina dpaT é conhecida como a vacina dos 15 anos pois protege contra difteria, tétano e coqueluche, sendo uma vacina de suma importância, já que coqueluche (também conhecida como tosse comprida) é uma doença endêmica, com epidemias que surgem de forma cíclica com intervalos de três a cinco anos no mundo todo. “A coqueluche é uma infecção respiratória, causada por bactéria, que conta com alto grau de contaminação e está presente no mundo todo. Os principais fatores de risco desta doença têm relação direta com a falta de vacinação, que deve acontecer na infância e com doses ao longo da vida. Outra vacina importante é a meningite quadrivalente, ou A-C-W135-Y, que só está disponível em clínicas privadas, porém que conta com uma imunização abrangente contra quatro tipos de meningococo”, reforça a especialista.

Outra vacina fundamental de ser tomada na adolescência, idealmente antes dos 12 anos, é a do HPV, que protege contra um dos vírus mais disseminados na sociedade, causador câncer de colo de útero, vagina, pênis, ânus, boca, faringe e laringe, além de verrugas genitais. “É fundamental vacinar contra o HPV logo no início da fase da adolescência, antes que os jovens comecem a vida sexual, evitando assim que eles se contaminem e venham a carregar o vírus pela vida inteira. Importante lembrar que as vacinas são a principal forma de combate doenças perigosas que muitas vezes são mortais ou podem deixar sequelas. A adolescência é uma fase muito pontual, onde o corpo está em desenvolvimento e os jovens começam a querer sair e se relacionar mais, por isso é fundamental completar o calendário vacinal dessa faixa etária”, finaliza Kátia.

 

5 coisas que a liderança precisa saber para ter sucesso com o Canal de Denúncias.

 Contato Seguro explica de forma didática, como os líderes podem ter sucesso em seu Canal de Denúncias.

 

Todo ambiente de trabalho se encontra suscetível ao acontecimento de más condutas, como assédio moral e/ou sexual, bullying, discriminação, entre outros tipos de comportamentos abusivos.  

Quando a organização não conta com um Canal de Denúncias para detectar e combater esses problemas, o resultado é sempre o mesmo: 

  • Ocorrências de processos trabalhistas, geração de um ambiente de trabalho hostil, dificuldade na retenção de talentos, queda na produtividade de funcionários, etc. 

São inúmeras as consequências que repercutem negativamente no clima organizacional e dificultam o trabalho da área de Gente e Gestão, podendo afetar, até mesmo, o consumidor final dos serviços ou produtos de uma empresa — já que o bem-estar do colaborador reflete diretamente na forma como ele se dedica à prestação de um bom atendimento ao cliente.  

Neste cenário, o Canal de Denúncias se apresenta como ferramenta aliada da liderança no combate às más condutas e, consequentemente, na criação de um ambiente de trabalho mais seguro, acolhedor, inclusivo e livre de irregularidades

Mais do que essencial, essa plataforma é, agora, obrigatória. 

A nova Lei 14.457/22 determina para as empresas com CIPA a implementação obrigatória do Canal e a fixação de procedimentos de recebimento e acompanhamento das denúncias, além da realização de treinamentos de prevenção contra o assédio e outras formas de violência no ambiente de trabalho, no mínimo a cada 12 meses. 

Mas, para cumprir a lei e assegurar o bom desempenho do Canal, somente disponibilizá-lo não é o suficiente. 

É preciso que você, líder de RH, assimile uma série de aspectos e os torne parte da sua rotina profissional, principalmente em relação ao seu papel enquanto “promotor” da ferramenta dentro da organização.

Ter sucesso nesta missão e possibilitar o aproveitamento dos benefícios proporcionados por este instrumentos abrange a adoção de medidas que envolvem: 

  • A busca por conhecimento da própria liderança sobre o Canal.
  • A criação de um programa de treinamento e comunicação assertiva destinada aos colaboradores, acerca da importância da ferramenta, como usá-la, os comportamentos passíveis de denúncia e outros assuntos importantes deste universo.  

1. Líder, você é o centro da mudança! 

Acima de tudo, a implementação de um Canal de Denúncias simboliza, em qualquer empresa, um momento de transformação positiva!

Essa ferramenta sinaliza a “virada de chave” para a criação de uma organização mais íntegra e segura para todos. E o grande protagonista dessa mudança, é você, líder!

Seu papel é ser um “promotor contínuo” do Canal de Denúncias e dos comportamentos éticos. A sua aderência à ferramenta é o que a transformará em sua maior aliada.

O Canal atua na detecção dos problemas que ocorrem “longe dos seus olhos” e afetam negativamente a sua equipe e os resultados da organização. Essa plataforma é altamente capaz de fornecer o suporte que você precisa para corrigir as irregularidades, manter as boas práticas nas relações de trabalho e ter colaboradores engajados. 

Para entender a sua importância neste contexto todo, duas tarefas são primordiais:

  1. A busca pelo conhecimento deve ser constante — para promover a ferramenta, é preciso entender o seu funcionamento e os benefícios. Pensando em facilitar esse trabalho, recomendamos a leitura do E-book “10 questões sobre Canal de Denúncias”.
  2. Procure entender a realidade do negócio em que você está inserido, delimite os comportamentos que não podem ser naturalizados na organização, a partir de uma análise de riscos, e busque comunicar essas questões para os seus colaboradores. Uma boa forma de cumprir este trabalho é a produção de um Código de Conduta.  

2. O colaborador precisa ter conhecimento pleno sobre o Código de Conduta e o Canal de Denúncias da empresa 

Código de Conduta é o documento que lista as premissas de uma empresa, onde encontram-se expostos, explicitamente, os seus princípios e valores. 

Neste documento, também precisam estar descritas as situações que não serão aceitas na empresa, ou seja, as más condutas e comportamentos destoantes da construção de um ambiente de trabalho sadio e ético, assim como algumas boas regras essenciais de convivência e trabalho. 

Ao contrário do que alguns pensam, não se trata de um conjunto de frases prontas. A realidade de cada organização é diferente, assim como os riscos de más condutas são igualmente distintos, dependendo do ambiente.

Nesse sentido, é primordial analisar quais são as irregularidades mais propensas de acontecerem no seu negócio. 

Lembre-se sempre: este compilado precisa refletir a cultura do negócio, ser escrito de forma transparente e com linguagem acessível a todos os níveis hierárquicos da organização, transmitindo ao leitor o sentimento de um conteúdo honesto, verdadeiro e válido.

Por meio dele, é possível “transferir” ao colaborador o conhecimento sobre aquilo que pode (e deve) ser denunciado. É isso que transforma o Código em um poderoso instrumento para o bom funcionamento do Canal de Denúncias.  

Não se esqueça: aqui, a sua atenção não deve estar voltada apenas à criação deste documento ou somente à implementação do Canal de Denúncias. A divulgação sobre tudo o que ele engloba esses dois recursos são igualmente fundamentais e exigem dedicação. 

  • O Código de Conduta precisa ser divulgado e todos precisam conhecê-lo de forma plena, bem como, estar ao “alcance da mão” de quem quiser consultá-lo para solucionar dúvidas — aqui se delimita a necessidade de disponibilizar o material em diversos ambientes e formatos (tanto físicos quanto on-line).  
  • Paralelo a isso, cada colaborador precisa ter em mente que, ao viver ou presenciar a ocorrência das más condutas discriminadas no Código, é imprescindível reportá-la ao Canal de Denúncias — é esta ferramenta que permitirá, justamente, a identificação das violações ao Código, viabilizando a oportunidade de correção das irregularidades pela empresa e evitando os prejuízos. 

Como fazer valer o que está escrito no Código e facilitar o cumprimento das regras? A resposta é simples: investindo na criação de um programa de treinamento sobre o Código de Conduta e o Canal de Denúncias.

 

3. Planejar e criar um programa de treinamento é fundamental 

 Canal de Denúncias implementado — check! 

 Código de Conduta pronto — check! 

Chegou a hora do terceiro ponto essencial dessa lista: o planejamento e a realização dos treinamentos periódicos. 

Mesmo que a intenção da implementação dessas duas ferramentas importantes seja benéfica para toda a empresa, as equipes podem ainda não saber disso. Ou melhor, podem até mesmo não saber do que se tratam esses dois instrumentos e muito menos como usá-los corretamente. 

 

Por isso, é preciso pontuar e explicar de forma muito transparente: 

  • O que é o Canal de Denúncias e o Código de Conduta, porque eles existem, a importância deles, como funcionam e, especialmente, os seus benefícios para todos.  

A melhor maneira de fazer isso é treinando e sensibilizando os colaboradores sobre essas questões, por meio da realização de “ações coletivas de conscientização”.

Um ótimo exemplo de formato e efetividade para solucionar esse impasse é a produção de treinamentos em vídeo sobre o Canal e os temas presentes no Código de Conduta. 

Pense bem… 

  • Como uma pessoa pode denunciar um caso assédio, uma fraude ou um ato de discriminação, se ela não souber o que caracteriza cada um deles?
  • Como alguém vai ter a segurança necessária para realizar uma denúncia sem saber sobre a validade de todo o processo, o sigilo proporcionado pela plataforma e a possibilidade de manter sua identidade 100% anônima? 

Os treinamentos em vídeo servem, precisamente, para solucionar essas dúvidas: use e abuse dos exemplos práticos, trabalhe uma linguagem de fácil entendimento e procure abordar as temáticas de modo mais simples possível.  

Além disso, tenha sempre em mente: reforçar os atributos de confiabilidade e confidencialidade do Canal nunca é demais! Quanto mais segurança a rede de colaboradores sentir, mais eles estarão engajados em colaborar com a organização na identificação de possíveis irregularidades.  

Uma dica para acertar nesse tipo de produção e elaborar um treinamento que realmente funciona é buscar o auxílio de uma empresa especializada, como a Contato Seguro

 

4. Comunicar para manter a “chama sempre acesa”, essa é a chave do sucesso constante! 

Realizar apenas um treinamento e esperar que ele seja o suficiente para manter todos informados o tempo todo é um erro grave!

De tempo em tempo, é indispensável relembrar a empresa toda sobre o Canal de Denúncias, o Código de Conduta e os assuntos relativos a estes dois instrumentos.  

É claro que não é necessária a realização de um megatreinamento em vídeo a cada semana, existem soluções criativas mais simples, como a produção de cards de comunicação, e-mails marketing, cartazes, folders, flyers, etc. 

Não há uma “frequência ideal” universal para manter o assunto “vivo” na mente das equipes, porém, recomendamos a veiculação de, pelo menos, uma peça de comunicação por mês, como “reforço” às questões trabalhadas no Código e nos treinamentos maiores.

 

5. Executar cada uma dessas etapas não precisa ser um desafio complexo 

Nós sabemos que colocar em prática todas as ações que mencionamos acima pode parecer uma missão impossível, principalmente quando são colocadas em foco todas as diversas atribuições rotineiras de um profissional de Gente e Gestão. 

Mas, não se preocupe… Temos uma boa notícia!

Você pode contar com o suporte da Contato Seguro em todo processo de implementação do seu Canal de Denúncias, assim como na criação de um programa de comunicação e treinamento para toda a sua equipe em diversos formatos (vídeos, campanhas digitais, materiais impressos e muito mais), por meio da produção de conteúdo 100% personalizado, desenvolvido conforme a cultura da empresa e criado com o respaldo de especialistas referências globais no campo da ética e do Compliance. 

Um Canal de Denúncias é muito importante na hora de prevenir e combater casos de fraudes, roubos e assédio nas empresas. Mas é preciso que todo o ambiente esteja de acordo com a boa conduta para que a ferramenta tenha o seu melhor funcionamento.

  



Contato Seguro
https://canaldaetica.com.br/


Compramos uma ferramenta de RPA, e agora?


Depois de um longo processo analisando todas as possibilidades do mercado, a empresa toma a decisão de adquirir uma plataforma de automação de processos, mas logo vem a pergunta: E agora, por onde começamos?

Sempre sugiro ao cliente atuar em uma fase anterior, que poucas vezes os vejo executarem, que é a etapa de identificação de oportunidades de automação, esse momento é quando passam a entender qual o potencial da plataforma de automação dentro do seu negócio.  Ao fazerem isso antes de comprar a ferramenta, criam uma sequência de projetos que  podem adotar com base no melhor retorno para a organização.

Após análise de futuros projetos de automação, o cliente deve aprofundar as oportunidades de maior potencial, nesta etapa é preciso entender em detalhes como o processo será feito, para isso é necessário mapear etapa por etapa como é feito atualmente, e aqui vai um ponto importante, o analista de automação precisa estar com os ouvidos atentos para entender os objetivos de cada etapa, mas ter foco quais tarefas podem ser alteradas visando extrair o melhor do robô.

Uma vez que o mapeamento é concluído, o analista de automação deve gerar um documento formalizando o entendimento entre o que a área espera e o que o mesmo captou, principalmente, com o resultado final esperado. É importante ter o cuidado para que esse documento não seja muito burocrático, crie um arquivo com todos os elementos, como etapas, sistemas envolvidos, resultados esperados dentre outros pontos críticos, mas evite transformá-lo em um requisito muito extenso, pois poderá ser um gargalo dentro da sua jornada, é importante aliar agilidade com utilidade sem perder a governança.

Após essa etapa parte para a construção efetiva do robô, sempre sugiro que o analista de automação que esteja construindo o robô tenha encontros semanais com a área de negócio passando os status e demonstrando o que foi feito até então, porque muitas vezes essa validação traz novas ideias, novos caminhos que até então a área não vislumbrava por muitas vezes não conhecer o potencial de uma plataforma de automação, sendo assim, esses pontos de controle podem garantir um robô ainda melhor para o momento de validação.

Chega ao ponto em que o robô está pronto e deve entrar em produção. Cuidado para não cair num erro comum que é gerar uma expectativa de conformidade para o usuário nas primeiras execuções do robô, para isso adote uma etapa dentro do ciclo de vida da construção do robô chamada operação assistida, nesse momento o usuário entende que o robô está aprendendo o seu trabalho, ou seja, ele vai ser supervisionado tanto pela área de negócio quanto pela área de tecnologia, com o objetivo de entender se o que foi planejado e visualizado para ele, de fato, é o que vai ser necessário para o ambiente de produção.

O entendimento da operação assistida é importante para alinhar as expectativas sobre o robô a ser colocado em produção, mas uma vez concluída com sucesso o robô passa a fazer parte do ambiente de produção e é controlada todas as mudanças que o afetem, pois agora ele é um colaborador virtual daquela área de negócio.

Este é o ciclo entre a compra e adoção de robô para produção, mas é importante ressaltar que as primeiras automações serão sempre as mais difíceis, no entanto é importante manter um curso constante para não perder a capacidade de transformar o negócio através da automação.

  

Fernando Baldin - formado em Relações Públicas com Pós-graduação em Administração de empresas, há mais de 20 anos com Service Desk e Serviços de TI.

 

Entenda as novas regras de tributação de investimentos no exterior

 

Advogado reforça que a Medida Provisória dependerá da aprovação do Congresso para que as regras se tornem aplicáveis a partir de 2024.

 

Na tendência de outros países e regiões o Governo Federal publicou, em 30 de abril de 2023, a Medida Provisória nº 1.171 que trata da tributação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre rendimentos auferidos por pessoas físicas em aplicações financeiras, entidades controladas, inclusive fundos de investimento e fundações,  e trusts no exterior, ou seja  empresas ou instituições que tem como função terceirizar a gestão de bens e direitos de uma pessoa ou grupo familiar. 

 

Gabriel Strazas Henkin, advogado e especialista em Controladoria e Auditoria Contábil, da BPH Advogados, explica que primeiramente isso é apenas uma Medida Provisória (MP) que dependerá da aprovação do Congresso para que as regras se tornem aplicáveis a partir de 2024.

 

“Se aprovada a MP as regras de tributação sobre tais rendimentos sofrerão algumas mudanças significativas, ficando sujeitos à incidência do IRPF de acordo com algumas alíquotas. Vale lembrar que apesar de os rendimentos estarem sujeitos às mesmas alíquotas, para cada categoria de rendimentos foram instituídas regras e conceitos específicos que influenciam a determinação do momento e do montante sujeito à tributação”, ressalta. 

 

Henkin explica que os rendimentos dos investimentos serão apurados na Declaração de Imposto de Renda Anual, seguindo a tabela progressiva de cálculo:

 

0% Parcela anual que não ultrapassar R$ 6.000,00

15% Parcela anual que exceder a R$ 6.000,00 e não ultrapassar R$ 50.000,00

22,5% Parcela anual que ultrapassar R$ 50.000,00


 

Como ficam as aplicações no exterior? 

 

O advogado revela que atualmente as aplicações financeiras de pessoas físicas no exterior estão sendo tributadas como ganho de capital pelas alíquotas atualmente vigentes, ou seja, de 15% a 22,5%, com isenção para ganhos de pequeno valor, que são operações até R$ 35 mil.

 

“As novas regras trazem que as aplicações financeiras passarão a ser tributadas pelas alíquotas na tabela acima quando os rendimentos forem efetivamente percebidos pela pessoa física, ou seja, quando for realizar resgate, amortização, alienação, vencimento ou liquidação das aplicações financeiras. Vale reforçar que considera-se como rendimentos também a variação cambial, os juros, prêmios, comissões, ágio, deságio, participações nos lucros, dividendos e ganhos em negociações no mercado secundário, incluindo os ganhos na venda de ações das entidades não controladas em bolsa de valores no exterior”, explica. 


 

Quais as novas regras às entidades controladas no exterior? 

 

Conhecidas como Personal Investment Companies (PICs), ou Off-Shore Companies, Henkin explica que atualmente os lucros e dividendos , feitos pelas entidades controladoras são tributados apenas no momento de sua efetiva disponibilização com base na sistemática do carnê-leão, que são alíquotas progressivas até R$ 27,5%.

 

O advogado ainda explica que com as novas regras os lucros apurados a partir de 01 de janeiro de 2024 por entidades controladas no exterior serão tributados automaticamente em 31 de dezembro de cada ano na pessoa física do sócio residente no Brasil. “Importante destacar que os Lucros apurados até 31/12/2023 permanecem sujeitos à regra atual de não tributação automática”. 


 

E para investimentos feitos através das trusts, o que muda? 

 

Trust é um tipo de empresa estrangeira cujo objetivo é terceirizar a administração de bens e direitos de uma pessoa ou grupo familiar.

 

Henkin explica que para os trusts a MP trouxe inovações ao sistema jurídico brasileiro. “A MP deixa claro que considera trusts como estruturas transparentes para fins fiscais e que seus bens e direitos serão considerados de titularidade do instituidor (Settlor) e assim deverão ser declarados e tributados enquanto não transferidos aos beneficiários. É importante lembrar que essas novas regras auxiliam as pessoas físicas que se utilizam das trusts no que diz respeito à segurança jurídica de como proceder fiscalmente em tais casos”, explica o advogado. 

 

“Fato importante foi a definição de que a distribuição de bens ou direitos pelo trust ao beneficiário será considerada doação se ocorrida durante a vida do instituidor ou transmissão causa mortis(se decorrente do falecimento do instituidor”, finaliza.


 

Falta de profissionais em cibersegurança cresce 26% em um ano

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Especialista explica como a ausência de mão de obra qualificada compromete a segurança da informação de uma empresa e quais medidas podem ser tomadas

 

Uma pesquisa global divulgada pela organização internacional de treinamento e certificações para profissionais de cibersegurança (ISC)² (a International Information System Security Certification Consortium) mostrou que a falta de mão de obra qualificada na área de segurança em 2022 aumentou 26,2% ante o ano anterior. Isso significa que, se em 2021 existia um gap de 2,72 milhões de profissionais, um ano depois passou a ser de 3,4 milhões.

O estudo, intitulado de “Cybersecurity Workforce Study 2022”, realizado com 11.779 responsáveis pela segurança cibernética de diversas empresas pelo planeta, apontou, ainda, que 70% dos entrevistados não possuem funcionários de segurança cibernética suficientes. O levantamento destaca que a escassez de especialistas acende um alerta vermelho porque está colocando as operações das organizações em risco moderado ou extremo de um ataque cibernético.

Para Fabrizio Alves, CEO da VIVA Security, dois fatores explicam esse cenário. Um deles é a transformação digital, acelerada com a pandemia da Covid-19, que trouxe o home office e o regime híbrido de trabalho. Outro diz respeito à necessidade de proteger o ecossistema digital, a partir de novas regulações e requisitos de compliance. 

Independente do porte, quando uma empresa está desprotegida, ela pode sofrer inúmeras consequências, desde ataques digitais, roubo de informações sigilosas até vazamentos de dados, além de comprometer o financeiro e a reputação da empresa.

Um dos ataques mais comuns é o ransomware, que causa grandes prejuízos a inúmeras empresas, os exemplos estão todos os dias na mídia.

De um lado temos as empresas buscando melhorar continuamente seus sistemas de segurança, de outro, os hackers criando ataques cada vez mais sofisticados.

Nessa guerra de força, as empresas precisam de profissionais preparados e experientes para se proteger. Mas de que maneira a escassez de talentos no setor de segurança da informação deve ser superada?

Para mitigar o déficit de especialistas à disposição, grandes empresas no Brasil e no mundo, de diversos segmentos de mercado, criaram programas de treinamento e certificação para profissionais que já atuam em outras áreas de TI (Tecnologia da Informação), uma vez que demandam menos tempo que os demais profissionais para serem treinados.

Uma alternativa adotada e muito valorizada no mercado atual é a contratação de empresas terceirizadas para o gerenciamento das atividades de segurança, conhecido como Managed Security Service Provider (MSSP). “Essa é uma opção muito mais atraente do ponto de vista do custo-benefício, já que toda a carga de treinamento e da responsabilidade das entregas fica por conta desses provedores. O próprio turnover de profissionais passa a ser um problema que esses provedores administram”, defende.

No entanto, de acordo com o CEO, os requisitos de ferramentas de segurança são fatores que devem ser levados em consideração na hora de uma corporação decidir entre montar uma equipe de segurança interna ou contratar o serviço por fora. “Os MSSPs já entregam boa parte desse ecossistema de ferramentas, processos e pessoas como um serviço e funcionam também como concierge para aconselhamentos na gestão de segurança”, destaca.

Para Fabrizio, a área de cibersegurança é tão sensível e precisa de profissionais capacitados tanto quanto a medicina. “Há riscos intrínsecos na área de segurança envolvidos na gestão e operações que só podem ser mitigados com muita experiência (e plantões para lidar com os inúmeros casos e suas variações). Então, a área tem uma gama de possibilidades, mas exige maturidade profissional desde para quem atua em atendimentos iniciais até para aqueles que vão se dedicar a explorar vulnerabilidades e criar defesas. Para tudo isso, a experiência prática e os bons orientadores de grupos são fundamentais”, afirma.

O CEO destaca, ainda, que, além de hard skills, existem alguns aspectos comportamentais (soft skills) que são desejáveis para um profissional de segurança da informação evoluir na profissão, os quais ele compara aos da área da saúde.

“A área de defesa cibernética exige força de vontade, estudos contínuos, trabalho em equipe, liderança, resiliência, fluência no idioma inglês e bastante sangue frio para lidar com as intempéries. Os bons médicos são ótimos comunicadores também. Então essa é uma habilidade adicional fundamental, porque quase sempre as situações de crise deixam os ânimos à flor da pele”, sublinha.

Alves destaca, ainda, que a tecnologia cada vez mais acessível torna a segurança da informação mais vulnerável. Além disso, quando uma empresa não tem infraestrutura para o controle de dados, isso repercute de maneira negativa aos clientes e stakeholders.

“Com a conjuntura atual, principalmente com a pandemia e inovações tecnológicas, o perímetro de segurança se moveu para um espaço difuso. Isso exige das empresas profissionais com skills multicloud e de segurança bastante avançados. Caso contrário pode-se perder mercado para a concorrência”, destaca.

 

 VIVA Security
https://vivasecurity.com.br

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