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sábado, 6 de maio de 2023

Assédio moral dentro das organizações: Como erradicar esse problema das empresas?

Especialista alerta a necessidade das empresas promoverem a cultura de paz dentro do ambiente corporativo a fim de acabar com assédio


Caso de assédio dentro das empresas é algo que tem se tornado ‘comum’ e mais visível aos olhos da mídia e dos gestores nos últimos anos. Além de ser um problema grave que pode afetar profundamente a vida dos colaboradores e das organizações, desencadeia uma série de problemas, como processos trabalhistas, queda na produtividade, piora no clima organizacional, absenteísmo e demissões. Por isso, Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, esclarece alguns pontos importantes sobre os efeitos do assédio e o que ele pode desencadear na vida do colaborador como vergonha e inibição, indo para o baixo engajamento e produtividade, e até problemas graves de saúde mental, endividamento entre outros.

Segundo uma pesquisa realizada pelo site Vagas.com, empresa de recrutamento de profissionais, mostrou que 52% dos profissionais já sofreram práticas de assédio, sendo que 87,5% não denunciaram o ato. A maior parte, 39,4%, disse que não fez a denúncia por medo de perder o emprego, já 31,6% tiveram receio de sofrer vingança, 11% dizem sentir vergonha, 8,2% relataram sentir medo de que a culpa recaia sobre o denunciante e 3,9% disseram sentir culpa. Já entre os que decidiram relatar o assédio, 74,6% afirmaram que o agressor permaneceu na empresa mesmo após a denúncia.

De acordo com Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, as empresas são responsáveis pelo que acontece dentro do ambiente de trabalho,  porque é uma questão de governança e responsabilidade social. “Hoje temos uma lei que obriga as empresas a terem esse olhar para promover um ambiente seguro e saudável, portanto, o papel das empresas neste cenário é trazer ações de conscientização e prevenção as práticas de assédio, além de disponibilizar um  canal de denúncia seguro e efetivo para que os colaboradores possam reportar casos de assédio e abuso de forma sigilosa e anônima, evitando assim sentirem medo ao denunciar”, revela.


Assédio X Saúde Mental

O assédio dentro do trabalho afeta gravemente a vida dos profissionais, desencadeando problemas de saúde mental e endividamento, podendo até levar uma pessoa ao suicídio. Para Rebeca, é possível relacionar o assédio com as finanças pessoais, pois quando o colaborador está endividado ele apresenta uma tolerância maior ao assédio.

“Quando o colaborador está endividado, ele tende a não procurar o canal de denúncia, ao invés disso ele vai passa a tolerar o assédio, o que leva muitas vezes o assediador a aumentar o tom das ofensas. O que sem dúvida vai impactar a saúde comprometendo a capacidade do colaborador de cuidar de seu bem-estar financeiro“, comenta Rebeca Toyama.

No geral, o assédio deixa marcas profundas no íntimo da vítima, e ainda pode desencadear consequências psíquicas, físicas, sociais e profissionais, como: dores generalizadas, distúrbios digestivos, crises de choro, estresse, isolamento, depressão, suicídio, ansiedade e até a diminuição da produtividade.

“Enquanto o assédio não é denunciado, o assediador continuará prejudicando a vida de outras pessoas, então, para impedir é importante denunciar. Eu tenho a bandeira de educar antes de punir, porque se o foco for educativo, conseguiremos criar um ambiente psicologicamente mais seguro”, afirma Toyama.


Cultura de paz dentro das organizações

É preciso conscientizar as empresas sobre a importância de um ambiente de trabalho saudável e livre de qualquer prática de assédio e violência, e um ambiente que promova uma cultura de paz, está alinhado com as práticas ESG, valoriza o respeito e a ética, e os colaboradores podem desempenhar suas funções com tranquilidade e segurança.

Segundo Rebeca, a cultura de paz não é uma obrigação legal e é um elemento que ainda não é muito abordado dentro das empresas. Mas o termo segurança psicológica já está sendo inserido no mundo das organizações, e traz a necessidade de um ambiente seguro e que preserve a saúde mental dos colaboradores.

“Aqui trago o convite para as empresas lançarem um novo olhar que integre autoconhecimento e conhecimento para que as pessoas possam ter uma relação de maior respeito consigo mesma e em seguida com os colegas, liderados, clientes e fornecedores. Porque isso é essencial para a construção de um ambiente de trabalho socialmente responsável, onde todos possam colaborar para o bem comum, com relações pautadas pela cooperação, harmonia e respeito mútuo”, finaliza.

Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, destaca em 3 tópicos como trabalhar o tema dentro das organizações, investindo em um ambiente seguro e saudável:

  1. Iniciar o processo educativo: existe muita desinformação relacionada ao tema, portanto é necessário investir em programas de treinamentos e palestras;
  2. Criar um ambiente seguro: fortalecer os canais de denúncia e deixar claro aos colaboradores que práticas de assédio não são aceitas;
  3. Colocar os líderes no foco da ação: lembrando que esse conteúdo não fez parte da formação da maioria dos profissionais, portanto, eles precisam ser preparados para lidar com o tema.

 

Rebeca Toyama Msc - porta-voz da ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico) do Programa Liderança com ImPacto da ONU, fundadora da ACI – Academia de Competências Integrativas, uma empresa signatária do Pacto Global da ONU e participante do Movimento Mente em Foco promovido pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em liderança, carreira e tendência do mundo do trabalho. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach.

 

Mercado de Carbono: um novo mercado jurídico que demanda especialistas

Com a crescente preocupação em relação à crise climática, tanto o setor público quanto o privado têm se mobilizado em busca de soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e atingir metas ambientais cada vez mais ambiciosas. A descarbonização da economia é um dos caminhos apontados para enfrentar essa crise global e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações. Nesse contexto, instrumentos como o mercado de carbono têm despertados muito interesse do mercado, sendo visto como instrumentos de monetização da necessidade de descarbonizar.   A popularização do tema é muito positiva e abre espaço para todo um mercado de prestação de serviços especializados essenciais para colocar este mercado de pé, inclusive para os  advogados.

De forma geral, o mercado de carbono consiste em um sistema de compra e venda de créditos de carbono, que são gerados por empresas ou organizações que certificam a redução de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Esses créditos podem ser negociados e vendidos para aqueles que desejam (mercado voluntários) ou devem (mercado regulado) compensar suas próprias emissões de GEE.

O processo de estruturação e certificação de projetos para geração de crédito de carbono, assim como seu registro para venda e contabilização, requer a observação de uma série de metodologias, procedimentos e regras próprias, que variam a depender da natureza do projeto a ser certificado, e dependem de suporte especializado, inclusive jurídico.

Um exemplo interessante é a emissão de créditos de carbono de projetos de restauração florestal, reflorestamento ou de desmatamento evitado. A regularização fundiária e ambiental das áreas em que se pretende gerar créditos é um dos requisitos básicos para certificação, portanto advogados especialistas em direito imobiliário, fundiário e ambiental certamente serão demandados para ajudar as empresas a entenderem e atenderem as regulamentações e os procedimentos necessários para regularização das áreas que envolvem os projetos.

Um outro exemplo interessante passa pela elaboração e revisão de contratos dos serviços e insumos necessários para colocar um projeto de pé. De serviços especializados de consultores que modelam os projetos, passando pela necessidade de compras de sementes e outros insumos até a seleção de mão de obra necessária para trabalhar na área, todas são contratações que precisam ser analisadas à luz das particularidades do processo de certificação para o mercado de carbono.

Uma vez aprovado o projeto e emitidos e vendidos os créditos, é preciso ter clareza sobre os impactos tributários da compra e venda de créditos. Afinal, qual a natureza jurídica do crédito de carbono? Haverá tributo incidente sobre as receitas geradas por essas vendas? É preciso consultar um advogado.

As questões jurídicas que se apresentam hoje podem não ser as mesmas amanhã. O mercado de carbono é uma área em construção e por isso está constante mudança, com novas regulamentações sendo introduzidas e novos mercados surgindo em todo o mundo. Isso significa que os advogados que atuam nessa área devem estar atualizados sobre as mudanças nas regulamentações e tendências do mercado, permitindo que eles ofereçam aconselhamento jurídico preciso e informado aos seus clientes. 

Outra área em que os advogados podem atuar é a litigância relacionada ao mercado de carbono. Por ser um sistema relativamente novo, poderão surgir litígios e disputas relacionadas à validade dos créditos de carbono, à titularidade, entre outros fatores.  Os advogados especializados podem ajudar a resolver essas disputas e garantir que as empresas estejam em conformidade com as regulamentações e que os créditos de carbono sejam válidos.

Os aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança) também são uma importante consideração no mercado de carbono. Cada vez mais, investidores estão procurando empresas que atendam a esses critérios e buscam investir em projetos sustentáveis e com baixa pegada de carbono. Nesse sentido, os advogados podem desempenhar um papel fundamental na assessoria às empresas que buscam se tornar mais sustentáveis e atrair investimentos responsáveis. Eles podem ajudar a elaborar políticas de sustentabilidade, códigos de conduta, relatórios ESG e outras iniciativas que demonstrem o compromisso da empresa com a sustentabilidade e com a redução de emissões de GEE.

Para além de questões coorporativas, os advogados também são essenciais na estruturação desse mercado, dando suporte jurídico e regulatório à administração pública e às organizações sem fins lucrativos envolvidas na criação de políticas de sustentabilidade e regulações relacionadas ao mercado de carbono.

Como se vê, o mercado de carbono oferece diversas oportunidades para advogados especializados, do direito ambiental ao regulatório, passando por fundiário, imobiliário, tributário, ESG, empresarial e por aí vai. Com o aumento da demanda por soluções de descarbonização da economia, o mercado de carbono deve continuar a crescer, e os advogados que se especializarem nessa área terão a chance de fazer parte de um campo em constante mudança e de ajudar a proteger o meio ambiente para as gerações futuras.

 

Isabela Morbach - advogada e cofundadora da CCS Brasil

 

Quem vai mexer no meu queijo?

Saiba como a Inteligência Artificial (IA) irá impactar área de Treinamento e Desenvolvimento de Talentos

 

Este ano, o ASU+GSV Summit reuniu mais de 7 mil participantes, incluindo educadores, empreendedores, profissionais da área de treinamento corporativo, líderes universitários e responsáveis por políticas públicas. 

Bill Gates foi um dos destaques do evento, mas outro especialista que chamou a atenção foi Josh Bersin, uma das maiores autoridades em desenvolvimento humano, que liderou dois workshops. Em uma entrevista recente, Bersin destacou que o mercado de Aprendizagem Corporativa está prestes a embarcar em uma transformação sem precedentes. “Inteligência Artificial democratizará rapidamente várias formas de aprendizado, assim como o YouTube e o iPhone democratizaram o vídeo, que costumava ser difícil de criar” menciona.

No entanto, é importante entender quais áreas de Treinamento e Desenvolvimento que serão mais impactadas.  Uma delas é a parte de desenvolvimento de conteúdo, atualmente envolvendo a produção de diversos materiais, como textos, manuais, exercícios, testes, infográficos, vídeos, cursos, gráficos, áudios e simulações. Esses materiais geralmente são produzidos por meio de ferramentas, como a Adobe e outras, mas demandam muito tempo nas etapas de produção e validação. 

Com o uso da inteligência artificial, esses materiais poderão ser produzidos de forma mais rápida e precisa. Para aqueles que trabalham na área de desenvolvimento de conteúdo, as mudanças serão significativas e é importante estar atento às melhores práticas e tendências emergentes.


Tutor Pessoal

Durante o ASU+GSV Summit, Bill Gates afirmou que os chatbots de inteligência artificial serão capazes de ser tão bons quanto tutores humanos. Além disso, Gates destacou que a tecnologia ajudará no processo de leitura e escrita nos próximos dezoito meses.

Na educação corporativa, Bersin comenta que os chatbots terão um papel importante no suporte aos participantes durante os workshops, oferecendo orientação e esclarecendo dúvidas para melhorar a compreensão e absorção do conteúdo. Alguns chatbots também podem ser programados para fornecer feedbacks personalizados, com base nas respostas dos aprendizes e seu desempenho no programa. Isso ajuda a identificar pontos fracos e desafios dos participantes, orientando-os para melhorar o aprendizado.

Apesar de fornecer um suporte valioso, os professores ou facilitadores são fundamentais para fornecer orientação, feedbacks e insights personalizados para ajudar os aprendizes a desenvolver habilidades e atingir seus objetivos de aprendizado.


Curadoria 

A curadoria de conteúdo para o treinamento de adultos será grandemente impactada pela inteligência artificial, tornando o processo mais eficiente, personalizado e relevante para as necessidades individuais dos participantes.

Uma das principais formas pelas quais a IA pode melhorar a curadoria de conteúdo é através da análise de dados. Ao coletar informações sobre as preferências de aprendizado, habilidades e necessidades de cada aprendiz, os algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar padrões e tendências que ajudam a personalizar o conteúdo para cada indivíduo. Isso significa que toda essa informação pode ser ajustada de acordo com o nível de conhecimento, ritmo e estilo de aprendizado de cada aluno, tornando a experiência de aprendizado mais eficiente e eficaz.

Em conclusão, é importante estar atento às tendências emergentes na área de treinamento e desenvolvimento e entender como a IA pode ser usada para melhorar a eficiência, a personalização e a relevância do processo de aprendizagem. No entanto, é fundamental lembrar que o papel do facilitador é insubstituível para criar um espaço seguro, criativo, colaborativo e no feedback humanizado.  

 



Tatiany Melecchi - mestre em Marketing pela Massey University, Nova Zelândia, a primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development) nos EUA, Coach ACC pela ICF pela International Coach Federation e Facilitadora Internacional Certificada pela LTEN (Life Sciences Trainers & Educators Network) nos EUA e facilitadora Internacional certificada em Neurociência da Gestão da Mudança pela 7th Mind, Inc nos EUA. Atualmente é autora da ATD Sales Enablement Community of Practice e CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, onde dedica a sua carreira à pesquisa e desenvolvimento de metodologias e soluções inovadoras de aprendizagem. que visam facilitar a transferência do aprendizado para prática nas organizações e consequentemente maximizar a performance e resultados.
https://www.linkedin.com/in/tatianymelecchi/

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Prematuridade: como podemos evitá-la?

Não é exagero afirmar que a prematuridade hospitalar é um dos principais desafios enfrentados pelos sistemas de saúde. Por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuramente no planeta, sendo que mais de 1 milhão deles morrem em virtude de complicações decorrentes desta condição. Outro problema grave é que, muitas vezes, as crianças sobreviventes destes quadros apresentam sequelas de longo prazo com variados problemas de desenvolvimento, incluindo aí deficiências físicas e cognitivas.

A boa notícia é que temos trabalhado em uma iniciativa que foi capaz de minimizar de forma significativa o impacto do problema entre nossos beneficiários, um projeto que certamente irá se tornar referência no País. Com o Gestar Bem, iniciativa da Paraná Clínicas para auxílio e acompanhamento de gestantes, nós conseguimos números surpreendentemente baixos de prematuridade apostando em cuidados básicos junto às mães. Não reinventamos a roda, apenas focamos nossos esforços em facilitar a rotina de gestantes dando a elas um suporte que, quando ausente, as faz pular ou deixar para trás etapas importantes do pré-natal.

A prematuridade hospitalar ocorre quando o parto é realizado antes da 37ª semana de gestação. Essa condição pode ser causada por diversos fatores, como doenças maternas, problemas na placenta, infecções, gestações múltiplas, entre outros. No entanto, muitos destes casos poderiam ser evitados com uma atenção adequada à saúde da mãe e do feto durante a gestação.

Esta é, essencialmente, a estratégia que utilizamos: cuidamos para que as gestantes que fazem parte de nosso projeto não percam os principais exames de rotina do primeiro, segundo e terceiro trimestre da gravidez, sejam de sangue ou de imagem. Nosso monitoramento é bem rigoroso e tenta fazer com que a mamãe tenha a assistência necessária para não perder os prazos ideais para a realização destes exames e consultas com o médico obstetra, tanto para casos de baixo ou alto risco. Não há nada de revolucionário no que fazemos, apenas o esforço para que prazos sejam mantidos e cumpridos.

Os resultados destas medidas simples são muito impactantes. Nossa média de prematuridade registrada ao longo do último ano foi de pouco mais de 4%. A fim de comparação, de acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), estatística do Ministério da Saúde que faz este tipo de monitoria, a média de prematuridade de Curitiba é de 10% e a do Brasil é de 11%. Tais números atestam de forma inequívoca que, com o cuidado e carinho adequado, as chances de evitarmos problemas de saúde entre mães e bebês são altas.

O acompanhamento pré-natal é fundamental para identificação e tratamento de possíveis problemas de saúde que possam levar à prematuridade hospitalar. Durante as consultas, o médico obstetra pode avaliar o desenvolvimento fetal, detectar doenças maternas e orientar sobre hábitos saudáveis para a gestante, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.

Por fim, é importante destacar que a prevenção da prematuridade hospitalar vai muito além da adoção de cuidados médicos adequados: a gestante também contribui de forma decisiva para a segurança da gestação a partir da adoção de hábitos saudáveis como evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, praticar atividades físicas moderadas e controlar o estresse.

Apesar deste ser um problema grave, a prematuridade pode ser evitada de forma significativa a partir da adoção de cuidados adequados durante a gestação. Somos testemunhas oculares que com cuidado, carinho e atenção, conseguimos transformar a história de milhares de famílias. 



Eduardo Roberto Pedroso Senter (CRM PR 37.275) - médico e coordenador do PRIORI, serviço oferecido a beneficiários da Paraná Clínicas que engloba diversos programas de saúde e tem como objetivo gerenciar e monitorar pacientes que precisam de maior atenção. Entre os programas do PRIORI, está o Gestar Bem, iniciativa voltada para os cuidados com gestantes.


Paraná Clínicas
panaclinicas.com.br

Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário: como a tecnologia tem ajudado no combate à doença

Diagnóstico precoce é o principal desafio do segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres

 

O dia 8 de maio marca o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário. Esta é a segunda patologia ginecológica mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Por ser uma doença silenciosa, ou seja, que normalmente apresenta sintomas quando em estágio avançado, o diagnóstico precoce ainda é a principal arma para diminuição dos casos graves e, consequentemente, da mortalidade. Mesmo que não haja um exame específico para identificar a doença, já existem ferramentas tecnológicas capazes de auxiliar na avaliação do paciente para entender melhor os fatores de risco de cada indivíduo.

Walter Brandstetter, gerente clínico da divisão de HME da Samsung Brasil, explica como a tecnologia tem ajudado nessa missão de combate a doença: “Diferente de outros tipos de câncer como o de colo de útero, que pode ser diagnosticado com exames como o papa nicolau, o câncer de ovário traz um grande desafio em seu rastreamento precoce. Por isso a Samsung trabalha na criação de novas tecnologias para diagnósticos cada vez mais precisos, que seguem o sistema IOTA-ADNEX, uma ferramenta de avaliação ginecológica que ajuda na classificação de tumores ovarianos e no diagnóstico por meio do protocolo do grupo IOTA.”

Segundo dados do A.C. Camargo Cancer Center, 75% dos casos são descobertos em estágio avançado. Para mudar essa realidade, aparelhos de diagnóstico por imagem podem ajudar na detecção dessa enfermidade, como os equipamentos de ultrassom V8 e V7. Ambos foram projetados para simplificar processos e aumentar a confiança mesmo em exames complexos, além de ajudar a comunicar os resultados facilmente com os pacientes.

Os dois modelos possuem uma variedade de ferramentas para casos diversos e desafiadores. Os profissionais de saúde podem realizar exames direcionados com facilidade, usando os recursos avançados. Além disso, vários recursos sofisticados de imagem 2D, 3D e Doppler são suportados com excelente qualidade. Com a ferramenta MV-Flow, por exemplo, é possível avaliar qualitativamente e quantitativamente pequenos fluxos sanguíneos nos ovários, trazendo mais um elemento diagnóstico de alto valor aos médicos.

Saiba mais sobre essas e outras soluções da divisão de HME acessando a Samsung Newsroom Brasil.


Especialista alerta para pontos positivos e negativos do Jejum Intermitente

Acácio Barros, professor de Nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, destaca os efeitos colaterais da prática alimentar e o perfil mais indicado para esse protocolo

 

Em alta na prática alimentar, é cada vez mais comum ouvir pessoas sinalizando que estão fazendo Jejum Intermitente. Mas afinal será que é uma dieta saudável?

De acordo com o professor de Nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, Acácio Barros, o Jejum Intermitente (JI) é um plano dietético caracterizado pela redução na ingestão energética usando um período de jejum alternado com o consumo livre de alimentos. A forma mais comum consiste em horas de jejum seguidas, e oportunidades de ingestão livre em um mesmo dia.


O nutricionista alerta que ficar longos períodos sem comer pode influenciar na convivência social e afetar a saúde física e psicológica, além de impactar no desempenho das atividades do dia, até mesmo dificultando a concentração. “A pessoa que costuma fazer esse protocolo está mais propensa a tomar medidas compensatórias inadequadas como vômitos induzidos, uso de laxantes, inibidores de apetite e diuréticos. Alguns estudos comprovam que principalmente na primeira hora após o jejum, o risco de comer excessivamente depois é de 65% a mais”.

Em contrapartida, o Jejum Intermitente também tem pontos positivos, se efetuado de acordo com as orientações profissionais. “Essa prática melhora o perfil glicêmico por meio da redução significativa na glicemia, diminui significativamente a glicemia após comer e reduz a progressão do diabetes. Além disso, também influência nos ritmos circadianos, por exemplo, no horário em que o alimento é ofertado, tem melhora na atenção do indivíduo, comparado com o período de jejum”, salienta Barros.

Ao realizar o Jejum Intermitente, o tempo máximo que uma pessoa pode ficar sem comer é de 24h. Mas de acordo com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP foram encontrados efeitos negativos no organismo de um protocolo de jejum em que ficaram 24 horas sem comer e 24 horas com alimentação à vontade.

Entre os efeitos negativos sinalizados pelo ICB estão: o aumento dos radicais livres e da secreção de insulina no pâncreas por conta da resistência à insulina, diminuição da ilhota pancreática, diminuição periférica da resposta à insulina, grande aumento da dimensão do estômago, redução da massa magra, aumento da quantidade de gordura geral inclusive a visceral.


Apesar de alguns impactos negativos, a prática pode ser realizada em alguns indivíduos, exceto em crianças, idosos, gestantes, mulheres que estão amamentando e portadores do diabetes tipo I que são dependentes de insulina.

“Qualquer protocolo alimentar, deve ser acompanhando e orientado por um profissional. No caso do jejum, o nutricionista é quem avalia se há a necessidade de aplicar esse método e qual seria o melhor tempo de janela de jejum, para não prejudicar o metabolismo da pessoa, e não pensando, somente, em emagrecimento, pois o jejum prolongado, é prejudicial a manutenção da massa muscular, podendo gerar a perda da mesma”, finaliza o professor de Nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual.

 


Ceunsp
www.ceunsp.edu.br


No 'Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos', especialistas alertam pessoas sobre a automedicação de psicoestimulantes

O dia 5 de maio é considerado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, e o fenômeno do uso de drogas psiquiátricas, as “pílulas mágicas" sem escrutínio cresce cada vez mais para pessoas que buscam performance para estudar, trabalhar ou até mesmo para ficarem acordadas em festas. 

Procuramos os especialistas da Allure Presses (@allurepresses) para entender melhor esse aspecto de viver com o consumo desses medicamentos. 

Os medicamentos antidepressivos ou descritos para TDAH, compulsão alimentar, são medicamentos prescritos com base em evidências que podem ajudar as pessoas a se sentirem melhor. Pode levar a algumas tentativas e erros para encontrar o medicamento certo para você porque alguns funcionam de maneira diferente de outros, mas a chave para encontrar a opção para você é tomar qualquer medicamento prescrito exatamente como indicado pelo seu médico. Confira:

 

Uso para melhora da performance mental: 

Alexandre Lucidi (@alucidi) - médico geneticista, atuante em Neurogenética e Neuroimunologia, diz que medicações psicoestimulantes como o metilfenidato e modafinil são usadas há décadas para tratar condições como o déficit de atenção e a narcolepsia. Entretanto, estudos relatam uso como uma droga recreativa e intoxicações agudas e fatalidades envolvendo o metilfenidato foram relatadas.  

A rápida expansão dos análogos destas substâncias no mercado de medicamentos nos últimos anos torna provável a ocorrência de intoxicações e fatalidades. O monitoramento cuidadoso e o controle sistemático das prescrições devem ser realizados para aumentar a segurança na prescrição, e os esforços de educação devem ser feitos entre as populações de risco ou com potencial de abuso.  

Estas medicações têm como alvo as catecolaminas do sistema nervoso central, ou seja, a dopamina, a norepinefrina, a serotonina, para induzir seus efeitos. Como tal, eles também modificam o estado de alerta, a sociabilidade e a libido e com potencial de abuso entre indivíduos saudáveis para fins recreativos.  

Estudos científicos mostraram apenas pouco ou nenhum benefício para o aprimoramento cognitivo. “Pior ainda, o consumo dessas drogas pode ser viciante e prejudicial à saúde com riscos de distúrbios psicológicos, neurológicos e cardiovasculares que podem ser fatais”, diz Alexandre. 

De um modo geral, o uso de fármacos em sujeitos saudáveis para melhorar o desempenho físico e psíquico modificou o conceito de corporeidade e a possibilidade de projeção da sua própria corporeidade. O conceito de autodeterminação na medicina levado ao excesso pode levar a escolhas perigosas, como no caso do uso indevido de substâncias. Mesmo a relação médico-paciente, que se modificou consideravelmente, deixou ampla possibilidade ao paciente/indivíduo, até quase imaginar que sobrepor a figura do médico por meio de informações errôneas e transposição imediata destas identidades. 

Nas novas gerações, o conceito de aperfeiçoamento pessoal, com pouco esforço e pouco risco percebido pode tornar tudo lícito. Consequentemente, a falta de percepção do perigo dessas substâncias em questão, as torna absolutamente utilizáveis e lícitas, o que aumenta o risco social. 

Estudos relatam reações adversas ao metilfenidato, por exemplo, com eventos cardiovasculares, que incluem infarto agudo do miocárdio, morte súbita cardíaca, acidente vascular cerebral, taquicardia e aumento da pressão arterial, relatados em pacientes adultos e pediátricos. O metilfenidato, semelhante a outros estimulantes do SNC, foi associado à morte súbita em crianças e adolescentes com alterações cardíacas estruturais preexistentes. Os dados disponíveis em pacientes sem cardiopatia congênita são conflitantes. Um grande estudo de coorte retrospectivo mostrou uma baixa incidência geral e risco de eventos cardiovasculares graves em crianças e adultos jovens, da mesma forma, os bancos de dados de com análise retrospectivas não mostraram um aumento de eventos cardiovasculares graves (infarto agudo, morte súbita, acidente vascular cerebral) com o uso de estimulantes em adultos jovens e de meia-idade, o que torna conflitante os dados da literatura.  

O metilfenidato aumenta a frequência cardíaca média e a pressão arterial sistólica por meio da mediação dos sistemas catecolaminérgicos simpático, central e periférico. Esse aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial pode levar a eventos cardiovasculares, como arritmias ou infarto do miocárdio com fatores de risco como doença cardíaca estrutural, uso concomitante de medicamentos que prolonguem o intervalo QT.  

Há outras reações adversas descritas nesta medicação, que aqui é citada como um exemplo, como o atraso do crescimento em crianças, priapismo, sempre com fatores de risco relacionados. Por isso, é importante a escolha correta da medicação, a indicação correta e o conhecimento clínico, além da especialidade atendida pelo médico, finaliza Lucidi

 

Uso para fins recreativos: 

Philipe Diniz, médico psiquiatra do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), mestre em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor de pós-graduação (Universidade Celso Lisboa), diz que medicações psicoestimulantes são drogas utilizadas no tratamento de algumas condições neuropsíquicas. “No Brasil temos disponíveis três formulações principais: metilfenidato (ritalina), lisdexanfetamina (venvanse) e o modafinil (stavigile). São usados para o tratamento de TDAH, depressões refratárias, alguns transtornos alimentares e em transtornos do sono, como a narcolepsia. Todas têm ótimos resultados quando bem indicadas e acompanhadas por médico especialista. Entretanto, seu uso indiscriminado como pré-treino e como drogas de balada se torna preocupante, pois apresentam efeitos adversos importantes e perigosos nessas situações”, diz ele. 

Nesses casos, os efeitos mais preocupantes dizem respeito ao risco cardiovascular e ao risco de surto psicótico. Psicoestimulantes aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e o risco de eventos potencialmente fatais, como arritmias, infarto e AVC. Além disso, por aumentarem os níveis cerebrais de dopamina, podem desencadear surtos psicóticos agudos, com delírios, alucinações, agitação intensa e paranoia. 

Analisando tais efeitos, precisamos pensar nas duas situações em pauta: a academia e a balada. Na academia, o exercício físico gera os mesmos efeitos cardiovasculares, como aumento da frequência cardíaca e da pressão, porém estes efeitos são autolimitados e benéficos ao organismo. Entretanto, quando potencializados com psicoestimulantes, a chance de um evento perigoso, como infarto e AVC, aumenta muito. Precisamos lembrar também, que há um aumento grande no uso de anabolizantes de forma indiscriminada e também de outras formulações pré-treino, que normalmente contém outros estimulantes, como a taurina e a cafeína. Se somarmos tudo isso, o corpo vira uma verdadeira bomba pronta para explodir no próximo agachamento. 

Já nas baladas, o contexto é até mais preocupante. O principal risco ocorre devido à mistura dessas substâncias, como álcool ou outras drogas. Os estimulantes diminuem o efeito sedativo do álcool. Normalmente, o sono do álcool acaba sendo uma forma de proteção, pois a pessoa ao longo da noite vai ficando lenta e demorando mais para terminar sua bebida ou pegar outra. Ou seja, “estar bebinho” normalmente limita a quantidade ingerida. Entretanto, quando você usa um psicoestimulante, você consegue beber um volume muito maior, sem dormir. É isso que as pessoas descobriram e buscam. O perigo é que você não percebe quando já está chegando aos limites tóxicos do álcool. Ou seja, você tem duas substâncias que juntas podem desencadear um ataque cardíaco, um AVC ou uma psicose.  

Philipe diz que na tentativa de anular um efeito limitador de uma droga, você acaba se colocando em risco. Já na mistura com outras drogas, principalmente outros psicoestimulantes, como ecstasy, cocaína e MDMA, a lógica do aumento do risco cardiovascular é a mesma, porém mais intensa. Entretanto aqui gostaria de frisar que o risco no desenvolvimento de psicoses é maior, pois todas elas são substâncias que aumentam a ação da dopamina. Este neurotransmissor é importantíssimo para nossos tratamentos, melhorando a atenção, o nível de alerta e também o prazer. É ele o responsável pelas “ondas” prazerosas geradas pelas drogas citadas. No entanto, sua ação desregulada e excessiva pode desencadear alucinações, delírios e paranóias. Portanto, mais uma vez, o somatório dessas substâncias aumenta muito o risco destes efeitos adversos nada prazerosos. É sabido, por exemplo, que a associação de Metilfenidato com ecstasy não potencializa o efeito prazeroso do ecstasy, como provavelmente deseja o corajoso que tenta misturá-los. Ou seja, tal associação acaba sendo inútil e perigosa. Para finalizar, precisamos comentar sobre outros dois perigos do uso de psicoestimulantes em baladas. Normalmente, as pessoas se hidratam pouco ao longo das festas e o álcool estimula a produção de hormônio antidiurético (por isso vamos toda hora no banheiro).  

O resultado final tende a ser um balanço hídrico negativo, ou seja, uma desidratação. Um corpo desidratado tende a ter mais efeitos adversos de medicações, pois ela fica mais concentrada no sangue. Além disso, num país quente como o nosso, não é raro que uma balada seja um ambiente quente. Os psicoestimulantes aumentam a temperatura corporal, podendo gerar até mesmo hipertermia – um aumento excessivo da temperatura corporal que não consegue ser superado pelos mecanismos normais de eliminação de calor (suor, respiração). Quando usamos uma substância que aumenta a temperatura do corpo num ambiente quente, a chance de ocorrer uma hipertermia é enorme, especialmente se a hidratação não estiver boa. Dito isto, podemos concluir que usar um psicoestimulante para levar nosso corpo ao limite pode parecer útil e até muito gostoso, mas o preço a pagar é caro demais. Esse preço é o colapso; seja ele físico ou mental, finaliza Diniz.      

 

Uso para emagrecimento:  

Muitas pessoas estão recorrendo ao uso dos medicamentos para transtorno de compulsão alimentar em adultos e indicados para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) para emagrecer, e isso pode causar problemas. Isto é o que aponta Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares 

Segundo o psiquiatra, a lisdexanfetamina trata duas condições que estão muito comuns na nossa população: o transtorno do déficit de atenção à hiperatividade e o transtorno alimentar. A grande dúvida que existe é, como um remédio para o TDAH também trata a compulsão alimentar? Será que as pessoas estão fazendo uso disso de uma maneira errada? Na verdade não, essa mesma medicação tem uma ação terapêutica para essas duas condições. “É comum por exemplo às vezes a mãe que está em tratamento de um transtorno de compulsão alimentar, está usando talvez o mesmo medicamento do filho que tem um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Isso pode gerar alguma confusão na cabeça de tantas pessoas”, comenta Higor. 

O venvanse é usado para o tratamento da compulsão alimentar, mas quando esse paciente tem o transtorno, não é uma medicação que deve ser usada para a obesidade. “Se é um paciente obeso que tem compulsão alimentar, é uma medicação indicada, se é um paciente obeso que não tem transtorno de compulsão alimentar, essa medicação não deve ser usada. Então tem critérios muito importantes, até porque nem todo obeso tem compulsão alimentar, nem todo mundo que tem compulsão alimentar tem obesidade, é obeso. Então no fundo, no fundo é importante reforçar que o venvanse é sim o medicamento utilizado para o tratamento da compulsão alimentar, tem indicações precisas dependendo da gravidade dos episódios de compulsão que esse paciente apresenta, da frequência, então nós temos critérios diagnósticos muito bem definidos e que devem ser direcionados por um profissional especialista em transtornos alimentares”.  

Ao mesmo tempo, o venvanse é um psicoestimulante, então se um paciente que começa a fazer uso por conta própria, mesmo sendo uma medicação controlada, mas que foi prescrito de uma maneira não adequada para algum paciente, se ele tiver um transtorno de ansiedade, essa ansiedade pode piorar se ela não for tratada.  

São medicamentos como o venvanse que podem dar efeitos colaterais como inibição do apetite, muitas vezes de uma maneira exacerbada, sem um acompanhamento e controle, esse paciente pode ter problema na alimentação, ter dor de cabeça, enjoo e palpitação. Então esse medicamento só deve ser usado com o acompanhamento médico. Deve ser avaliado se esse paciente tem algum histórico de arritmia, pois tem vários cuidados que são muito importantes e que devem ser considerados no tratamento com esse tipo de medicamento, completa Caldato

 


Alberto Borges



REFERÊNCIAS:

CARLIER, J.; GIORGETTI, R.; VARÌ, M.R.; PIRANI, F.; RICCI, G.; BUSARDÒ, F.P.. Use of cognitive enhancers: methylphenidate and analogs. European Review For Medical And Pharmacological Sciences, [S.L.], v. 23, n. 1, p. 3-15, jan. 2019. Verduci Editore s.r.l.. http://dx.doi.org/10.26355/eurrev_201901_16741.

Cordioli, A. V., Gallois, C. B., & Isolan, L. (2015). Psicofármacos-: Consulta Rápida. Artmed Editora.

Diehl, A., Cordeiro, D. C., & Laranjeira, R. (2009). Tratamentos farmacológicos para dependência química: da evidência científica à prática clínica. Artmed Editora.

Morais, S. L. (2011). Irismar-Psicofarmacologia Clínica. Brazilian Journal of Psychiatry, 33, 315-315.

Cantarelli, M. D. G. (2007). Manual de psicofarmacologia clínica.

Estimulantes prescritos em indivíduos com e sem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uso indevido, impacto cognitivo e efeitos adversos - https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3489818/

A influência da medicação para o TDAH nos processos fisiológicos e no exercício -https://www.physiopedia.com/The_influence_of_ADHD_medication_on_physiologic_processes_and_exercise



ESPECIALISTAS ALLURE PRESSES (@allurepresses):

Alexandre Lucidi (@alucidi) - médico geneticista, atuante em Neurogenética e Neuroimunologia. Com atuação em Neurogenética e Neuroimunologia, graduado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), tem Residência Médica em Genética Médica pelo Instituto Nacional da Saúde da Criança, da Mulher e do Adolescente Fernandes Figueira, Fiocruz (IFF/Fiocruz) e Especialização em Neurologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Mestrando do Programa de Pós Graduação em Neurologia da UNIRIO/HUGG e participa de estudos fase 3 na mesma instituição. Integrante da equipe de Neurologistas do Hospital Copa D’Or/ Rede D’Or São Luiz e voluntário em ações de conscientização sobre a esclerose múltipla na Associação de Pacientes do Estado do Rio de Janeiro.

Philipe Diniz, médico psiquiatra do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), mestre em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor de pós-graduação (Universidade Celso Lisboa).Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), com residência em psiquiatria e mestrado em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA) e fez sua residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como suas especializações de psicoterapias e transtornos alimentares também pela universidade carioca.


Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos: entenda a importância do cuidado com a automedicação

Divulgação
Especialista da Farmácia Artesanal fala sobre conscientização a respeito do tema e explica os mitos e verdades sobre o uso indiscriminado de remédios  

 

O dia 5 de maio foi instituído como o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, com objetivo de alertar a população quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação. O intuito é ressaltar os perigos do uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por medicamentos. 

De acordo com os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a automedicação ou o mau uso de medicamentos intoxica três pessoas por hora no Brasil. A cada ano, 27 mil brasileiros passam mal ao ingerir medicamentos de forma errada e, em média, 73 acabam morrendo. O país registrou 138.376 intoxicações e 365 mortes causadas por medicamentos entre 2008 e 2012, seja por acidente, tentativa de suicídio, uso terapêutico ou erro de administração. 

O uso irracional de medicamentos tornou-se um problema de saúde pública decorrente da medicação por conta própria. Sete entre dez brasileiros costumam ingerir remédios sem orientação médica, confiando antes na própria avaliação ou na opinião de parentes e amigos. Os fármacos respondem por 27% das intoxicações, à frente da intoxicação por agrotóxicos e animais peçonhentos, por exemplo. O cenário é preocupante, dado um mau hábito do brasileiro. As classes terapêuticas mais consumidas no Brasil são analgésicos (18%), anti-hipertensivos (15%), anticoncepcionais (7%), anti-inflamatórios (6%), vitaminas (6%), remédio para colesterol (5%) e antidepressivo (5%).

Com o objetivo de promover o uso racional de medicamentos, o farmacêutico especialista da Farmácia Artesanal, Mário Abatemarco, um dos maiores grupos de franquias de farmácias de manipulação do Brasil, preparou uma sequência de mitos e verdades sobre o tema, que certamente vai ajudar a esclarecer muitas dúvidas da população. Confira!

 

1) Mito ou verdade: toda doença requer o uso de medicamentos para tratamento!

Mito. Alguns problemas de saúde são de duração muito curta e podem desaparecer mesmo sem o uso de medicamentos. Dores de cabeça leve e esporádicas, por exemplo, não requerem tratamento medicamentoso para a maioria dos casos. Basta fazer repouso e ter um pouquinho de paciência que ela vai passar. 

 

2)  Mito ou verdade: medicamentos devem ser sempre tomados de estômago cheio!

Mito. Alguns medicamentos são melhor absorvidos pelo organismo quando ingeridos de estômago cheio, enquanto outros são mais bem aproveitados de estômago vazio. Vitaminas oleosas, como a vitamina D, por exemplo, é mais bem absorvida pelo organismo quando ingerida junto às refeições, pois a gordura presente nos alimentos ajuda muito na sua absorção. Em contrapartida, o omeprazol, um medicamento utilizado para o tratamento da úlcera gástrica, possui melhor ação quando tomado de estômago vazio, de jejum, ao acordar. Sempre procure orientação com o médico e o farmacêutico para receber orientações sobre a melhor forma de utilizar medicamentos. Isso pode fazer toda a diferença para o sucesso do tratamento. 

 

3) Mito ou verdade: alguns medicamentos devem ser tomados com água enquanto outros devem ser tomados com leite!

Mito. Todo medicamento deve ser tomado com água e, numa quantidade mínima de 200mL ou mais, para facilitar o deslizamento do comprimido ou da cápsula pela garganta, evitando os engasgos e para criar no estômago, um meio favorável para sua dissolução. Tomar medicamentos com leite pode diminuir a sua absorção pelo organismo, o que poderá comprometer o tratamento. É o que acontece, por exemplo, quando a tetraciclina, um antibiótico muito utilizado por adolescentes para o tratamento da acne, é ingerida com leite. O cálcio presente no leite forma um complexo insolúvel com a tetraciclina, o que diminui (e muito) a sua absorção pelo organismo. 

 

4) Mito ou verdade: os melhores locais para o armazenamento dos medicamentos em casa são a cozinha e o banheiro!

Mito. Os medicamentos devem ser sempre armazenados protegidos da luz, do calor e da umidade. A cozinha é o local com maior produção de calor da casa devido a presença do fogão e o banheiro o de maior umidade devido a formação de vapor d'água durante o banho. Assim, esses são os piores locais para a guarda de medicamentos. Os quartos costumam ser bons locais para a conservação dos medicamentos, pois geralmente são bem arejados, protegidos do calor excessivo e da umidade. Lembre-se ainda de mantê-los em sua embalagem original e longe do alcance das crianças. 

 

5) Mito ou verdade: partir um comprimido é a melhor opção para ter metade da dose.

Mito. A partição de um comprimido para ter metade da dose é um hábito que, embora seja corriqueiro, deve ser desencorajada. Não há garantias de que as duas metades terão quantidades iguais. O mesmo acontece quando um bombom é partido ao meio, sempre uma metade fica maior que a outra. Em se tratando de medicamentos, pequenas variações nas quantidades do princípio ativo ingeridas, podem comprometer o tratamento. A melhor opção para ter a quantidade exata da dose é a manipulação do medicamento.

 

6) Mito ou verdade: o local correto para descarte de medicamentos vencidos é o lixo da cozinha ou do banheiro.

Mito. Embora seja muito comum, esses locais não são adequados para o descarte de medicamentos (vencidos ou não). Muitas pessoas utilizam também o vaso sanitário ou a pia para o seu descarte, o que também não é adequado. 

 

7) Mito ou Verdade: o descarte de medicamentos da maneira incorreta afeta diretamente o meio ambiente?

Verdade. Medicamentos são considerados poluentes ambientais e quando descartados no lixo doméstico serão encaminhados para aterros sanitários, o que vai gerar contaminação no solo. Quando descartados na pia ou no vaso sanitário, serão drenados pela rede de esgoto comum, o que vai gerar contaminação na água. Para jogar fora o medicamento, o mais indicado é que você encaminho para um posto de coleta. Muitas farmácias de manipulação e drogarias também oferecem esse serviço de coleta gratuitamente. 

 

8) Mito ou verdade: prevenir é sempre o melhor remédio.

Verdade. Previna o adoecimento adotando bons hábitos de vida. Praticar atividade física regular, se alimentar de forma equilibrada, evitar o cigarro, o excesso de bebida alcoólica, estar com as vacinas em dia e consultar regularmente o seu médico são hábitos que farão você viver mais e melhor.

 

Cirurgia Robótica para Hiperplasia Prostática Benigna reduz riscos de sequelas


Cirurgia Robótica para Hiperplasia Prostática Benigna reduz riscos de sequelas

Problema afeta a qualidade de vida dos homens por causar transtornos urinários 

 

Pelo menos 50% dos homens entre 51 e 60 anos de idade e mais de 90% acima de 80 anos sofrem com a Hiperplasia Prostática Benigna. Além da idade, alterações hormonais, história familiar, obesidade e estilo de vida sedentário contribuem para o crescimento da próstata. Esta glândula é responsável por parte da produção do sêmen. 

O crescimento da próstata pode causar urgência para urinar, gotejamento pós-miccional, incontinência urinária, esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da frequência urinária e dor. Se o paciente não procura atendimento, o quadro pode se agravar com piora do funcionamento da bexiga ou até dos rins, infecções urinárias e prostatites recorrentes, além de formação de pedras na bexiga. 

Diagnóstico: o exame de toque permite uma análise preliminar, porém são necessários exames complementares de imagem (ultrassonografia ou ressonância magnética), exames de sangue (creatinina, PSA) e exame de urina.  

Quando os sintomas incomodam, o tratamento costuma ser medicamentoso. Porém, 10% dos pacientes vão precisar de cirurgia para resolver o problema por causa do agravamento dos sintomas. Em próstatas volumosas, com mais de 100 gramas, a cirurgia robótica tem sido muito utilizada porque oferece menos riscos de sequelas. "A precisão do procedimento consegue preservar melhor as estruturas no entorno da glândula, anulando as chances de incontinência urinária e disfunção sexual", explica o urologista Marcos Dall´Oglio. 

Congresso Americano do Urologia, realizado no fim de abril, divulgou um estudo apontando que a cirurgia é uma boa indicação para pacientes que levantam 3 vezes ou mais à noite para urinar. Cada vez que o homem levanta a noite aumenta em 4% o risco de morte por quedas e outros traumas que podem levar a hospitalização prolongada e complicações. A cirurgia tem o benefício de reduzir as micções noturnas em 50-70%, por este motivo, uma importante indicação, segundo o cirurgião que acaba de retornar do evento ocorrido em Chicago (EUA).

 

Dr. Marcos Dall´Oglio - Especialista em Oncologia Urológica. Membro Associações Americana e Europeia de Urologia. Treinamento em Cirurgia Robótica na Harvard Medical School. Professor da USP. Professor de cirurgia robótica urológica na Santa Casa de Porto Alegre. https://drmarcosdalloglio.com.br/



Dia Mundial da Higiene das Mãos: como a enfermagem pode promover a adoção da prática em ambiente hospitalar

Lavar as mãos é essencial para prevenir doenças e promover a saúde, por isso é crucial conscientizar e incentivar pacientes e profissionais de saúde sobre sua importância.  


No dia 05 de maio é comemorado o Dia Mundial da Higiene das Mãos, uma data que busca conscientizar as pessoas sobre a importância da limpeza das mãos para a prevenção de doenças. A assepsia das mãos é uma das formas mais simples e eficazes de evitar a transmissão de bactérias, vírus e outros micro-organismos, que podem causar infecções. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das doenças infecciosas são transmitidas por meio do contato com as mãos contaminadas.

A pandemia de Covid-19 evidenciou ainda mais a importância da desinfecção das mãos, já que o vírus é altamente contagioso e pode ser facilmente transmitido por meio do contato com superfícies contaminadas. A OMS recomenda a lavagem das mãos com água e sabão, por pelo menos 40 segundos, ou a utilização de álcool em gel, quando não há acesso à água e sabão. Além disso, é importante lembrar de higienizar as mãos antes e depois de tocar em objetos ou superfícies de uso coletivo, antes das refeições e após ir ao banheiro. A adoção dessas medidas simples pode fazer toda a diferença na prevenção de doenças e na promoção da saúde.

A infectologista do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, Franciny Gastaldi, explica que a OMS, desde sempre, considera as infecções hospitalares como assunto crítico global.


A alta prevalência e a taxa de morbi mortalidade impactam de forma negativa em todas as esferas de cuidado à nossa sociedade. Atualmente, principalmente após a vivência que a pandemia trouxe à tona, mais do que nunca, são relevantes o impacto dessas infecções e a dificuldade no manejo destas. “Sendo assim, além de discussões acerca do tratamento, devemos sempre pensar no básico. A prevenção das infecções é, de longe, a ação mais efetiva de combate e, dentre todas as medidas que podemos instituir no ambiente de cuidado aos nossos pacientes, temos a mais simples e de baixo custo de todas: a higiene de mãos. Bastam apenas alguns segundos para conseguirmos aumentar a segurança do paciente e evitar desfechos ruins, como as infecções”, afirma.

Para entender melhor como os profissionais de saúde podem promover essa prática, Gabriela Rodrigues dos Santos, enfermeira do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, explica como a higiene das mãos é fundamental para a prevenção de infecções em ambiente hospitalar.

Segundo Gabriela, os enfermeiros e técnicos têm um papel crucial na promoção da higienização das mãos, uma vez que são os profissionais que ficam mais próximos dos pacientes. No entanto, é preciso incentivar também os pacientes a adotarem essa prática, explicando a importância da higienização das mãos para sua própria segurança e para a segurança de outras pessoas ao seu redor.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais de saúde, na promoção da higiene das mãos, é a falta de tempo e sobrecarga de trabalho, além da falta de exemplos de colegas e lideranças que sigam essa prática. Para superar esses desafios, é necessário conscientizar os profissionais sobre a importância de lavar as mãos e implementar uma cultura, dentro da instituição, que promova essa prática.

Para garantir que as práticas sejam seguidas em todos os setores do hospital, incluindo áreas críticas como UTIs, é necessário disponibilizar insumos e estrutura adequados, como pias, água, sabonete e álcool em gel, além de colocar lembretes e cartazes que descrevam a técnica correta da assepsia das mãos e informem os momentos em que ela deve ser realizada. “Também é importante realizar observações da higiene das mãos dos profissionais e mensurar a taxa de adesão, para checar como está o comprometimento e realizar feedbacks para a equipe”, afirma a enfermeira.

Por fim, para garantir que esta seja uma prioridade em todos os níveis da organização, Gabriela lembra que é preciso conscientizar e envolver toda a equipe de enfermagem e outros profissionais de saúde, aproveitando datas comemorativas como o Dia Mundial da Higiene das Mãos, e engajando a alta liderança e os gestores das equipes, para promover uma cultura da lavagem das mãos em toda a instituição.

 

Mater Dei Santa Genoveva

 (34) 3277-9090 ou (34) 3277-9092.

 

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