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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Oncologista do Hospital IGESP explica o impacto causado pela COVID-19 no diagnóstico e tratamento do câncer

 Declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, a COVID-19, doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2 (acute respiratory syndrome coronavirus 2, em inglês), descrita pela primeira vez no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, rapidamente se propagou pelo mundo, e vem representando uma ameaça à saúde global. 

Em 2 de fevereiro de 2022, a OMS reportou a soma global de 380.321.615 casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo, com 5.680.741 óbitos pela doença, desde o início da pandemia. Esses dados refletem o período entre 24 a 25 meses de doença. 

Apesar da maioria dos infectados apresentarem sintomas leves, ou até mesmo serem assintomáticos, algumas pessoas desenvolvem quadros clínicos graves, necessitando de hospitalização e podendo evoluir a óbito. No caso dos pacientes com câncer, desde o início da pandemia, as autoridades internacionais da área da saúde os classificaram no grupo de risco para evolução clínica grave e potencial risco de vida.
 

Incidência mundial de câncer em 2022 

De acordo com uma análise feita pela OMS sobre a incidência mundial de câncer em 2022, são esperados 19.292.789 casos novos de câncer no mundo, com 9.958.133 óbitos pela doença para esse mesmo período (Fig. 1 e 2). “Quando comparamos os dados, facilmente se reconhece que o câncer matou em dois anos cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, enquanto a COVID, 5,68 milhões”, analisa Dra. Tânia de Fatima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.
 

Interrupção de tratamento

No início da pandemia, a OMS relatou que um em cada três países da Região Europeia havia interrompido parcialmente ou completamente os serviços de atendimento a pacientes com câncer. No Reino Unido, o atraso no diagnóstico e tratamento oriundo do início da pandemia poderá resultar em aumento de mortalidade nos próximos cinco anos, o que representará 15% a mais de óbito para os cânceres de cólon e reto e 9% para o câncer de mamaNos Estados Unidos, a escassez de leitos e equipes médicas, reduziu a frequência de interação entre pacientes e oncologistas em 20%, o que adiou mais de 22 milhões de testes de rastreamento de tumores malignos em 2020. 

Além disso, a Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) descreveu o impacto da pandemia no desempenho de trabalho e estado de saúde dos trabalhadores globais de oncologia pela síndrome de burnout, distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo.

As medidas de redução de atendimento em hospitais, para limitar o número de pacientes ambulatoriais e internados, postergaram o tratamento de pacientes com câncer estável, limitando o atendimento, apenas, para cirurgia de emergência. 

O uso emergente de novas terapias em câncer, como a imunoterapia, e mesmo a quimioterapia tradicional, tiveram que ser adiadas para aqueles adoecidos pela COVID, mesmo em casos de pacientes com doença metastática. “Quimioterapias e cirurgias eletivas foram adiadas para reduzir o risco de infecção por COVID e para conter o esgotamento da rede hospitalar com o excesso de internações por COVID”, comenta.

A oncologista explica que essa interrupção do tratamento convencional poderá aumentar o risco de deterioração em pacientes com câncer e reduzir suas taxas de sobrevivência. “O atraso nas cirurgias eletivas por câncer aumentou consideravelmente os casos avançados e alavancou o número de cirurgias de emergência por câncer”, analisa.
 

Quarta onda de COVID

Atualmente, o mundo atravessa a quarta onda de COVID. Entretanto, com a disponibilidade de vacinas, a oncologia retomou o ritmo. “A avaliação científica contínua por autoridades médicas e regulatórias sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas COVID-19 em pacientes oncológicos. No Brasil, o governo anunciou a aplicação de um novo reforço para pacientes imunossuprimidos -- ou seja, uma quarta dose de vacina para esse público. O intervalo também será de quatro meses, contados a partir do primeiro reforço.

A especialista explica que são necessárias ações pragmáticas para lidar com os desafios de tratar os pacientes oncológicos, garantindo seus direitos, segurança, acesso a terapias e bem-estar geral. “Um indivíduo com câncer ou com suspeita de câncer, apenas, deve interromper exames e tratamentos durante o período de recuperação por COVID, ou na suspeita de COVID, até que se tenha certeza de que não está com o vírus. Vamos cuidar dessa doença que matou quase três vezes mais pessoas no mundo do que a COVID em dois anos”, finaliza.

 

 Fig1. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades

 

Dados de incidência de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.
 

 Fig2. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades
 

Dados de mortalidade de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.

 

Hospital IGESP


Saiba como utilizar os fones de ouvido para não prejudicar a saúde

É preciso cuidados na utilização dos fones de ouvido
Divulgação
Fonoaudióloga ressalta que o volume muito alto dos fones pode causar perda de audição permanente; prevenir ainda é a melhor solução.  


Seja para caminhar, correr, trabalhar ou simplesmente escutar algo, como uma música ou um podcast por exemplo, os fones de ouvido definitivamente fazem parte do nosso dia a dia. Mas, essa “febre” pode ser bastante prejudicial à saúde se os aparelhos forem utilizados de forma inadequada, ou seja, na maioria das vezes numa altura acima do indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) -- que é de não ultrapassar 85 decibéis.

O alerta é da fonoaudióloga Vanessa Mantovani, diretora técnica da Soeclin Saúde-- clínica especializada em Medicina do Trabalho em São José dos Campos/SP, que mantém um departamento exclusivo para cuidar das perdas auditivas. “Não é o tipo de som que pode causar a perda da audição, e sim a altura somada ao tempo de exposição. Essa perda é irreversível, e quanto mais nos expomos ao som elevado, maior a perda auditiva”, ressalta.

De acordo com a OMS, adolescentes e jovens de 12 a 35 anos, são os mais afetados por alta exposição a ruídos. “Os erros mais comuns no dia a dia são: uso excessivo de fones de ouvido em volume muito alto, ficar muito próximo a caixas de som nas baladas e jogar vídeo game por muito tempo”, afirma a fonoaudióloga.

É importante ainda, acrescenta ela, não retirar os protetores auditivos dentro dos locais onde eles são obrigatórios e evitar ficar exposto a sons elevados sem a proteção adequada.

Vanessa explica que, ouvir música sem fones ou optar pelos modelos “concha” são opções mais indicadas do que os fones que ficam dento do canal auditivo. “Utilizar fones de ouvido com volume alto enquanto caminhamos pode causar sérios acidentes, já que deixamos de utilizar um dos nossos sentidos (audição)”, enfatiza.

 

NA ALTURA CERTA -- Para saber se o som emitido pelo fone está adequado, Vanessa recomenda colocar numa altura em que seja possível ouvir as pessoas ao redor ou o barulho externo. “Fique atento ainda se as pessoas ao seu redor conseguem escutar o som que está saindo do seu fone, isso certamente indica que o volume está acima do recomendado”.

Ela indica ainda que “faça pausas de 30 minutos a cada duas horas de uso e não utilize o fone em apenas uma orelha.”

 

NO TRABALHO - Atualmente, segundo Vanessa, existem legislações e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho que auxiliam as empresas e os colaboradores a cuidarem da audição. “As empresas com risco físico ruído são obrigadas a realizarem medições nos locais de trabalho para identificar o nível de ruído a que os colaboradores estão expostos e trabalharem sempre na tentativa de uma redução coletiva, assim como fornecerem e substituírem quando necessário, os protetores auditivos (EPI) capazes de reduzir o nível individualmente.”

Os colaboradores, afirma ela, precisam entender que têm o direito de utilizarem os protetores auriculares. “Devem ter consciência e que esses equipamentos podem evitar as perdas auditivas. Além disso, precisam cuidar da higienização e da troca”.

No caso da perda auditiva causada pela exposição a sons intensos, a especialista esclarece que é praticamente imperceptível. “Não há sinais e sintomas no início que demostrem essa perda. O que podemos fazer, é realizar o exame de audiometria”, diz.

A fonoaudióloga esclarece que, dependendo do motivo da perda auditiva, existem cirurgias, implantes cocleares e aparelhos auditivos que podem amenizar o problema. “Mas por melhor que seja um aparelho auditivo, ele nunca substituirá o nosso sistema auditivo. Então, a dica é simples: utilize os fones de ouvido de maneira adequada para você possa ouvir música com a mesma qualidade por muitos anos”, finaliza.

 

SOECLIN SAÚDE


Cigarro eletrônico é porta de entrada para o tabagismo, afirmam pesquisas

Dados do INCA e de 25 pesquisas internacionais evidenciam que o tabagismo é o próximo passo de quem utiliza o cigarro eletrônico 
  

  

O Instituto Nacional do Câncer- INCA divulgou dados de uma pesquisa realizada no Brasil e internacionalmente pontuando a utilização do cigarro eletrônico, ou vape, como porta de entrada para outros narcóticos. As informações têm alertado cidades como Teresina, onde a prefeitura sancionou um projeto de lei municipal que proibia o uso de fumígenos derivados ou não do tabaco, acrescentando na sanção os vapes e narguilês. De acordo com especialistas, a medida é bem-vinda, mas a intensificação do combate deve seguir também pelo estado.   

A enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Mauryane Lopes, lembra que, a partir do início dos anos 90, o controle do tabagismo no Brasil tem sido ativo por meio do INCA e do Ministério da Saúde. A enfermeira reforça que, desde então, ações nacionais de combate ao consumo de cigarros, promoção e mobilização pela saúde são trazidas à amplitude das discussões sociais. “Quem utiliza o cigarro eletrônico acha que não faz mal, mas faz sim. Ali tem nicotina, substância que causa diversas doenças, como o câncer. E para reforçar essa informação, neste ano de 2021, a OMS lançou um material listando mais de 100 razões para deixar de fumar, pois cerca de 8 milhões de pessoas morrem anualmente pelo consumo da nicotina. É um dado alarmante que deve ser observado tanto nas capitais como também nas cidades do interior. Isso é um alerta global”, explicou Mauryane.   

Os compostos químicos presentes no cigarro eletrônico são bastante similares aos de cigarro convencional. No entanto, os malefícios são menos conhecidos. O farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Roberto Gomes, alerta para a variação de produtos químicos inalados por quem usa o aparelho, uma vez que a marca e modelo do acessório também varia. “Por não ter combustão e nem aquecimento, não há exposição ao monóxido de carbono. Entretanto, há todos os outros componentes que são imensamente prejudiciais ao organismo, como solventes químicos, metais pesados, compostos aromáticos e a nicotina líquida, vilã e promotora de efeitos colaterais relacionados ao sistema cardiovascular. Ou seja, esse acessório é igualmente repulsivo como o cigarro tradicional”, finalizou o farmacêutico.    

Especialistas em diversas áreas reforçam a orientação do não uso dos cigarros, sejam eletrônicos ou não. Em outra perspectiva, é importante ressaltar que cerca de 1 milhão do total de óbitos anuais por utilização da nicotina não são fumantes, são apenas parceiros ou conviventes de ambientes com o fumígeno. Por isso, o alerta para a não utilização também é respaldado na Resolução da Anvisa (RDC 46/2009), que proíbe a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. 


O caminho das “pedras” até a cannabis medicinal

Conheça o passo a passo para adquirir o óleo de CBD

 

Em outros países o uso medicinal da cannabis já é algo mais comum e consolidado do que no Brasil, que iniciou as discussões sobre o tema a partir de 2015 com a criação do Projeto de Lei 399, mas que só em 2019 teve o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regulamentou o uso deste tipo de medicamento. E a atualização mais recente aconteceu agora no início deste ano, com uma nova proposta aprovada na comissão especial da Câmara dos Deputados, que prevê uma alteração na Lei 11.343/06, buscando legalizar o cultivo da planta para fins medicinais no Brasil.

O canabidiol, também conhecido por “CBD” é uma das substâncias que podem ser extraídas da planta Cannabis Sativa, popularmente conhecida como maconha, sendo o óleo de CBD um dos produtos derivados da cannabis mais populares. Há vários estudos existentes comprovando sua eficácia atuando em problemas que vão desde os ligados ao sistema nervoso, até doenças reumatológicas, o que tem levado cada vez mais a população a quebrar paradigmas e olhar com outros olhos para esse tipo de tratamento.

“O cenário brasileiro envolve o acesso aos derivados de cannabis por dois meios: RDC 327 (registro de produtos) e RDC 335 (importação). O que evoluímos de 2015 para os dias atuais é algo exponencial, apesar de ainda termos um longo caminho pela frente. Percebemos também que durante a pandemia, acelerou ainda mais a procura por “terapias alternativas”, por conta da ansiedade e outros problemas ocasionados pelo isolamento, o que por consequência fez aumentar a busca por autorizações para ter acesso a este tipo de produto. Só de 2019 para 2020 vimos aumentar o número de pedidos de autorizações em mais de 1.500%”, analisa Bruno Magliari, CSO e cofundador da Seeding Brasil, empresa especializada no segmento.

Enquanto o país não tem autorização para o cultivo, com algumas exceções de ONGs, Associações e até pessoas físicas pontuais, que conseguiram o direto legal para produzir cannabis, a forma mais comum de pacientes obterem os produtos para fins medicinais é por meio de importação. Todos os trâmites burocráticos, altos valores, dificuldades em encontrar um profissional de saúde que prescreva e principalmente a falta de informação, no entanto, são algumas das barreiras que dificultam o acesso a esse tipo de tratamento.

Para quem não sabe por onde começar e quais são todos os passos necessários para obter o óleo de CBD ou algum outro produto canábico, um caminho viável é contar com a ajuda de um serviço especializado. Fundada em 2021, a Seeding Brasil nasceu justamente da vontade de ampliar as discussões em torno do tema, fomentar o mercado canábico, instruir melhor as pessoas e quebrar tabus. E por ser uma empresa full service, oferece um trabalho de ponta a ponta, podendo auxiliar desde a indicação de um profissional legalmente habilitado à prescrição, até a importação do produto.

Bruno Magliari explica o passos necessários para obter a autorização e importação do óleo de CBD:

Passo 1: Prescrição – o paciente deve passar uma avaliação e o profissional de saúde irá indicar o tipo de tratamento mais adequado e prescrevendo o medicamento;

Passo 2: Documentação – após ter a prescrição, reunir também um documento com foto e comprovante de residência e enviar para a Seeding, para que ela possa dar andamento;

Passo 3: Autorização – com toda a documentação reunida, será dada a entrada com o pedido da autorização junto à ANVISA;

Passo 4: Confirmação – depois da documentação ser conferida, a Seeding recebe a autorização de importação do produto da ANVISA para aquele paciente, válida por 2 anos;

Passo 5: Compra – com a autorização confirmada é iniciado o processo de compra (atualmente a Seeding tem autorização para comercializar produtos de duas marcas: Vitality e BeYou).

Passo 6: Recebimento – Depois do processo da compra, o produto é entregue diretamente no endereço do paciente. O trâmite todo possui um prazo estimado de 25 dias até a chegada do produto no endereço do paciente.

Passo 7: Suporte – mesmo após o recebimento do produto, a prestação de serviços da Seeding não se encerra. A empresa mantém seus canais de atendimento disponíveis para suporte sempre que o paciente precisar de algum tipo de auxílio ou informações durante o tratamento.

Vale ressaltar que sem a assessoria os prazos podem dobrar ou até mais do que isso, pois o paciente terá que fazer tudo sozinho: criar usuário no site da ANVISA, contratar o serviço de courrier (transporte internacional), fechar contrato de câmbio, entre outras burocracias. E outro ponto que sempre gera dúvidas nas pessoas na hora de importar um medicamento canábico são os custos de todo processo. Neste caso, Bruno Magliari ressalta que o modelo de negócio da Seeding permite facilitar o acesso aos produtos.

O que geralmente é praticado no mercado é que os pagamentos dessas importações sejam realizados à vista ou no crédito em uma única parcela. Para facilitar nós possibilitamos que a pessoa faça esse pagamento parcelado em mais vezes no cartão. Também subsidiamos parte do frete internacional, a média de preço é de R$600,00 para até 10 unidades de qualquer produto e nós conseguimos reduzir esse valor em mais de 50%”, conclui Magliari.

 


Seeding Brasil

https://seedingbrasil.com.br


Dia Mundial do Combate ao Câncer: médica tricologista explica a relação da quimioterapia e a queda de cabelos

 Dra. Luciana Passoni fala sobre os procedimentos pós-tratamento do câncer para retomar a saúde dos fios 

 

Hoje, 04 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, a data visa conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e da realização de exames precoces contra o câncer. O câncer de mama mata milhares de mulheres todos os anos. A doença, se detectada precocemente, tem mais de 90% de chances de cura. Mas, em muitos casos, para tratar o tumor é preciso que a paciente passe por sessões de quimioterapia e, assim, possa conter o avanço da doença e acabar com as células cancerígenas. Só o nome do tratamento, claro, já assusta. 

Principalmente devido às reações provocadas, em especial a queda dos cabelos que tanto aflige as mulheres nesse momento tão delicado. De acordo com a médica tricologista, Dra. Luciana Passoni, a perda dos fios é desencadeada pelos fortes medicamentos utilizados durante o tratamento do câncer. “O principal objetivo destes medicamentos é atingir apenas o tumor, mas eles acabam afetando o funcionamento de boa parte das células do corpo, incluindo a dos pelos e cabelos. O tratamento de radioterapia também pode ocasionar queda dos fios, porém de forma localizada na área doente com raios de alta energia. Nesse caso, apenas a área próxima ao tumor será atingida e sofrerá a queda”, explica a dra. Luciana.  

O câncer de mama, leucemia e os linfomas  exigem procedimentos com drogas mais fortes e, consequentemente, levam a uma maior dos fios. “Nem todas as substâncias usadas na luta contra o tumor fazem o cabelo cair. Também é difícil dizer quantas sessões de quimioterapia exatamente provocam a queda. Na verdade, depende de cada caso. Tudo é muito individual”, analisa a tricologista. 


Atenção a técnicas milagrosas!

Mas e será que existe alguma forma ou tratamento paralelo para se evitar essa perda capilar durante procedimentos contra o câncer? Muito se fala na crioterapia, uma técnica de resfriamento do couro cabeludo (scalp cooling). “Essa técnica é utilizada para tentar preservar os cabelos durante a quimioterapia. O uso de toucas, ou máquinas de resfriamento do couro cabeludo, leva à vasoconstrição, diminuindo assim a absorção da substância quimioterápica pelas células do pelo. Os resultados da crioterapia dependem muito do tipo e da quantidade de medicação usada na quimio e das características individuais de cada organismo”, diz a médica.  

E a especialista ainda faz um sério alerta sobre a crioterapia, para que a técnica não seja usada de forma displicente e sem uma boa análise da situação e cada  paciente. “O método pode ocasionar diversos efeitos colaterais como dores de cabeça, náusea e tonturas. Há, ainda, a possibilidade de ocorrer queimaduras pelo gelo com as toucas, se aplicadas de forma inadequada”, ressalta Luciana. 

 

Cuidados pós-tratamento

Como já foi dito, se descoberto precocemente, o câncer de mama, em especial, tem mais de 90% de cura. E como proceder após vencer a luta contra a doença e encerrar as aplicações da quimioterapia? O que fazer para recuperar a saúde dos cabelos? 

Além dos cuidados de rotina, é essencial a consulta com um médico especialista dermatologista (tricologista) para que ele possa indicar suplementação oral com nutrientes específicos para fortalecimento dos fios de cabelos. “É importante manter os cabelos limpos, hidratados e evitar todo e qualquer tipo de química (escovas progressivas, alisamentos, tinturas) nos fios. Eles ainda estarão frágeis e sensibilizados e é preciso evitar qualquer substância que leve à quebra ou mais queda”, explica a tricologista. 

Ela também aconselha que os cuidados com os fios sejam iniciados tão logo comecem a crescer um pouquinho. É importante que o dermatologista leve em conta o tipo de câncer e qual o tratamento foi realizado pelo paciente. “A autorização do oncologista para iniciar o tratamento dos fios é muito importante. Isso porque a localização do tumor eliminado deve ser levada em conta já que, dependendo do caso, pode haver restrições”, alerta a especialista. 

 

Cabelos diferentes?

Segundo a tricologista, o cabelo volta a crescer de 2 a 3 meses após o término das sessões de quimioterapia e o crescimento total dos fios, algumas vezes, leva de 6 a 12 meses. 

Outro fato curioso é que, temporariamente, a textura e a cor dos fios que começam a crescer, podem ser diferentes do cabelo que a paciente tinha antes do tratamento do câncer. Mas com o tempo as células do pigmento regeneram-se espontaneamente, e o cabelo retorna à cor e textura originais. “A informação de que os cabelos podem crescer diferentes depois do tratamento de quimioterapia ou radioterapia não é mito. Essa alteração é causada pelos próprios medicamentos quimioterápicos. Essas substâncias influenciam o ciclo metabólico dos fios, alterando a tonalidade e a textura, mas o quadro é reversível e, aos poucos, o cabelo volta ao seu crescimento e estado normal”. 

 

Rede de apoio

A perda do cabelo, ainda mais num momento tão delicado que é o tratamento de um câncer, é uma experiência desafiadora para qualquer pessoa, tanto psicologicamente, como emocionalmente. A queda dos fios afeta a autoimagem, a autoestima e a qualidade de vida. 

“Mas o conselho mais importante é que é preciso focar no processo do tratamento e cura, e se preocupar menos com o aspecto estético neste momento! Além disso, é muito importante que amigos e familiares mostrem sempre que a beleza de cada mulher vai muito além dos fios de cabelo. Um bom apoio profissional e ajuda psicológica é de extrema importância neste período”, pontua Luciana.


Fevereiro Laranja: Campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce da Leucemia

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2018 foram estimados 10.800 novos casos de leucemia no país, sendo 5.940 em homens e 4.860 em mulheres.

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida e acontece quando há o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Esse câncer no sangue pode atingir qualquer pessoa, de qualquer idade, sendo mais comum em crianças.

O diagnóstico é dado quando as taxas dos leucócitos, plaquetas ou glóbulos vermelhos estão muito alteradas e o tratamento deve ser imediato o que pode incluir a quimioterapia, imunoterapia e/ou terapias alvo e o transplante de medula óssea.

Este último é uma forma de tratamento da leucemia indicado em casos de alto risco. Em um primeiro momento, são examinados os familiares de primeiro grau do paciente em busca de compatibilidade. Caso não ocorra, é registrada a necessidade em um banco de doadores de medula. Por isso o cadastro no banco é muito importante, pois a chance de encontrar doadores compatíveis é relativamente baixa.

 

Tipos de Leucemia

São diversos tipos de leucemia e os sintomas podem variar bastante. De um modo geral, alguns sinais como sangramento, desmaios, vômitos, manchas no corpo, dores ósseas e perda de peso podem significar que um diagnóstico adequado é necessário.

Um dos exames realizados que pode dar indícios da doença é o hemograma completo, realizado por meio da coleta de sangue do paciente.

Para a médica Marina Barcelos, membro do Grupo de Hematologia e Transplante de Niterói (GHTN), a doença ocorre quando o há uma transformação maligna de células precursoras da medula óssea.

“Essa transformação resulta em células anormais que se proliferam, porém não podem se desenvolver ou funcionar normalmente. Entretanto não há um mecanismo eficaz capaz de inibir sua proliferação. Não se sabe exatamente o que causa esse primeiro dano celular. Alguns fatores de risco são sabidamente conhecidos, porém sabe-se que esses não são, de forma alguma, determinantes para o desenvolvimento da leucemia”, afirma.

Entre os fatores de risco para a doença, a médica destaca: exposição prévia à quimioterapia ou radioterapia; desordens genéticas como neurofibromatose ou Síndrome de Down; além de exposição ocupacional à substâncias tóxicas como benzeno.


Mamografia: em todas as idades?

Dia 5 de fevereiro é o dia nacional desse exame que se realizado rotineiramente pela mulher, diminui o risco de falecer por um câncer de mama


O tumor de mama é o câncer mais frequente entre as mulheres. É também a primeira causa de morte por câncer no Brasil e no mundo. Dados de países com alta renda demostram uma queda de mortalidade atribuída aos programas de rastreamento e terapias mais efetivas. Já no Brasil, não é observado essa queda, segundo a oncologista Susana Ramalho, do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e do CAISM/Unicamp. “No Brasil não notamos diminuição da mortalidade por câncer de mama. A dificuldade de acesso aos tratamentos e o diagnóstico tardio podem ser as causas. A mamografia é o único exame que, quando realizado rotineiramente pela mulher a partir dos 40 anos, na ausência de quaisquer sintomas nas mamas, diminui o risco de falecer por um câncer de mama”, afirma.

De acordo com a médica, grandes estudos realizados em mais de 500 mil mulheres, mostraram a redução da mortalidade entre 10% e 35% no grupo de mulheres que faziam mamografias regularmente comparada às que não faziam. “A ultrassonografia e a ressonância magnética podem complementar o rastreamento, especialmente em mulheres de alto risco ou com mamas densas”, explica Susana que é  mestre em Oncologia Mamária e doutora em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp.

No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos. “Temos uma proporção maior de diagnósticos em pacientes jovens do que em outros países, como Alemanha e Estados Unidos, com 41% de pacientes com diagnóstico de câncer de mama em idade inferior a 50 anos. Já o Ministério da Saúde indica a mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, a cada dois anos. A mamografia diagnóstica, diferente da mamografia de rastreamento, é indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas e pode ser realizada em qualquer idade, inclusive em homens. A mamografia de rastreamento é para mulheres assintomáticas, já a mamografia diagnóstica é indicada quando há uma lesão mamária suspeita”, explica a oncologista.

Nenhum teste de rastreamento é perfeito e a mamografia não é exceção, afirma Dra Susana, que explica que fatores como a densidade mamária e a idade influenciam a efetividade da mamografia, dificultando a detecção dos tumores. “A mamografia de rastreamento é menos efetiva em mulheres mais jovens por possuírem mamas mais densas. Em torno de 25% dos cânceres de mama em mulheres entre 40-49 anos não são detectados pela mamografia. Em mulheres com lesões suspeitas e especialmente com nódulos palpáveis, a investigação rápida com avaliação, mamografia, ultrassonografia e, se indicado biopsia, são primordiais para um diagnóstico precoce”, indica.


Em que idade parar o rastreamento?

Como recomendação, a mamografia de rastreamento em mulheres com mais de 75 anos deveria ser interrompida. “Os benefícios do rastreamento mamográfico com diminuição de risco de morte nesta faixa etária não foi demonstrado em importantes estudos. A maioria dos tumores em mulheres idosas tem crescimento lento, podendo não afetar a expectativa de vida e, assim, não impactar na mortalidade. O recomendado, em casos selecionados, é uma avaliação individual, se possível de acordo com a saúde e doenças existentes que impactam na expectativa de vida de cada mulher”, afirma a oncologista.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando e a das mulheres é 80,3 anos. “Temos, portanto, uma população cada vez mais idosa e com melhor expectativa de vida. Assim, o seguimento com mamografia de rastreamento deveria ser descontinuado em mulheres com expectativa de vida menor que 5 anos e avaliada individualmente em mulheres acima de 75 anos”, finaliza a especialista.

 


Susana Ramalho - especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Oncologia. É mestre em Oncologia Mamária e doutora em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp. Susana também é preceptora dos residentes de Oncologia Clínica do CAISM/Unicamp. Susana faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e Santa Casa de Valinhos.

www.sonhe.med.br

@gruposonhe


Como usar o novo teto do INSS em seu benefício – Contribuição Única

A contribuição única do INSS pode ser uma opção favorável para muita gente que deseja dar um up no valor da aposentadoria, já que, com essa estratégia, o benefício pode aumentar até quase 4 vezes mais sobre o valor esperado. Mas, quem pode ganhar até R$4.200 de aposentadoria fazendo uma contribuição única?

É importante ficar atento aos requisitos para entender a quem se aplica esse cálculo. Com a ajuda de um profissional especializado em direito previdenciário, o segurado pode entender melhor como investir na contribuição única e, o mais importante: se esse dinheiro poderá retornar para ele em benefício.


Reajuste do INSS em 2022

Anualmente o governo realiza o reajuste do salário mínimo e dos demais benefícios previdenciários. Com isso, todos os benefícios são atualizados conforme a inflação. Em 2022, o reajuste para a remuneração mínima no Brasil foi de 10,18%.

Na prática, o salário mínimo que anteriormente era de R$1.100 agora passa a ser R$1.212. Já os demais benefícios passaram por um reajuste de 10,16%. Assim, o teto máximo de benefícios da previdência passou a ser de R$7.087,22.


Como recolher sobre o teto do INSS

Para recolher sobre o teto por conta própria, o contribuinte pode realizar o recolhimento como segurado individual (cód 1007) ou facultativo (cód 1406). É importante observar em que tipo de código o contribuinte se encaixa e assim evitar contribuições pelo código errado, isso pode gerar prejuízos financeiros no futuro.

Além disso, é necessário contribuir em cima da alíquota de 20% sobre o valor máximo: ou seja, o recolhimento, para esse ano, passa a ser de R$1.417,44. Ainda, empresários podem ter uma alíquota diferenciada, recolhendo sobre pró-labore.


Como saber se vale a pena?

Recolher sobre o teto pode ser extremamente favorável em algumas situações. Em algumas ocasiões, o benefício pode sair de um salário mínimo para até R$4.252,55. Porém, em determinados casos, contribuir sobre o teto pode trazer prejuízos ao contribuinte.

O mais recomendável é realizar um planejamento previdenciário, de preferência com a ajuda de um profissional da área, para entender se vale a pena ou não.

Na maioria dos casos, essa vantagem se torna mais expressiva nas aposentadorias por idade (65 anos para homens, e a partir de 60, para mulheres, a depender do período em que a idade foi atingida), visto que nessas aposentadorias, só são necessários 15 anos de contribuição.

Em outras aposentadorias também é possível aumentar o benefício recolhendo sobre o teto, porém, é necessário mais tempo de contribuição para conseguir fechar os requisitos.

Em caso de aposentadoria por idade, a melhor possibilidade de benefício se reflete nos segurados que tinham 15 anos de contribuição – ou tempo próximo a esse – antes de julho de 1994. Para os segurados que possuem tempo de contribuição após julho de 1994, esse tipo de cálculo também se torna viável, desde que tenham contribuição antes desse período, com a possibilidade de descarte de salários.

Quem ainda não se aposentou ou se aposentou recentemente e recebeu a carta de concessão, mas ainda não sacou o benefício ou FGTS decorrente da aposentadoria, também pode tentar a possibilidade de verificar se a contribuição única se aplica de forma positiva.

No caso em que o segurado já entrou com o pedido de aposentadoria e só descobriu após concedido o benefício, é necessário, com ajuda de um profissional, analisar a situação e, se favorável, entrar com um pedido de desistência, contribuir pelo teto e, em seguida, entrar com pedido de nova aposentadoria para receber um benefício mais vantajoso.


Vale saber

Recentemente o INSS editou uma nota técnica que orientava o órgão a não conceder esse tipo de aposentadoria. Entretanto, para que tal mudança seja feita, seria necessário que uma nova lei entrasse em vigor suspendendo as aposentadorias com esse tipo de cálculo, visto que, atualmente, ele já é amparado pela constituição federal. Portanto, as aposentadorias calculadas com a contribuição única continuam sendo válidas e concedidas normalmente pelo INSS, visto que não há impedimento legal sobre elas.

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Carolina Centeno de Souza - Advogada especialista em direito previdenciário, trabalhista e sindical. Palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno Advocacia. Visite nosso site clicando aqui


Última chamada para participar da Meia Maratona das Cataratas

Uma das provas mais lindas do planeta, realizada no Parque Nacional do Iguaçu, está chegando para renovar as energias dos amantes de corrida. As vagas são limitadas

 

                                                        Créditos: Roberto Lemos 

 

As inscrições para a 13ª edição da Meia Maratona das Cataratas, a corrida da Maravilha Mundial da Natureza, serão encerradas no dia 20 de fevereiro ou quando se atingir o número-limite de participantes. A prova será realizada no dia 20 de março de 2022, no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu/PR.   

A 13ª Meia Maratona das Cataratas contará com o percurso integralmente dentro do Patrimônio Mundial Natural, intensificando ainda mais as sensações do participante com a natureza da unidade de conservação, atrativo internacional que encanta pessoas de todo o mundo.

 

                                                         Créditos:  Henrique Britez 

 

A prova possui dois percursos, a Meia Maratona das Cataratas tradicional, com trajeto de 21 quilômetros, ida e volta no parque, e o Desafio das Cataratas, percurso de oito quilômetros, também ida e volta. A corrida tem limite de vagas nas duas categorias: na disputa de 21km, são duas mil vagas; já na de 8km, até 1.500 participantes. 

As inscrições devem ser realizadas no site oficial da corrida (www.meiamaratonadascataratas.com.br). As vagas são limitadas para 3.500 corredores. O período de inscrição encerrará no dia 20 de fevereiro de 2022 ou quando o total de vagas for atingido.

 

                                                         Créditos: Marcos Labanca

 

Moradores de Foz e das cidades vizinhas ao parque – Os corredores da cidade de Foz do Iguaçu e dos 13 municípios vizinhos ao Parque Nacional do Iguaçu têm desconto especial, de 20%, no valor da inscrição, ao realizá-la presencialmente no Marco das 3 Fronteiras – Brasil. A promoção é válida mediante apresentação de comprovante de residência e documento com foto.

 

                                                         Créditos: Marcos Labanca 

 

Os acompanhantes que quiserem assistir à chegada dos participantes deverão adquirir o ingresso no dia da visita, nos terminais de autoatendimento do Parque Nacional do Iguaçu, localizados no Centro de Visitantes, reservando a vaga no ônibus das 7h30.

Os corredores que precisarem de mais informações do Parque Nacional do Iguaçu, local da corrida, e das principais atrações de Foz do Iguaçu podem acessar a Central de Atendimento no WhatsApp: +55 (45) 9137-3444 (wa.me/5545991373444). Os atletas que desejarem consultar o status de sua inscrição devem enviar a solicitação para o e-mail contato.ativo@ativo.com

 

                                                          Créditos: Bruno Bimbato

 

 Serviço

13ª Meia Maratona das Cataratas – inscrições até dia 20 de fevereiro
Data da corrida: 20 de março de 2022 (domingo)
Local: Parque Nacional do Iguaçu – Foz do Iguaçu
www.meiamaratonadascataratas.com.br

 

REGULAMENTO – 8km: www.meiamaratonadascataratas.com.br/regulamento-8-km/
REGULAMENTO – 21km: www.meiamaratonadascataratas.com.br/regulamento-21-km/

 

Informações gerais
contato@meiamaratonadascataratas.com.br

 

Informações sobre inscrições
contato.ativo@ativo.com


Novas tecnologias e digitalização acelerada são desafios a mais para cibersegurança

2021 encerra com maior registro de ataques de hackers da história; confira 10 medidas de prevenção que ajudam na proteção digital

 

E-mails de spam, links suspeitos e golpes bancários. A internet está repleta de perigos que podem colocar a privacidade e os dados pessoais em risco. Desde o início da pandemia de covid-19, o cenário da cibersegurança vem enfrentando constantes desafios em se adaptar às novas demandas da digitalização acelerada, ao mesmo tempo em que novas ameaças aparecem. O ano de 2021 encerrou com o maior registro de ataques de hackers da história e, para 2022, especialistas traçam um caminho ainda mais complexo para a segurança cibernética de empresas de todos os portes e setores.

No mar de possibilidades que a internet oferece, navegam mais de 4,66 bilhões de usuários, segundo estudo divulgado pelo Cuponation com base em dados do site Statista. Pelo celular, tablet ou computador, fazemos compras, conversamos com amigos, interagimos, ouvimos músicas, assistimos a vídeos, lemos notícias e pesquisamos. E com tanta gente na rede – 59,5% da população mundial, o interesse de cibercriminosos cresce ainda mais. A cada dia de 2021, a empresa de defesa cibernética Kaspersky identificou 380 mil novos arquivos de malware e softwares maliciosos na internet, uma alta de 5,7% em comparação ao ano anterior. 

Os criminosos inventam um novo truque a todo momento. Durante a pandemia, o número de golpes aplicados pela internet aumentou expressivamente. Segundo o Serasa Experian, a cada oito segundos, um brasileiro sofre uma tentativa de fraude. Nessa perspectiva, foram mais de 150 milhões de vítimas no Brasil em 2021 do phishing, golpe virtual que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos que se passam por empresas ou pessoas famosas. A estimativa é do DFNDR Lab, laboratório especializado em cibersegurança da PSafe. "As práticas para roubo de dados continuam quase as mesmas, o que muda é o nível de sofisticação. Estabelecer a segurança digital tanto no âmbito pessoal quanto de trabalho, se tornou algo essencial", diz o gerente de Infraestrutura do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Alessandro Nowicki.


Internet mais segura

A cada 10 brasileiros, sete temem ataques hackers para fraudes ou espionagem, de acordo com dados da pesquisa World Affairs, realizada pelo Instituto Ipsos. Nos celulares, alguns criminosos aproveitam a popularidade de determinados aplicativos para criar programas falsos com nomes semelhantes que monitoram as atividades dos usuários e instalam aplicativos para capturar dados pessoais e bancários. "Aquecimento, consumo excessivo de bateria, lentidão repentina, propagandas e pop-ups no navegador são algumas das situações que indicam que o celular pode estar infectado", sinaliza Alessandro.

As conexões digitais se multiplicam e formam teias cada vez mais emaranhadas de novas tecnologias. Isso faz com que os processos necessários para gerenciar e manter toda essa rede, inclusive a segurança cibernética, também se tornem mais complicados. Para 77% dos líderes brasileiros, as organizações se tornaram complexas demais para serem protegidas. No mundo, as empresas destinaram apenas 25% do orçamento de Tecnologia da Informação (TI) para segurança cibernética em 2021. E no Brasil, 83% das organizações preveem um aumento nos gastos cibernéticos em 2022, em comparação com 69% no mundo. Os dados são da pesquisa Digital Trust Insights 2022, realizada entre julho e agosto de 2021 pela PwC Research. 

Para manter a internet mais segura e livre de invasores, existem algumas configurações e medidas simples que podem ser adotadas. A aplicação dessas dicas pode aumentar consideravelmente a confiabilidade da conexão de residências e empresas. A maioria dos ajustes de segurança está presente nos roteadores domésticos, o que facilita a implementação dessas ferramentas. Alessandro salienta que "usar senhas mais fortes, observar o padrão de criptografia e adicionar redes para convidados são alguns dos passos que podem fazer com que você não tenha mais problemas com acessos não autorizados à internet da sua casa".

A pandemia restringiu a circulação de pessoas nas ruas, mas elas continuam caminhando em ruelas virtuais nem sempre tão seguras e bem sinalizadas. "A internet faz parte do mundo, criando uma imensa rede de conexões. Vivemos conectados boa parte do tempo, com pessoas, objetos e instituições, e todos cada vez mais presentes em nosso cotidiano. E a internet é fruto do que fazemos com ela, por isso, cada um de nós pode contribuir ao ser um usuário responsável”, enfatiza o gerente.


Dicas para ficar seguro

Confira a seguir as principais medidas práticas de prevenção, na percepção de Alessandro Nowicki, para manter tanto empresas quanto residências protegidas dos riscos de ataques e incidentes de segurança da informação:

1 - Mantenha o computador, antivírus e firewall atualizados.

2 - Use um gerenciador de senhas. 

3 - Tenha cautela com wi-fi pública.

4 - Não instale softwares e aplicativos suspeitos.

5 - Cuidado ao clicar em links em redes sociais e e-mail.

6 - Acesse sites com certificado de segurança.

7 - Desconfie de ofertas muito generosas.

8 - Ative a autenticação em duas etapas.

9 - Faça backup de arquivos.

10 - Evite divulgar informações pessoais.

 


ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

 www.ici.curitiba.org.br


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