Pesquisar no Blog

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Mulheres têm adiado cada vez mais a hora de engravidar, mas é preciso cuidado


Como não perceber que os tempos mudaram e que as mulheres são protagonistas de tantas transformações atuais? Elas buscam felicidade em ambiente profissional e correm atrás de qualificação, além de lutarem por boas oportunidades e a realização de sonhos pessoais. Se casadas, ainda conciliam carreira com casamento e as atividades do lar, uma responsabilidade de todos na casa. Além disso, muitas mulheres querem ser mães, só que essa rotina nada fácil acaba adiando a hora de engravidar.

“Muitas mulheres têm deixado para engravidar quando já estão estabilizadas na carreira, aí passam dos 30, outras até dos 40 quando decidem ter o primeiro filho. Se por um lado isso é bom, profissionalmente, por outro é importante ter um acompanhamento médico antes e depois de engravidar”, salienta a ginecologista e obstetra do Hapvida Saúde, Lícia Kércia.


Riscos

De acordo com a médica, os avanços na medicina ajudam as mulheres que deixam para engravidar mais tarde. No entanto, o sistema reprodutor feminino também envelhece com o avançar da idade, o que pode dificultar a concretização de uma gravidez tardia e também aumenta os riscos de o bebê desenvolver alguma síndrome.

Quanto mais jovem é a mulher, menor é esse risco. “Entre os 20 e 30 anos é a fase da vida em que a mulher é mais fértil e também está mais propícia para ter uma gravidez tranquila e saudável”, explica a especialista.


Idade

A médica revela que não existe um prazo limite para a mulher ter uma gestação, mas os óvulos envelhecem como qualquer outra célula do corpo. “Então, quanto maior a idade, menor a qualidade e quantidade de óvulos”, destaca. Por isso, o ideal é que a mulher com mais de 35 anos tenha um acompanhamento próximo antes mesmo de engravidar, para que essa análise seja feita e qualquer risco seja imediatamente identificado.

O problema da gravidez tardia, caracterizada após os 35 anos, é o maior risco de complicações como aborto, parto prematuro, além de síndromes como a de Down; e o desenvolvimento de doenças como hipertensão e diabetes. A obstetra indica que as mulheres que desejam engravidar nessa faixa etária passem por um exame para avaliação da reserva ovariana. “Esses exames nos ajudam avaliar a qualidade da reserva de óvulos da mulher e a prever se tem um risco maior de complicações ou não”, explica.

Entre os exames estão o hormônio folículo-estimulante (FSH), a ultrassonografia e o hormônio antimulleriano, que mostra ao médico o estoque de células germinativas e a qualidade dos óvulos estocados, mas nenhum vai nos falar qual o prazo limite para uma gestação. Fato é que, cedo ou tarde, a mulher que deseja gerar um filho vai experimentar uma vida renovada e cheia de descobertas, mas precisa estar absolutamente consciente das responsabilidades que terá com a vida daquele ser humano que vai nascer.

Olhos: excesso de remela pode indicar problemas


 Ao acordar pela manhã, muita gente percebe um muco branco ou amarelado nos cantos internos dos olhos – popularmente conhecido como ‘remela’. Até aí, tudo bem. Remela nada mais é do que sobra de lágrima carregada de poeira e gordura que se cristalizou durante o período em que a pessoa permaneceu de olhos fechados. Mas quando esse muco é produzido em quantidade acima do normal, principalmente se vem acompanhado de outros sintomas, como vermelhidão nos olhos, é preciso ficar atento. De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), a produção excessiva de secreção pode estar associada a um quadro de conjuntivite ou síndrome do olho seco, entre outras doenças oculares.

Independentemente da causa, o médico adverte que a primeira medida é evitar ao máximo ficar colocando a mão nos olhos para retirar remela, até porque eventualmente as mãos podem não estar completamente limpas e agravar ainda mais o quadro. Nesse sentido, além de lavar bem os olhos durante o banho, é possível usar uma quantidade mínima de xampu neutro para crianças e lavar os olhos ao longo do dia, com o auxílio de um disco de algodão embebido em água gelada.

“A infecção ocular geralmente se apresenta através dos seguintes sintomas: vermelhidão dos olhos, excesso de lágrimas/remelas, dor ou sensação de queimação, além de inflamação ao redor dos olhos. Caso seja diagnosticada uma conjuntivite, é importante saber que se trata de uma condição altamente contagiosa e pode ser causada por alergia, bactéria ou vírus. Só um oftalmologista poderá identificar o tipo da doença e indicar o melhor tratamento. De todo modo, lavar as mãos com maior frequência é uma dica importante, bem como evitar compartilhar objetos de uso comum, como toalhas de mão/rosto, fronhas e travesseiros”, diz Neves.

O médico afirma que, nesta época do ano, da mesma forma que o paciente pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando irritada. “Se o quadro de conjuntivite surge na sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um quadro mais sério. Neste caso, colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes, a fim de conter o avanço da doença. Também é importante alertar para os riscos da automedicação – que pode elevar as chances de complicações”.

Já se o excesso de remela ocorre em função da síndrome do olho seco, muito comum em quem passa horas diante de um computador ou qualquer outra tecnologia (telefone celular, videogame, televisão etc.), é importante adotar medidas para aumentar a produção de lágrimas. “O paciente deve se condicionar a piscar mais frequentemente. Em média, as pessoas piscam entre 14 e 18 vezes por minuto. O piscar promove uma limpeza de toda sujeira e oleosidade depositada na superfície dos olhos e os mantém hidratados. O problema é que, com a diminuição das piscadas, vêm o ressecamento dos olhos e a irritação desencadeada pelo acúmulo de sujeira. Uma boa ideia é recorrer a aplicativos de celular que alertam para a necessidade de piscar, ou ainda se programar para fazer pausas a cada 60 minutos e piscar durante 20 segundos”, recomenda o especialista.

Renato Neves também adverte sobre outro vilão do olho saudável: o vento. “Quem está enfrentando esse problema deve evitar vento no rosto. Seja do ventilador, seja do ar-condicionado, o vento resseca a superfície dos olhos mais do que o normal. Até mesmo o vento do secador de cabelo não é saudável para os olhos, porque compromete toda a sua lubrificação – lembrando que, além de limpar e manter os olhos lubrificados, as lágrimas têm também anticorpos e proteínas de defesa que são muito importantes no combate a bactérias oportunistas. Sendo assim, quem vai sair num dia de muito vento deve, no mínimo, estar bem protegido com óculos de sol”.






Fonte: Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br


Atraso na fala em crianças de até dois anos é o principal sintoma de perda auditiva na infância


 Mesmo que o Teste da Orelhinha não tenha apresentado alterações na audição do recém-nascido, é fundamental que a criança passe por novos exames ao menor sinal de atraso na fala, pois a perda auditiva pode ser genética, progressiva ou ser causada por medicamentos ototóxicos

A perda auditiva pode afetar a vida de uma criança de várias maneiras e uma delas é no desenvolvimento da fala. É importante que os pais fiquem atentos aos sinais de atraso na linguagem oral, nos primeiros dois anos de vida, para que a criança não sofra efeitos negativos no seu desenvolvimento que podem acarretar em problemas por toda a vida. Muitos só buscam tratamento para o problema de audição dos filhos quando outros sintomas começam a surgir. Apesar de o atraso na fala e a falta de diálogo serem os sinais mais importantes de perda auditiva, muitos pais relacionam esses problemas a outros distúrbios, por exemplo.
Diagnósticos equivocados e o costume de esperar que a criança desenvolva o diálogo naturalmente podem causar danos irreparáveis na infância e até na vida adulta; além de atrasar o tratamento do déficit auditivo. “Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de desenvolvimento da criança, além de melhores resultados no processo de tratamento que possibilitam que o desempenho comunicativo seja alcançado mais rapidamente, muito próximo ao de crianças ouvintes”, explica Marcella Vidal, Fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, especialista em tratamento infantil, que complementa: “a perda auditiva pode ser diagnosticada com uma audiometria, um exame simples que detecta a doença em até 90% dos casos, dependendo da idade e da colaboração da criança”.
Mesmo que a criança, quando recém-nascida, tenha passado pelo Teste da Orelhinha sem apresentar alterações, ao menor sinal de atraso na fala é importante que ela faça exames regulares, pois a perda auditiva pode ser genética ou progressiva, ou mesmo ser causada por medicamentos ototóxicos, se manifestando, portanto, ao longo da infância. Exames como o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) e o EOA (Emissão Otoacústica) podem detectar o grau de perda auditiva, servindo como ponto de partida para que o médico otorrinolaringologista indique o tratamento mais adequado para cada caso.
“O processo de maturação do sistema auditivo central ocorre durante os primeiros anos de vida. Por isso, a estimulação sonora neste período de maior plasticidade cerebral é imprescindível, já que para o aprendizado da linguagem oral e, consequentemente, o desenvolvimento intelectual, emocional e de habilidades, é preciso que as crianças interajam com seus interlocutores e, assim, estabeleçam novas conexões neurais. É importante enfatizar também que há diferenças entre ouvir e escutar. Os sons que entram pelos ouvidos precisam fazer sentido, ter significado”, pontua a Fonoaudióloga da Telex, que é especialista em audiologia.
Com o passar do anos, por causa da falta de diálogo com outras pessoas, a perda auditiva afeta a socialização e a autoestima das crianças e pode também prejudicar bastante seu desenvolvimento cognitivo e a alfabetização. De acordo com o Censo Escolar, entre 2011 e 2016 houve uma redução de 23% no universo de estudantes surdos, o que dá a entender que esse público estaria deixando a escola. Não raro, há pessoas que só identificam a perda auditiva na universidade e descobrem que a dificuldade de aprendizagem ou até mesmo o déficit de atenção diagnosticado na infância era, na verdade, uma perda auditiva.
Dados da OMS apontam que aproximadamente 32 milhões de crianças, no mundo inteiro, têm algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 40% dos casos ocorrem devido problemas genéticos e 31% por infecções, como sarampo, rubéola e meningite. No Brasil, segundo dados do Censo de 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um milhão dos 9,7 milhões de pessoas que têm deficiência auditiva são jovens de até 19 anos. Estima-se que três em cada 1.000 crianças sofrem com algum tipo de perda auditiva.


Posts mais acessados