INSTITUTO
TENCO DEMOCRATIZA A CULTURA E A EDUCAÇÃO LEVANDO EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE
LEONARDO DA VINCI PARA O INTERIOR DO BRASIL
Serão 10 cidades e mais de 20 mil quilômetros percorridos em
dois anos, na maior itinerância desse tipo no país. O público poderá conferir
cerca de 60 peças, entre elas as réplicas da Monalisa e da Santa Ceia
A exposição ‘Da Vinci – A Exibição’, que
integra o roteiro das grandes mostras internacionais e já percorreu diversas
cidades em todos os cantos do globo, como Bogotá, Nova York, Quito e Las Vegas,
foi escolhida pelo Instituto Tenco para levar cultura, educação e
entretenimento ao público de dez cidades do interior do Brasil. Mais de 60
peças, sendo 44 interativas, percorrerão os shoppings do Grupo nas regiões
Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, proporcionando aos visitantes a experiência
única dos grandes museus do mundo, como o Louvre, em Paris, ou o MASP, em São
Paulo.
Segundo a presidente do Instituto Tenco,
Adriana Gribel, levar um projeto desta magnitude para localidades que estão
fora do circuito cultural das grandes capitais, é dar oportunidade para todas
as pessoas conhecerem a obra e a mente de um dos maiores gênios de todos os
tempos, em uma exibição educacional, cultural e interativa. “As peças são de um
acervo internacional vindo ao Brasil especialmente para essa itinerância nos
shoppings da Tenco. A mostra fortalece a nossa missão de promover o
desenvolvimento nos locais onde atuamos, por meio de uma atividade
extraordinária de conhecimento e reflexão”, ressalta Adriana.
Serão
10 cidades e mais de 20 mil quilômetros percorridos em dois anos, na maior
itinerância de Da Vinci pelo país.
A
Exposição transporta o visitante para um ambiente museográfico, com iluminação
e umidade cuidadosamente controlados. O público terá a chance de conferir e
interagir com as obras idealizadas pelo gênio e executadas por artesãos
especialistas que deram vida às suas invenções, muitas das quais nem chegaram a
ser construídas devido à falta de tecnologias no século XVI. O parafuso aéreo
(princípio do voo de helicóptero), além de máquinas das áreas de robótica e
mecânica, são algumas das peças interativas.
A exibição é uma parceria com a Exhibition
Club e traz, ainda, as réplicas de Monalisa, Anunciação e Santa Ceia. A
exposição receberá excursões de escolas, em horários diferenciados, para que as
crianças possam aprender sobre arte e estudar a mente do artista, um dos mais
importantes do Alto Renascimento. As interpretações dos desenhos de Da Vinci
são divididas em seis áreas de estudos: Voo, Guerra, Anatomia, Física e
Mecânica, e Óptica. Entre outros talentos, Da Vinci se destacou como cientista,
matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto,
botânico, poeta e músico.
Exposição
Itinerante
A
exposição vai passar pelas cidades de Juazeiro do Norte (CE); Boa Vista (RR);
Taubaté (SP); Macapá (AP); Arapiraca (AL), Lages (SC), Juazeiro da Bahia (BA),
Varginha (MG), Bragança (SP) e Itaquaquecetuba (SP).
Museu do Futebol
inaugura novo espaço para bebês e oferece programação no Carnaval
Inauguração do
“Espaço Dente de Leite”, Oficinas de máscaras de carnaval e visitas educativas
ao acervo fazem parte das atrações de fevereiro
“Os Museus têm sido espaços procurados por famílias com crianças pequenas, na primeira infância. O Museu do Futebol adaptou uma de suas salas para convidar pais e cuidadores a nos frequentar. O Núcleo Educativo do Museu estudou diferentes estratégias e criou o Espaço Dente de Leite” afirma Daniela Alfonsi, Diretora de Conteúdo do Museu.
Outro destaque da programação desse mês são as oficinas durante o Carnaval. A garotada soltará a imaginação fazendo máscaras de Carnaval com sacolas de papelão. Monstros, jogadores de futebol e personagens ganharão vida nessas oficinas. A área externa do Museu também estará em clima festivo durante as oficinas de Lançador de confetes. Os participantes poderão brincar com os lançadores após confeccioná-los e, ainda, levá-los consigo para aproveitar a folia.
Em todos os finais de semana, sábado e domingo, sempre às 11h00, o Museu oferece visitas educativas. Durante o Carnaval não será diferente e haverá visitas inclusive na terça de Carnaval. Visitantes de todas as faixas etárias poderão fazer o percurso de cerca de uma hora no universo do nosso futebol em companhia de Educadores da instituição.
A programação do mês conta com outras atividades educativas, todas relacionadas abaixo e no site do Museu.
O Museu não abre às segundas-feiras e na Quarta-feira de Cinzas estará fechado.
PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES EDUCATIVAS
Dia: 18/02 – Sábado
Ação: Espaço Dente de Leite
Horário: entre 10h30 e 15h30
Local: Sala Grande Área
Descrição: O Espaço Dente de Leite é um ambiente educativo de convivência lúdica e estímulo ao brincar para bebês e crianças de até 3 anos, suas famílias e cuidadores. O espaço é aberto ao público sempre no terceiro final de semana de cada mês.
Ação: Visita Educativa ao Estádio Pacaembu + Museu
Horário: Início às 11h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: Visita com educadores do Museu do Futebol. Durante a caminhada ao redor do campo e pelo acervo do Museu, os participantes conhecerão a importância do Estádio, patrimônio histórico e arquitetônico da cidade de São Paulo, e sua relação com a história do futebol e do país. Até 20 pessoas.
Ação: Mapa das Torcidas
Horário: entre 14h e 15h30
Local: Sala Copas do Mundo
Descrição: Os participantes montarão o quebra- cabeça “Mapa das Torcidas”, relacionando os estados brasileiros aos escudos de seus times de futebol. O jogo tem textura e Braille.
Dia: 19/02 – Domingo
Ação: Espaço Dente de Leite
Horário: entre 10h30 e 15h30
Local: Sala Grande Área
Descrição: O Espaço Dente de Leite é um ambiente educativo de convivência lúdica e estímulo ao brincar para bebês e crianças de até 3 anos, suas famílias e cuidadores. O espaço é aberto ao público sempre no terceiro final de semana de cada mês.
Ação: Visita Educativa ao Museu
Horário: início 11h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: De forma instigante, a visita com educadores do Museu do Futebol proporciona o diálogo e a reflexão sobre como o futebol faz parte da nossa história. Até 20 pessoas.
Ação: Futevôlei adaptado
Horário: 14h às 15h30
Local: Área externa
Descrição: Os participantes experimentarão uma adaptação do jogo que une regras e habilidades do vôlei e do futebol, dois dos esportes mais populares do País. Inventado nas praias cariocas, o Futevôlei surge da criatividade do brasileiro, após uma proibição da prática do futebol nas areias. A cada 4 pessoas.
Dia: 25/02 – Sábado Carnaval
Ação: Visita Educativa ao Estádio Pacaembu + Museu
Horário: Início às 11h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: Visita com educadores do Museu do Futebol. Durante a caminhada ao redor do campo e pelo acervo do Museu, os participantes conhecerão a importância do Estádio, patrimônio histórico e arquitetônico da cidade de São Paulo, e sua relação com a história do futebol e do país. Até 20 pessoas.
Ação: Oficina de Lançador de confetes
Horário: entre 14h e 15h30
Local: Área externa
Descrição: O carnaval é uma festa tipicamente brasileira resultante da junção de muitas culturas e festejos. Para trazer a alegria dessa festa ao Museu e à Praça Charles Miller, educadores realizarão essa oficina. Os participantes poderão brincar com seus lançadores após confeccioná-los e, ainda, levá-los consigo para aproveitar as festividades. A cada 10 pessoas.
Dia: 26/02 – domingo Carnaval
Ação: Visita Educativa ao Museu
Horário: início 11h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: De forma instigante, a visita com educadores do Museu do Futebol proporciona o diálogo e a reflexão sobre como o futebol faz parte da nossa história. Até 20 pessoas.
Ação: Oficina de Máscaras de Carnaval
Horário: entre 11h e 12h30
Local: Cantinho Ins-pirar
Descrição: As sacolas de papel podem se transformar em uma grande brincadeira. Nessa oficina elas ganharão vida e se transformarão em animais, personagens, jogadores de futebol, caretas e monstros. A cada 10 pessoas.
Ação: Oficina de Lançador de confetes
Horário: entre 14h e 15h30
Local: Área externa
Descrição: O carnaval é uma festa tipicamente brasileira resultante da junção de muitas culturas e festejos. Para trazer a alegria dessa festa ao Museu e à Praça Charles Miller, educadores realizarão essa oficina.
Os participantes poderão brincar com os seus lançadores após confeccioná-los e, ainda, levá-los consigo para aproveitar as festividades. A cada 10 pessoas.
Dia: 28/02 – terça-feira Carnaval
Ação: Visita Educativa ao Museu
Horário: início 11h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: De forma instigante, a visita com educadores do Museu do Futebol proporciona o diálogo e a reflexão sobre como o futebol faz parte da nossa história. Até 20 pessoas.
Ação: Oficina de Balangandã
Horário: entre 11h e 12h30
Local: Área externa
Descrição: Com fitas, papel, barbante e muita criatividade, os participantes confeccionarão um brinquedo popular conhecido como Balangandã. A cada 10 pessoas.
Ação: Mundo das Copas
Horário: entre 11h e 12h30
Local: Sala Copas do Mundo
Descrição: Jogo de perguntas e respostas sobre as Copas do Mundo. Um desafio de memória e conhecimento.
Ação: Visita Educativa ao Museu
Horário: início 14h (duração aproximada de 1h)
Local: Ponto de encontro sala Grande Área
Descrição: De forma instigante, a visita com educadores do Museu do Futebol proporciona o diálogo e a reflexão sobre como o futebol faz parte da nossa história. Até 20 pessoas.
Ação: Oficina de Máscaras de Carnaval
Horário: entre 14h e 15h30
Local: Cantinho Ins-pirar
Descrição: As sacolas de papel podem se transformar em uma grande brincadeira. Nessa oficina elas ganharão vida e se transformarão em animais, personagens, jogadores de futebol, caretas e monstros. A cada 10 pessoas.
Ação: Baú da Memória
Horário: entre 14h e 15h30
Local: Sala Origens
Descrição: Os visitantes serão instigados a interagir com os acervos da Sala Origens do Museu utilizando objetos que retratam a sociedade brasileira no início do século XX, quando o futebol chegou ao País.
Programação sujeita a alterações. Quando há jogos no Estádio do Pacaembu, o horário de funcionamento é diferenciado.
MUSEU DO FUTEBOL
Praça Charles Miller, S/N São Paulo, SP
Terça a sexta-feira: 9h às 16h (permanência até às 17h)
Sábado, domingo e feriados: 10h às 17h (permanência até às 18h).
Ingressos: R$ 10,00 | Meia-entrada: R$ 5,00 | Entrada gratuita aos sábados.
*Horários diferenciados de funcionamento em dias de jogos no Estádio do Pacaembu, consulte o site www.museudofutebol.org.br.
*Estacionamento na Praça Charles Miller, sendo necessário o uso de Zona Azul Digital, que pode ser adquirido por meio de aplicativos para celulares ou em postos oficiais. Mais informações no site da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET.
Cristina Schleder expõe em Londres
Na mostra "Os Tapetes Voadores da Mata Atlântica" a
artista emerge em um mundo onde a
vegetação descortina um novo universo aos seus olhos
A artista plástica multidisciplinar Cristina
Schleder apresenta a exposição “Os Tapetes Voadores da Mata Atlântica”, com
fotografias autorais que registram texturas, tramas, cores e detalhes de sua
inspiração maior – a Natureza. A mostra ficaem cartaz até 24 de fevereiro, na
Galeria Sala Brasil, na Embaixada do Brasil em Londres. Para a criação da
série, que também está registrada em um livro com
nome homônimo, Cristina adentrou na Mata Atlântica munida de olhos
treinados em busca do inusitado e do oculto. As imagens e espelhamentos de seus
enquadramentos possibilitam uma releitura que dão novos significados à
importância e beleza deste ecossistema.
Com um trabalho gráfico de composição,
Cristina Schleder transformou a Natureza em verdadeiros tapetes, com motivos e
designs surpreendentes e impactantes. "É um trabalho de pesquisa do efeito
da água: a chuva e a humidade do ar. Sob esses fatores, a Mata desabrocha e
mostra suas verdadeiras cores, é quando a Natureza se revela de forma
majestosa. Sem a água este microcosmo não se apresentaria”, declara a artista.
“Estou muito feliz em ser convidada para inaugurar o Calendário Cultural de
2017 da Embaixada e mostrar minhas obras fora do Brasil, ou melhor, mostrar a
Mata Atlântica”, comemora.
Para a curadora e historiadora de arte Tereza
de Arruda, Os Tapetes Voadores da Mata Atlântica criados por Cristina Schleder
incorporam em sua essência toda a herança da Natureza brasileira. As obras são,
à primeira vista, confundidas com uma camuflagem refinada, com uma trama bem
elaborada, com uma renda artesanal sofisticada, com um gabarito exemplar ou
mesmo com uma tapeçaria milenar. Eis aí a interferência e a destreza da artista
ao elevar detalhes singulares da Mata Atlântica às riquezas inigualáveis,
trazendo tudo isso para uma nova superfície até então inexplorada.
A
Luz muda a cor
A
Água nos dá a cor
E,
nossos olhos captam quando conseguimos sentir o mundo conectado com nossa alma.
Cristina Schleder
Embaixada
do Brasil em Londres
14-16 Cockspur
Street, London SW1Y 5BL
Segunda a sexta, das 11h às 18h
Segunda a sexta, das 11h às 18h
Visitação:
até 24 de fevereiro
MOSTRA
LIVIO ABRAMO: INSURGÊNCIA E LIRISMO
Com
120 obras, exposição sobre o artista plástico Livio Abramo com curadoria de Paulo
Herkenhoff traça panorama da sua inserção na modernidade do século XX e segue
em cartaz até 12 de março
Obra “Operário e Máquinas”, de Livio
Abramo
O crítico e cineasta Olivio
Tavares de Araújo analisou as suas relações com a arte gráfica do
expressionismo alemão. Mario Pedrosa, por sua vez, destacou a sua importância
na modernidade emancipatória política do século XX. Aracy Amaral relembra a
origem política do artista: trotskista e marginalizado pelo Partido Comunista,
que defendia Portinari e Di Cavalcanti. Seja no contexto sociopolítico ou na
inserção nas vanguardas modernas, a obra do gravador, ilustrador e desenhista
paulista Livio Abramo (1903-1992) destaca-se pelo rigor formal, tendo a gravura
como a sua autêntica linguagem de expressão.
Passados quase 25 anos da
morte do artista, o Instituto Livio Abramo (ILA) apresentou ao público
um rico acervo – grande parte pertencente à família – com cerca de 120 obras.
Aberta em 7 de dezembro, a mostra Livio Abramo: Insurgência e Lirismo
será reaberta em 5 de janeiro, prosseguindo em cartaz até 12 de março de 2017,
na Biblioteca Mário de Andrade (BMA), em São Paulo. A exposição reúne
linoleogravuras, xilogravuras, litogravuras, aquarelas, grafites e nanquins,
além de matrizes em madeira, matrizes em linóleo, clichês de metal, croquis,
estudos e provas do artista, reunindo uma produção de quase 70 anos de
trabalho. O panorama com curadoria assinada por Paulo Herkenhoff destaca os
territórios estéticos e conceituais do artista, sobretudo, assinalando a sua
importância como gravurista.
A exposição assinala o início das atividades do Instituto
Livio Abramo (ILA) com a organização e a digitalização do acervo da família
pelo Programa Rumos do Itaú Cultural e propicia uma releitura de todo o conjunto da obra do
artista, após uma década da última individual de Livio Abramo, realizada no
Instituto Tomie Ohtake. "O projeto Rumos Itaú Cultural foi essencial neste
processo, uma vez que deu suporte para a escolha das obras a partir do
inventário e classificação realizado na primeira fase do projeto de preservação
e divulgação do acervo, permitindo que a demanda pelo conhecimento do
acervo do Instituto fosse amplamente atendida", afirma Pedro Abramo,
presidente do Instituto Livio Abramo. Agora, pelo olhar curatorial de Paulo
Herkenhoff, essa nova exposição objetiva rever a obra, valorizando Livio Abramo não
apenas como pioneiro da xilogravura no Brasil, mas como um artista vigoroso,
que dialoga com os movimentos sociais e artísticos do século XX, criando
soluções formais inovadoras para responder às angústias de um homem e artista
dentro do contexto histórico e social em que ele viveu.
Nesse sentido, Paulo
Herkenhoff, que teve contato com Livio Abramo em Assunção (Paraguai), em pleno
ano de 1968, e que depois selecionaria obras do artista para diversas
exposições, realiza uma curadoria dinâmica e ousada. As escolhas de Herkenhoff
permitem uma interpretação original, a partir de um diálogo com artistas do
período, do contexto sociopolítico e das lutas
dos movimentos sociais da época, sem perder de vista a capacidade transcendente
da produção artística de Abramo, que desvela questões ainda contemporâneas.
Ao lado de originais do
acervo do Instituto Livio Abramo (ILA), a mostra inclui ainda empréstimos de
trabalhos de coleções de outras importantes instituições brasileiras, como o Museu
de Arte do Rio (MAR) e a própria Biblioteca Mário de Andrade (BMA), assim como
obras da Fundação Biblioteca Nacional. Obras de José Clemente Orozco, de Louise
Bourgeois, de Rossini Perez, de Lasar Segall e de Kathe Kollwitz aparecem no programa como diálogos,
convergências e rupturas entre Livio Abramo e outros expoentes de sua geração.
Além de obras físicas, a mostra conta, ainda, com um programa educativo,
composto de mesas de debates, de palestras, de cursos de formação e da exibição
de documentário inédito, que mostra o processo de trabalho do xilogravurista
Rubem Grilo, que usou matrizes de oito obras de Abramo para reimpressões, que
farão parte da exposição. Ao lado de Grilo, um dos principais nomes da
xilogravura na atualidade, e do curador Paulo Herkenhoff, o documentário
intitulado “Livio Abramo: o Profundo Mistério dos Horizontes Inacabados” (11
minutos), produzido pelo Instituto Livio Abramo, inclui depoimentos de
Frederico de Morais e Ferreira Gullar.
DA INQUIETUDE À PLÁSTICA DO
MUNDO ESPIRITUAL
Tanto a forma quanto o
conteúdo da exposição aliam o rigor do uso da gravura como linguagem com as
insurgências e os lirismos, na arte e na política. Não se trata apenas de uma
politização da arte, mas de agir como um precursor artístico no Brasil das
teses contidas na filosofia do pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940). A
arte, como questionamento do presente ao passado, com o poder de incluir os
vencidos pela história dominante: operários, ativistas da resistência
espanhola, vítimas do fascismo, negros, favelados, paraguaios, os cidadãos
anônimos “sem rosto e sem voz”.
Se a série “Frisos”, que
retrata a tragédia moderna do homem urbano no “destino” da arquitetura da
metrópole, é dedicada à cidade de São Paulo, as religiões afro-brasileiras surgem
como contraste, num êxtase – longe de folclorismos – que reivindica uma
plástica do mundo espiritual. Como salienta o diretor da Biblioteca Mário de
Andrade (BMA), Luiz Armando Bagolin: “A concepção da mostra sobre a
importância da obra de Livio Abramo é consoante com a cidade de São Paulo, sua
transformação contínua, seu ‘work in progress’. Na abertura, no dia 07 de
dezembro, o encontro do curador Paulo Herkenhoff e um convidado desdobra-se
numa série de atividades.”
Segundo Bagolin, para a
Biblioteca Mário de Andrade, além de toda a importância de Livio Abramo como
artista, a sua relação com o centro da cidade, como aparece na série ‘Frisos’,
destaca o dinamismo defendido pela instituição. “O visitante tem à
disposição, seja durante um passeio noturno pelo centro ou no intervalo do
trabalho, uma biblioteca com uma exposição 24 horas que traduz essa dinâmica,
também em termos de acesso à cultura e da formação de novos olhares”.
A contestação, tão atual,
está consoante com a própria trajetória e a identidade artística desse filho de
imigrantes italianos. Na década de 1960, afastando-se do viés oligárquico e
pequeno burguês prevalecente no modernismo em São Paulo e da “fanfarra” voltada
para Paris, o artista acolheu como residência o dilacerado pela Guerra da
Tríplice Aliança, o Paraguai. Ali, aperfeiçoou a sua técnica de desenho e
gravura, ferindo com faca ou goiva pontiaguda matrizes de madeira, metal ou
pedra, segundo o curador Paulo Herkenhoff, “para abrir gravuras que
expressassem a sua profunda visão da sociedade e o olhar lírico sobre o mundo”.
Como uma linguagem de
expressão sem grandes atrativos comerciais e baixa margem de lucro, a
xilogravura expõe, antes de qualquer corte, a relação com a matéria-prima como
prenhe de possibilidades de significantes nas mãos do artista. “Antes de
qualquer corte o que se tem na chapa é a absoluta escuridão. O corte pelo
artista fere a matéria e instaura a luz, sendo, pois, a própria hipótese do
olhar e da arte. Essa visão primal da imagem surgente é o tesouro do xilógrafo
e a base de sua ética da linguagem”, conta o curador no texto do programa
da exposição.
SOBRE LIVIO ABRAMO
Livio
Abramo não é apenas, com Oswaldo Goeldi, um dos mestres clássicos da moderna
gravura brasileira. Devido à sua inquietação, à sua atividade e à sua inovação
permanente, ao longo da sua trajetória, ele sempre foi moderno e meticuloso com
a sua produção artística. A história da sua carreira é uma expressão do
conturbado século XX, em que uma vida de militância política e social, atravessada
por uma visão humanista do mundo, conviveu com a consciência aguda das
exigências e da necessidade do domínio técnico na exploração das possibilidades
da gravura em madeira, a luta por um refinamento artesanal nas texturas e pela
virtuosidade da sua expressão artística.
Autodidata em gravura, Livio
Abramo também foi ilustrador, desenhista e militante político. Nascido em
Araraquara (SP) em 1903, foi muito influenciado pela fase antropofágica de
Tarsila do Amaral. Premiado como o melhor gravador nacional na 2ª Bienal
Internacional de São Paulo em 1953, deu aulas de xilogravura na Escola de
Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), fundou com Maria
Bonomi o Estúdio Gravura em 1960 e foi convidado pelo Itamaraty a integrar em
1962 uma missão cultural no Paraguai, onde fundou o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico daquele país. Com a sua capacidade criadora, de forma
silenciosa e seguindo a tradição do artista artesão, Livio Abramo buscou
concentrar em cada nova etapa da sua longa trajetória os desafios de expressar
de forma sintética o sentido do homem na história, com lirismo, força e
delicadeza, o que dota as suas gravuras de uma dimensão espiritual.
SOBRE O CURADOR
Paulo Herkenhoff –
Teve contato com Livio Abramo em
Assunção em 1968, cuja obra conhecia porque os seus pais já tinham uma gravura
do artista. No exercício do cargo de Diretor do Instituto Nacional de Artes
Plásticas, promoveu uma homenagem a Livio Abramo pelos seus 75 anos, ocasião em
que reuniu xilogravadores de todo o Brasil. Incluiu a obra de Livio Abramo em
diversas exposições e adquiriu as suas gravuras para o acervo do Museu de Arte
do Rio (MAR), do qual foi Diretor
Cultural. Dirigiu o Museu
de Belas Artes do Rio de Janeiro (2003-2006) e foi curador adjunto no
departamento de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York -
MoMA (1999-2002), curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1997 e 1999) e
curador da Fundação Eva Klabin Rapaport.
SOBRE O INSTITUTO LIVIO ABRAMO (ILA)
O Instituto Livio Abramo é
uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo recuperar, preservar e
difundir o acervo e a obra do artista. Em parceria com os herdeiros, a
instituição foi criada em 2014 para gerenciar a coleção de trabalhos de Livio
Abramo, composta por material que já se encontrava no Brasil, e para trazer
parte do acervo documental que estava no Paraguai. Pertencem a esse conjunto
não só gravuras, desenhos e aquarelas, mas também as matrizes das gravuras,
muitos esboços, estudos, experiências com técnicas de gravação, caricaturas e
charges dos jornais em que Livio Abramo trabalhou. Também há registros escritos
por ele sobre a sua arte e sobre a pedagogia do ensino da xilogravura.
Contemplado pelo Programa
Rumos do Itaú Cultural, o Instituto vem implementando o primeiro estágio de um
plano maior de recuperação material e artística de Livio Abramo, resgatando a
sua importância, tanto como criador quanto como mestre e formador de muitos
outros artistas plásticos no Brasil e na América Latina. Como diretor-presidente
do instituto, encontra-se Pedro Abramo.
Pedro Abramo é professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador nível 1 A do CNPq,
Visiting Schollar em Universidades dos USA, Europa e America Latina. Publicou
mais de uma dezena de livros no Brasil, na América Latina e na Europa e
Premio Milton Santos e de Política Urbana da ANPUR, premio de melhor livro de
economia pela ANPEC e premio de livro da XX Bienal Pan-americana de arquitetura
e urbanismo de Quito. Na
Diretoria Executiva do Instituto está Luis Abramo. Diretor de Fotografia
de, aproximadamente, 30 filmes de longa-metragem. Ganhou os prêmios de Melhor
Fotografia no Festival de Cinema de Recife (2014) com o longa “Romance
Policial”; de Melhor Fotografia no Festival de Cinema de Gramado (2010), com
“Não se Pode Viver sem Amor”; e de Melhor Fotografia de longa-metragem com
“Fronteiras”, no Festival do Paraná de Cinema Latino e Brasileiro.
SOBRE O PROGRAMA RUMOS
O Itaú Cultural mantém o programa Rumos desde 1997. Este que
é um dos primeiros editais públicos do Brasil para a produção e a difusão de
trabalhos de artistas, produtores e pesquisadores brasileiros,
já ultrapassou os 52 mil projetos inscritos vindos de todos os estados do
país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,3 mil propostas nas
cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o
desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão
ou de pesquisa. Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos
por mais de 6 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil
emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados.
No formato atual, as propostas inscritas são examinadas, em uma primeira
fase, por uma comissão de 30 avaliadores contratados pelo instituto entre as
mais diversas áreas de atuação e regiões do país. Em seguida, passam por um
processo de avaliação e análise por uma Comissão de Seleção
multidisciplinar, formada por 22 profissionais, incluindo gestores da própria
instituição.
Biblioteca Mário de Andrade (BMA)
Rua da Consolação, 94, Centro, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3775-0002
Horário de visitação: 24 horas
Visitação: até a 12 de março de 2017
Mais informações: www.bma.sp.gov.br
Visitação: até a 12 de março de 2017
Mais informações: www.bma.sp.gov.br
‘Novos
dinossauros’ movimentam exposição no Zoológico de São Paulo
O
Mundo dos Dinossauros é a mais completa e interativa exposição sobre o tema no
Brasil; evento tem mais de 25 robôs em tamanho real, além de réplica de fósseis
Os dinossauros, animais pré-históricos que habitaram a Terra
há milhares de anos, ainda despertam curiosidade e são alvos de estudos. Prova
disso é o cinema que vez ou outra se dedica ao tema lotando salas em exibições
pelos quatro cantos do mundo. O assunto repercute e mexe com o imaginário de
crianças e adultos. E para apresentar um pouco dessa realidade e despertar
sensações e vivências em torno do tema, o Parque Zoológico de São Paulo abriga
a exposição “O Mundo dos Dinossauros”, considerada a mais interativa mostra
desses animais pré-históricos no Brasil, em uma área isolada dentro do próprio
Zoo. São cerca de 25 animais robotizados, em tamanho real, que se movem, soltam
grunhidos e supostamente respiram, como se ainda estivessem vivos.
Os dinossauros expostos são tão idênticos aos animais que
habitaram a Terra que a sensação dos visitantes é de estar mergulhando no
passado e vendo de perto os gigantes pré-históricos. Graças à tecnologia, é
possível vivenciar por alguns momentos a rotina dos dinos, algumas réplicas
chegam a medir oito metros de altura e 25 metros de comprimento. Há ainda
réplicas de fósseis.
A exposição, sempre de olho em novidades para o público,
colocou à mostra recentemente duas novas peças, um Tiranossauro Rex que sai de
uma vasta e densa vegetação de forma totalmente inusitada, com seus dentes
enormes e afiados, e um Dilophossauro com cerca de dois metros. Este último é
uma espécie de dinossauro afamada no primeiro filme da série Jurassic Park, na
clássica cena em que o personagem de Wayne Knight (Dennis Nedry) era atacado,
após um acidente, enquanto tentava fugir da ilha Nublar. O Dilophossauro cospe
nele seu veneno.
No Zoológico de São Paulo a visita à pré-história começa em
uma área isolada dos outros animais, dando a quem optar por fazer o passeio
jurássico uma sensação ainda mais próxima da atmosfera jurássica. Há também
cinema em quatro dimensões para os visitantes. Esses animais da era Mesozoica
ocupam um espaço de 3 mil m2 em meio à natureza viva, como a que
eles habitavam há 65 milhões de anos, quando foram extintos. Tiranossauro
Rex, Pterodátilos, Mamenquissauro e outros estão posicionados no
mesmo local onde, por conta da preservação ambiental, vivem diversas espécies
da era atual, a Cenozoica. Dinossauros robotizados e animais de vida livre,
como tucanos, pica-paus, sabiás, tatus, macacos bugios, bichos-preguiça e
lagartos teiús podem ser vistos no mesmo espaço. A exposição O Mundo dos
Dinossauros ainda não tem data para terminar.
Sobre
os dinos
Pesquisas revelam
que os dinossauros habitaram a Terra há 220 milhões de anos. No Brasil, há
vestígios deles no Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas
Gerais e Mato Grosso, mas a partir de agora eles estarão na capital paulista,
em uma experiência totalmente real e interativa, inédita no país, usando parte
de uma floresta natural, não mais representada.
Zoológico
de São Paulo
A Fundação Parque
Zoológico de São Paulo foi inaugurada em 1958. Possui uma área de 900 mil
m2 e um acervo de aproximadamente três mil animais, entre
espécies exóticas e nativas, muitas delas ameaçadas de extinção. Está inserida
no PEFI (Parque Estadual das Fontes do Ipiranga), um dos mais significativos
remanescentes de Mata Atlântica presente em área urbana do país. O PEFI tem
526,38 hectares e está localizado no bairro da Água Funda, distrito do
Ipiranga, em São Paulo.
Imagens:
Fernando Battistetti
Parque
Zoológico de São Paulo
Av. Miguel Stefano, 4.241 - Água Funda - São Paulo -
SP
segunda-feira
a domingo, das 9h às 17h, com fechamento das bilheterias O Mundo dos
Dinossauros, às 16h45; Bilheteria Zootur, no Jabaquara, tem fechamento às 15
horas e as bilheterias do Zoológico permanecem abertas até às 16h30, mas vendem
ingressos até às 16 horas)
Informações:(11)
5073-0811
Sites: www.zoologico.com.bre www.d32.com.br
Quanto custa o ingresso da exposição:
Bilhete-combo (Zoo + O Mundo dos
Dinossauros) para adultos ou crianças acima de 12 anos: R$ 45
Bilhete-combo (Zoo + O Mundo dos
Dinossauros) para crianças de 6 a 12 anos, estudantes com documento de
identificação estudantil, professores da rede pública e idosos com mais de 60
anos: R$ 16
Bilhete-combo + transporte, na
bilheteria do Jabaquara,R$50,50 para adultos ou crianças acima de 12 anos ou
R$21,50 para crianças de 6 a 12 anos, estudantes com documento de
identificação estudantil, professores da rede pública. Idosos com mais de 60
anos tem isenção no transporte e pagam R$ 16
Não há opção de
visitação apenas à exposição, sendo necessário adquirir também o tíquete de
entrada para o Zoológico de São Paulo