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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

A importância de votar para os Conselhos Tutelares

 

        As eleições para os Conselhos Tutelares de todo o país, a serem realizadas no próximo domingo, constituem um momento importante para a sociedade exercer a sua cidadania e, sobretudo, seguir garantindo a proteção e a promoção dos direitos de crianças e adolescentes.  

        Criado em 1990, com a publicação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069), o Conselho Tutelar é um órgão municipal permanente e autônomo, não jurisdicional, que tem como objetivo de zelar pelo cumprimento dos direitos previstos naquela lei –como o direito à educação, o acesso à saúde, o direito ao brincar e a uma vida familiar e comunitária sem qualquer tipo de discriminação, entre outros.  

        Também representa, dentro da rede de proteção da infância e da juventude, um dos principais canais de contato entre a população e as autoridades. São os conselheiros tutelares que recebem pedidos por vagas em creches, notificações sobre estudantes em situação recorrente de faltas escolares (o que pode, por exemplo, indicar casos de negligência familiar), queixas de falta de atendimento a alunos com deficiência, além de denúncias de maus-tratos e violência contra o público infantojuvenil. Se necessário, cabe a eles requisitar serviços públicos, acionar o Judiciário e o Ministério Público, bem como cobrar dos governos o cumprimento do ECA.  

        Além de criar a instância dos Conselhos Tutelares, a Lei 8.069 também os dotou de uma característica altamente relevante: os membros do órgão precisam ser eleitos pela comunidade, por meio do voto direto e facultativo. Se esse processo dá à sociedade o poder de escolher aqueles que serão responsáveis por atender, amparar e proteger nossas crianças e adolescentes, ele também deve sua legitimidade ao envolvimento efetivo da população. Por isso é tão importante participar das eleições que se avizinham.  

        A votação, que ocorre apenas de quatro em quatro anos, abarca mais de 30 mil Conselhos Tutelares espalhados por todos os municípios do país –sendo eles os responsáveis por manter o órgão em pleno funcionamento. Uma de suas características mais valiosas é a exigência de que os candidatos ao cargo residam nas regiões onde pretendem atuar. Trata-se de uma via de mão dupla. De um lado, isso faz com que os eleitos e eleitas tenham uma noção mais profunda das questões de cada comunidade e, dessa forma, atuem de maneira mais qualificada. De outro, permite que os moradores de cada região conheçam os seus representantes e possam cobrá-los para que o órgão cumpra as funções para as quais foi criado.  

        Neste ano, pela primeira vez, as votações terão o apoio dos Tribunais Regionais Eleitorais, o que deve conferir a elas mais eficiência. Basta comparecer ao local de votação de sua região portando um documento com foto ou o e-título. É um ato que não só fortalece a democracia em nível local como ainda colabora para uma sociedade mais justa e menos desigual. 

         

Dimas Ramalho - Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

 

Minuta sobre causas do blecaute descarta problemas com fontes renováveis e aponta dificuldade no tratamento de dados na operação do sistema elétrico

 

Segundo avaliação da ABSOLAR, documento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou a ausência de relação do ocorrido com as características tecnológicas das fontes renováveis. Agora, é preciso avaliar o modelo de simulação e a interface entre o operador e os agentes geradores
 

A minuta do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), publicada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta semana, deixa claro que não há nenhuma relação entre as características tecnológicas das fontes renováveis eólica e solar e o blecaute elétrico da manhã do dia 15 de agosto.
 
Pela análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o documento preliminar do ONS aponta como causa do apagão um desalinhamento no tratamento dos dados pelo operador enviados pelos agentes geradores. Com isso, estão descartadas as especulações infundadas, divulgadas previamente por alguns agentes e entidades do setor, de que a simples presença de centrais geradoras renováveis no sistema elétrico brasileiro teria ocasionado a ocorrência. Diferentemente, a minuta do ONS esclarece que as características tecnológicas das fontes renováveis não deram origem ao blecaute no Sistema Interligado Nacional (SIN).
 
Segundo a entidade, esta versão da minuta não especifica quais usinas renováveis teriam apresentado eventuais comportamentos divergentes aos previstos nas simulações do ONS. Por disso, a verificação ou confirmação de dados com as informações disponíveis até o momento fica prejudicada. A ABSOLAR ressalta que as alegadas diferenças não são uma situação generalizada envolvendo todas as usinas eólicas e fotovoltaicas conectadas na rede de supervisão do operador. Agora, a associação aguarda os detalhes e as providências que, segundo o documento, serão tomadas pelo ONS, para aprimoramento da operação do sistema e melhoria da interface com os agentes geradores.
 
Com a publicação do documento preliminar, fica evidente que não há nenhuma relação do blecaute com as características tecnológicas das fontes renováveis e que é preciso avaliar com diligência os modelos de simulação e a interface entre o operador e os agentes geradores. Na prática, o ocorrido no dia 15 de agosto poderia acontecer com qualquer fonte de geração, não sendo exclusividade desta ou daquela fonte, renovável ou não, como ocorrido no passado.
 
Assim, não há riscos para a segurança de suprimento com a continuidade da expansão de empreendimentos renováveis. O aumento da participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira é desejável e positivo, contribuindo para a atração de investimentos, geração de empregos locais e de qualidade e aceleração da transição energética sustentável do Brasil.
 
Juntamente com seus associados, a ABSOLAR continuará avaliando os relatórios e informações disponibilizadas pelas autoridades competentes sobre a ocorrência do blecaute e trabalhando, de forma colaborativa e construtiva, em parceria com os órgãos oficiais do setor elétrico e do País. Uma vez constatado e solucionado este problema pontual, o Brasil evoluirá para um novo patamar de operação da matriz elétrica nacional, ainda mais segura e sustentável, eliminando riscos de ocorrências similares.
 
Para a ABSOLAR, a fonte solar fotovoltaica contribui para diversificar e aumentar a robustez da matriz elétrica brasileira, com sustentabilidade. Além disso, a fonte solar é altamente versátil, possui ágil implantação e oferece rápida recomposição da operação dentro do Sistema Interligado Nacional (SIN) em casos de desligamentos.
 
A versatilidade dos empreendimentos solares fotovoltaicos também é observada na diversidade geográfica das usinas no território nacional, com centrais geradoras espalhadas em todas as regiões do País. A operação em conjunto e de forma diversificada das fontes renováveis abundantes no Brasil, em especial usinas hidrelétricas, solares, eólicas e termelétricas movidas a biomassa e biogás, contribui para uma maior segurança de suprimento e resiliência da matriz elétrica nacional.
 
 
Estudo de integração de fontes renováveis variáveis na matriz elétrica do Brasil
 
A maior presença das fontes renováveis na matriz elétrica nacional é ambientalmente desejável, tecnicamente sólida e economicamente viável, conforme demonstrou o projeto “Sistemas Energéticos do Futuro: Integração de Fontes Variáveis de Energia Renovável na Matriz Elétrica do Brasil”, com participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), em parceria com a entidade do governo alemão Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).
 
A iniciativa foi fruto de três anos de intensos trabalhos técnicos de especialistas do setor e analisou, em detalhes, a inserção de grandes quantidades de energia solar e eólica na matriz elétrica brasileira. As conclusões confirmaram que é possível aumentar significativamente a participação destas renováveis a um patamar de mais 40% do total, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, com equilíbrio técnico e econômico para a expansão e operação, do sistema elétrico brasileiro. As conclusões derrubam o mito de que as fontes renováveis, por serem variáveis, representem risco ao sistema elétrico.


Antes de investir em IA, marcas podem apostar em tarefas básicas para gerar impacto na experiência do consumidor

 Conversar com o cliente, organizar dados e treinar os times estão entre as prioridades para quem deseja construir relações duradouras


A satisfação do cliente sempre foi importante, já que é o que garante a sobrevivência das empresas. Porém, atualmente, com o excesso de opções, diversidade de opiniões e ofertas de produtos e serviços, o consumidor está cada vez mais suscetível a trocar de preferência caso se encante por uma novidade que o fisgou. Por isso a temática do CX (Consumer Experience) está tão em alta, e deve continuar sendo uma “obsessão” para as empresas que querem se destacar e construir relações fortes e duradouras com os clientes. 

 

Antes de fazer grandes investimentos - de tempo e recursos - em ferramentas mais complexas, é importante que as empresas comecem por tarefas mais básicas que vão contribuir com a construção de um DNA focado na experiência do cliente. Elaine Resende, sócia-diretora de Engajamento e Gestão no Grupo Take 5, especialista em educação corporativa à distância, diz que a inteligência artificial, por exemplo, pode otimizar tarefas executadas pelas pessoas, facilitando que maiores volumes de dados sejam analisados em menos tempo e agilizando decisões de mudança de rota, criação de novos produtos, investimento em outras frentes. “Porém, se a realidade da empresa não permite que ela invista nessa tecnologia por falta de recursos ou porque simplesmente não deseja fazê-lo neste momento, ela ainda pode adotar práticas essenciais relacionadas à cultura da centralidade do cliente”, afirma. Entre estas práticas, estão:

 

Conversar com os clientes: essas conversas podem acontecer de diversas formas, com pesquisas de satisfação, focus groups, entrevistas. O importante é ouvir o que eles têm a dizer.

 

- Olhar para dentro: colete e organize as informações que você já tem dentro de casa (aquelas que são oferecidas pelos próprios clientes, como opções de compra, frequência, preferências pessoais) para construir abordagens personalizadas e relevantes. Seja criativo e explore formas diferentes de conhecer o seu cliente.

 

- Organizar os dados: certamente, se você está coletando feedbacks com regularidade, você deve ter muita coisa para analisar. Se possível, conte com a ajuda de um software específico para isso (existem várias opções no mercado).

 

- Arregaçar as mangas. Cuidado para não cair na chamada "paralisia dos dados". Tenha disciplina para transformar os insights que chegam em ações concretas. Certamente os resultados virão.

 

- Construa times treinados e com o foco “do” cliente: Elaine defende que os processos e os colaboradores precisam atuar de modo uníssono e com o foco "do" cliente, quer dizer, sempre segundo o ponto de vista dele e do que seria mais adequado para ele. “Para que as experiências que o cliente vive com uma empresa sejam excepcionais e superem as expectativas, os colaboradores precisam estar engajados, e é aí que entra o treinamento. Um programa de treinamento construído com foco em CX vai garantir consistência na forma de atuar das áreas e estimular que os colaboradores desempenhem suas funções guiados por uma abordagem que coloca o cliente no centro de tudo”, aponta.

 

Para isso, as áreas da empresa que trabalham com CX devem se assegurar de que o time responsável por Treinamento e Desenvolvimento esteja afiadíssimo com os princípios de experiência do consumidor, fidelização e demais disciplinas afins, e os leve adiante através dos treinamentos com regularidade e consistência em seu programa de aprendizado e desenvolvimento.

 

“Uma dica extra: invista em treinamentos sob medida, isto é, com conteúdo personalizado para o seu negócio e explore formatos inovadores para garantir que eles sejam, de fato, relevantes para os colaboradores”, completa.

 

O que diferencia as empresas líderes em CX das demais

Alguns públicos, como a Geração Z, representam um desafio ainda maior para as empresas, por estar naturalmente mais aberta a experimentar o novo e, portanto, menos fiel a marcas, produtos e serviços. “Pronto: o cenário está preparado para que empresas que ainda não perceberam que a experiência do cliente é parte essencial da relação com o cliente encurtem seu tempo de vida”, alerta Elaine.

 

Junte-se a isto o fato de que está cada vez mais difícil as empresas se diferenciarem de seus concorrentes quando todo mundo está brigando pela atenção do consumidor (cada vez mais conectado) e compartilhando conteúdos (cada vez com mais frequência e mais profissionais) no ambiente digital.

 

Neste cenário, a experiência do cliente ganhou relevância e se tornou fundamental para as empresas superarem as expectativas e conquistarem a confiança (e o bolso) de seus clientes. Aquelas que lideram o CX, portanto, têm características fortes que as diferenciam das que não despertaram ou não conseguiram promover esta prática ainda. “Elas trabalham com uma estratégia centrada no cliente; entregam aquilo que prometem e geralmente vão além, oferecendo uma atenção e um cuidado que superam as expectativas; possuem uma cultura de dados incorporada em seus processos internos (o que faz toda a diferença na promoção de mudanças e inovação quando o assunto é melhorar a experiência do consumidor); conhecem bem a jornada do cliente e criam uma experiência consistente em todos os pontos de contato para superar os padrões do mercado e surpreender positivamente”, lista Elaine.

 

Além disso, completam as atividades essenciais: a coleta de feedback dos clientes de forma constante e organizada; o entendimento de que a tecnologia está aí para ajudar a otimizar processos e agilizar a transformação de ideias em ações concretas; e o engajamento em fazer com que todos os colaboradores conheçam a relevância do CX e exerçam seus papéis em sintonia com as melhores práticas.

 

Take 5
https://www.take5.com.br/
https://take5lms.com/


Descubra como as redes sociais podem impulsionar seu faturamento e transformar sua carreira na área da saúde

Aumente sua visibilidade, conquiste novos pacientes e aumente seus lucros com as redes sociais 

 

No mundo cada vez mais conectado de hoje, as redes sociais desempenham um papel fundamental na vida das pessoas. Com bilhões de usuários ativos diariamente, essas plataformas se tornaram uma ferramenta poderosa para a disseminação de informações, o compartilhamento de conhecimento e a construção de relacionamentos. Para os profissionais de saúde, o aproveitamento efetivo das redes sociais pode levar a uma presença online forte e a um aumento significativo na visibilidade e reputação. 

A profissional de saúde odontológica e coordenadora do treinamento de imersão em Social Media Para Profissionais da Saúde, Dra. Bruna Conde, destaca que as redes sociais oferecem uma série de benefícios para os profissionais de saúde hoje em dia e cita cinco principais motivos pelos quais esses profissionais devem estar presente nas redes sociais:

 

1. Aumento do faturamento: Ao utilizar as redes sociais, você terá a oportunidade de atrair mais clientes e pacientes, o que pode resultar em um aumento significativo no seu faturamento. A visibilidade proporcionada pelas redes sociais permite que mais pessoas conheçam seus serviços e procurem por você.

 

2. Novas oportunidades de negócios: Estar nas redes sociais pode abrir portas para novas oportunidades profissionais. Você pode ser convidado para palestrar, se tornar uma referência na sua área de atuação e até mesmo oferecer cursos e workshops. Além disso, o networking nas redes sociais pode levar a parcerias e colaborações com outros profissionais.

 

3. Relacionamento com pacientes: As redes sociais oferecem uma plataforma para se conectar e se relacionar com seus pacientes. Ao compartilhar conteúdo relevante e se expressar de forma autêntica, você pode estabelecer uma conexão mais profunda com as pessoas. Isso leva a um melhor diálogo e fidelização dos pacientes, que passam a confiar em você não apenas como profissional, mas também como pessoa.

 

4. Alcance global: Por meio das redes sociais, você pode alcançar pessoas em qualquer lugar do mundo. Isso significa que suas palavras e conhecimentos na área da saúde podem ajudar e impactar indivíduos além das fronteiras físicas. Isso significa que você tem a oportunidade de compartilhar informações relevantes sobre saúde e bem-estar com um número significativo de pessoas, levando a uma conscientização mais ampla e a uma possível mudança de comportamento.

5. Troca de ideias: As redes sociais proporcionam um ambiente de compartilhamento e interação, onde você pode trocar ideias e experiências com outros profissionais e até mesmo com o público em geral. Essa troca de conhecimentos é enriquecedora e contribui para o seu próprio crescimento profissional.

Mantenha-se Atualizado nas Tendências 


A Dra. Bruna Conde comenta que as redes sociais são uma fonte valiosa de informações atualizadas sobre as tendências e avanços na área da saúde. Ao seguir influenciadores e organizações relevantes, você fica por dentro das últimas pesquisas, tratamentos e práticas inovadoras. Isso permite que você ofereça o melhor cuidado possível aos seus pacientes e se mantenha atualizado em um campo em constante evolução.

 

Aproveite o Poder do Engajamento  

“As redes sociais são alimentadas pelo engajamento. Compartilhe conteúdo interessante e envolvente para incentivar a interação e o compartilhamento. Use recursos visuais atrativos, como vídeos e infográficos, para transmitir informações de forma mais impactante. Ao criar um ambiente interativo, você incentiva o público a se envolver e compartilhar sua mensagem com os outros”. Indica Bruna Conde. 

As redes sociais fornecem uma variedade de métricas e ferramentas de análise para ajudar você a monitorar e avaliar o desempenho de suas atividades online. Acompanhe o alcance, o engajamento e as conversões para entender o impacto de suas estratégias. Ajuste suas abordagens com base nos dados coletados para obter resultados ainda melhores. 

Ao aproveitar ao máximo a presença nas redes sociais, os profissionais de saúde podem estabelecer uma reputação online sólida, alcançar um público mais amplo, educar e capacitar o público e construir relacionamentos de confiança para otimizar suas estratégias e obter o máximo impacto e resultados. 

“Portanto, não deixe de investir na sua presença online e explorar todas as oportunidades oferecidas pelas redes sociais. Ao fazer isso, você estará na vanguarda da revolução digital na área da saúde, alcançando e cativando seu público-alvo de forma efetiva, fornecendo informações relevantes e impactantes para a vida do seu público”. Conclui a Dra. Bruna Conde.


Como recrutar uma equipe diversa?

Nos últimos anos, ficou nítido como a diversidade e inclusão se tornou um tema cada vez mais presente nas empresas e, ao mesmo tempo, um elemento extra desafiador. Afinal, construir times diversos vai muito além do que um discurso bonito, e depende de uma verdadeira compreensão do porquê estão buscando essa pluralidade interna para que os benefícios de contratar estes talentos consigam ser sentidos, em prol do destaque corporativo.

Segundo dados divulgados pelo estudo “Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil”, 81% das empresas dedicam um orçamento apenas para ações de diversidade e inclusão. Há uma clara consciência do mercado da importância desta pauta, construindo um ambiente de trabalho rico e diverso em termos de costumes, culturas, religiões, etnias etc. Mas, em muitos casos, acabam se tornando apenas ideais que não conseguem ser, de fato, incorporados na cultura organizacional.

Por se tratar de um tema fortemente valorizado pela sociedade, muitas empresas acabam adotando esta pluralidade apenas para se mostrarem como negócios diversos, sem que, de fato, acreditem na importância desta causa. Esse é o tipo clássico de mentalidade que, com certeza, trará muitos empecilhos para que a diversidade seja realmente vista em seu ambiente corporativo e sentida pelos times, o que, inevitavelmente, irá gerar problemas de alta rotatividade, dificuldade de integração e perdas constantes de talentos.

Enquanto isso, aquelas que acreditam na essencialidade da diversidade e inclusão em seu negócio conseguem tangibilizar os enormes ganhos que este ciclo virtuoso gera para todos os envolvidos. Na prática, essa abrangência interna irá se converter em resultados muito mais evidentes, uma vez que criará um espaço propenso para a exposição de diferentes opiniões e visões sobre um mesmo tema e, com isso, elevar a capacidade de transformação de ideias que gerem valor ao negócio.

Ter um ambiente profissional que estimule essa união e não reprima qualquer tentativa faz muita diferença para a vinda de propostas criativas que alavanquem a empresa em seu segmento, o que fortalecerá o senso de união e engajamento entre as equipes e, com isso, sua satisfação em integrar uma comunidade profissional que lute em prol desta colaboração. Mas, a única forma de conquistar esse feito, é através da compreensão do motivo pelo qual a companhia iniciará essa jornada.

O entendimento das possíveis respostas é muito claro. Se a razão de adotar times diversos for por mero acompanhamento de uma tendência nítida de mercado, dificilmente a empresa conseguirá se mostrar como uma verdadeira marca preocupada com esse ideal, assim como notar os benefícios que essas equipes trazem. Mas, caso iniciem essa trilha por compreenderem sua importância e valores, as chances de se destacarem perante essa pluralidade serão potencializadas.

Nas companhias que se enquadrarem na segunda opção, é importante ter em mente que uma verdadeira cultura pautada na diversidade e inclusão deve ser construída de cima. É fundamental que haja uma liderança comprometida com essa causa, orientando os times a desenvolverem esse olhar de forma natural e, com isso, contribuir para que esses profissionais sejam muito bem recebidos na empresa e integrados com a rotina de seus departamentos.

Ainda, com o apoio de uma consultoria especializada nesse tema, se tornará muito mais assertivo construir este ambiente diverso e inclusivo desde no processo seletivo, uma vez que estes especialistas participarão de forma ativa no recrutamento destes talentos a fim de vincular essas questões às habilidades técnicas demandadas pela vaga em questão. Quanto mais clara for essa comunicação e incentivo internamente, o ganho em desenvolvimento de consciência e crescimento da empresa, certamente, serão promissores.

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


Dia das Crianças impulsiona venda de brinquedos no mês de outubro

Pexels

Dados da Circana apontam que o período representou 16% das vendas em 2022

 

Uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro, o Dia das Crianças movimenta o comércio desde 1924, sendo um impulsionador direto para a indústria de brinquedos. Segundo dados da Circana - empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo – em 2022 o mês de outubro representou 16% das vendas de todo o ano e registrou um crescimento de 11% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Segundo Ana Claudia Weber, Diretora de Client Development, da Circana, o Brasil apresenta um comportamento social de comprar presentes prestes às datas comemorativas e no Dia das Crianças não é diferente. “Os dados da indústria de brinquedos nos mostram essa tendência. Em 2022 o mercado registrou um crescimento de 8.3% nas duas primeiras semanas de outubro, em relação ao mesmo período de 2021”, afirma.

O levantamento da Circana aponta que em 2022, as figurinhas da Copa tiveram grande influência no crescimento da categoria de brinquedos, já que foram lançadas em agosto. Além delas, bonecas, carrinhos e brinquedos externos e esportivos (principalmente veículos grandes, operados a bateria) foram as categorias que mais impulsionaram o crescimento do mercado. Sem considerar as figurinhas, a categoria de brinquedos cresceu 8% no ano passado e as propriedades que mais cresceram foram Hot Wheels, Jurassic Park, Marvel Universe, Mercedes-Benz e Polly Pocket.

Ainda sem contar a venda das figurinhas, as lojas especializadas em brinquedos não demonstraram grande crescimento nas vendas em outubro de 2022, se comparado com 2021. O canal generalista, lojas que vendem mais de uma categoria, foi o responsável por impulsionar o crescimento do mercado no ano passado e o canal físico representou 82% do crescimento do mercado. Os dados mostram ainda que o e-commerce vem ganhando relevância no mês de outubro, registrando 11% das vendas nesse mês de 2022. Em 2019 esse canal representava 4% das vendas.

Ainda de acordo com os dados da Circana, o mercado de produtos licenciados vem ganhando relevância no mês de outubro ano a ano. Ele registrou 28% das vendas de outubro de 2022, enquanto em 2019 era responsável por 23% das vendas. As categorias com melhor desempenho no e-commerce no mês das crianças no ano passado foram blocos de montar e brinquedos externos e esportivos. 



Circana
www.circana.com


Branding x performance: o que é mais importante para o crescimento da empresa?


Qual a melhor estratégia para alavancar sua empresa frente aos concorrentes? Muitos defendem, fielmente, as ações de branding, para alinhar os valores da marca e fortalecer a relação com os clientes. Outros, não renunciam as campanhas de performance, uma vez que costumam trazer um retorno mais rápido e impulsionar voos altíssimos do negócio. Ambas são, de fato, bastante positivas para o marketing de toda empresa – mas, é preciso analisar alguns pontos importantes para identificar qual o melhor momento de investir em cada delas.

Em uma definição mais objetiva, as campanhas de branding são intangíveis e ajudam a fortalecer a marca com o tempo. São processos contínuos que não podem ser pausados, capazes de fortalecer o posicionamento da empresa frente a seus consumidores. Quando bem implementado, cria conexões profundas com o público-alvo e desperta sensações conscientes e inconscientes nele, de forma que busque sempre sua marca ao desejar comprar o produto ou serviço ofertado.

Segundo pesquisa realizada pela Ana Couto Branding, 67% dos consumidores estão dispostos a comprar um produto de uma marca que se conecte com eles a partir de um propósito comum, o que torna o branding uma ação extremamente valiosa, mas, ao mesmo tempo, mais demorada para ser construída e permeada no mercado.

Enquanto isso, aquelas que buscam resultados mais rápidos, direcionam seus investimentos às campanhas de performance. O termo, que ganhou destaque com o avanço da globalização, abrange ações de marketing digital como Meta Ads e Google Ads, e está diretamente ligado à conquista de resultados em um curto espaço de tempo.

Muitas empresas novas que estão iniciando sua jornada de crescimento costumam priorizar esta segunda opção, como forma de obterem um crescimento mais rápido e necessário para construir sua presença no segmento. Por mais que seja realmente uma estratégia válida e importante perante este objetivo, chegará um momento em que a campanha de performance atingirá seu status quo, e demandará dos investimentos conjuntos em branding para que a empresa mantenha este patamar de destaque.

Identificar este timing é completamente subjetivo, e será diferente conforme cada negócio. Não há como estabelecer uma única regra ou momento ideal, mas, em algum momento, todo negócio precisará encontrar um ponto de equilíbrio entre essas estratégias – uma vez que ambos os conceitos estão interligados como yin e yang, podendo contribuir significativamente para um aumento de vendas do empreendimento.

 Uma empresa que entende o panorama geral de seu segmento e sabe a hora certa de apostar no branding e na performance terá grandes retornos nesses investimentos. Porém, aquelas que não compreenderem a importância destes conceitos, não priorizarem verbas adequadas para ambas, não disporem de um departamento de marketing dedicado a essa tarefa e, principalmente, falharem em disseminar essa essencialidade em sua cultura, dificilmente conseguirão consagrar o nome da marca no mercado.

Obter sucesso na união dessas campanhas envolve muita pesquisa de mercado e imersão para entendimento da marca e de seus valores. E, em se tratando do branding, cada empresa terá seu próprio modelo e custos variáveis a partir disso. Já o trabalho de performance, por sua vez, pode ser mais difícil de ser implementado, principalmente pelas informações em massa que muitos “especialistas” compartilham nas redes sociais. Muitos deles ensinam que ganhar dinheiro aprendendo Meta Ads ou Google Ads é fácil – o que não é o caso – e, consequentemente, saturaram o mercado com profissionais ruins.

Pode parecer um cenário desestimulante, mas a verdade é que é possível conquistar excelentes resultados com estas campanhas se, acima de tudo, as empresas tiverem um entendimento claro do que cada uma faz e como funcionam. Com isso, estes termos devem ser permeados na cultura da empresa, para que as pessoas que trabalham nela estejam alinhados com o marketing e os motivos pelos quais essas estratégias serão seguidas.

Tanto o branding quanto a performance são fundamentais para alavancar os negócios em seus segmentos, e devem caminhar juntos nessa trajetória de destaque. O momento certo de investir nelas irá variar conforme cada objetivo e empresa, o que exigirá muito planejamento e organização para que estas campanhas consigam complementar uma a outra e, dessa forma, destravar o diferencial competitivo da empresa.

 


Renan Cardarello - CEO da iOBEE, ecossistema de soluções em marketing digital.


iOBEE
https://www.iobee.com.br/


De técnico de futebol e de louco...

Quem acompanha essa coluna deve ter notado que, se eu pudesse, escreveria sobre futebol toda semana. Faço parte dos duzentos milhões de técnicos de futebol do país. Como tenho autocrítica e essa não é uma página esportiva, guardo as minhas metáforas futebolísticas para momentos específicos, como quando perdemos a Copa do Mundo ou algo significativo ocorre. Como o São Paulo foi campeão da Copa do Brasil, algo muito significativo ocorreu, então, me perdoem, leitora e leitor dessas mal tecladas linhas. Até porque técnico de futebol tem algo de psiquiatra, e vice-versa.

Sou de uma família de descendente de italianos, dos dois lados. Virei são-paulino nos anos setenta, aprendi a ler antes de todos, lendo a página de esportes do jornal. Virei são-paulino quando o Palmeiras ganhava tudo, no tempo da Academia: um time inesquecível, que lembro de cabeça e que estragava meus Domingos. Veja como o amor pelo tricolor foi forte e acima de modinhas ou glórias passageiras.

Todos os clubes têm nos jogadores o seu panteão de ídolos e heróis. O maior ídolo do São Paulo é um técnico: Telê Santana. A maior decepção de minha vida no futebol ocorreu com um time do Telê Santana: a seleção brasileira de 1982. Todo dia 05 de Julho eu lembro. Uma seleção mágica, inovadora, moderna, que perdeu para um time quadradinho e com um centroavante em dia iluminado, Paolo Rossi. Telê Santana se redimiu uma década depois, guiando o São Paulo a vencer o mundial interclubes contra o Dream Team do Barcelona. Aquele time tinha um herói arquetípico, Raí, mas no papel, era um time muito inferior ao Barcelona. Telê nunca teve medo de nenhum time, e sempre fez o São Paulo jogar de igual para igual com todos eles. Deu projeção e títulos internacionais para um clube que se permitiu sonhar com Tóquio porque tinha um mestre segurando o manche e dizendo para onde ir. O São Paulo foi campeão da Copa do Brasil, o primeiro título relevante após onze anos. O que a torcida cantou: “Telê, Telê, olê, olê, olê, olê...”

Telê tinha algumas coisas de Steve Jobs: uma visão do jogo de uma maneira orgânica e integrada, uma visão de futuro que sempre fazia que acreditasse nas vitórias, contra qualquer um e um apego obsessivo aos detalhes e à perfeição que fazia trabalhar com ele algo próximo do Inferno e da exasperação. E, dentro de toda a sua chatice, conseguia fazer seus jogadores jogarem mais do que esperavam de si mesmos. O trabalho de um psiquiatra não é tão diferente disso. É muito importante uma visão clara do diagnóstico: o que está errado e o que se faz para consertar. É preciso compartilhar e transmitir a sua visão para os jogadores, quer dizer, os pacientes. E o tratamento deve infundir coragem e resiliência para enfrentar algumas das piores doenças que um paciente pode enfrentar, como uma Depressão grave, por exemplo.

Telê, e o São Paulo do Telê, pairam como um fantasma sobre a mente dos jogadores, técnicos e dirigentes do São Paulo. No ano passado, chegamos à final de uma Copa Sul Americana, contra um time equatoriano, o Independiente Del Vale, com um orçamento dez vezes menor. Perdemos e, pior, perdemos amarelando, coisa frequente no time assombrado por fantasmas do passado e a obrigação de ganhar.

Em 2023 ganhamos de um time bem melhor que o nosso, o Flamengo. Melhor no papel, porque, em campo, é um amontoado de jogadores sem unidade, sem o espírito de um time. Dorival Júnior, chamado por alguns de Dorival Santana, resgatou o orgulho e espírito de grupo de um time humilhado e desacreditado. Um diretor do Palmeiras comparou algumas contratações como “tralha”. O Palmeiras, para desgosto dos palestrinos de minha família, também caiu diante da “tralha” tricolor.

Nessa final, o time entrou desconcentrado e inseguro. Não deu cinco minutos e o Flamengo já tinha ficado cara a cara com o goleiro duas vezes. Velhos fantasmas começaram a frequentar a minha cabeça. O Flamengo abriu o placar. Pronto. Estamos lascados. Empatamos com um chutaço de fora da área. No intervalo, Dorival arrumou o time, que veio para ganhar no segundo tempo. Senhor do próprio medo. Quem ganha, não ganha ignorando o próprio medo. Quem ganha, o faz com o medo a tiracolo, fazendo a pessoa ficar mais atenta, mais esperta, atacando a bola como um prato de comida. Essa deve ter sido a mágica do Dorival: transformou o medo em foco, em vontade. Quando a pessoa finge ignorar o medo, ou finge que não tem medo, vai sentir as pernas tremendo quando menos se espera. O medo vem junto e, se possível, te deixa muito mais afiado diante do perigo. O medo é como um vampiro: só resiste no escuro. Quando a luz do sol bate nele, desaparece. E o sol é a consciência do medo e a vontade de não perder, antes de ganhar.

Foi assim que o São Paulo venceu o medo. E o Flamengo. E a torcida gritou o nome do Dorival.

  

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação younguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”

 

Programa oferece Bolsas de Pós-Doutorado em Israel para Brasileiros


O Instituto Weizmann de Ciências de Israel (WIS) está com inscrições abertas para três bolsas de pós-doutorado integrais para o programa Weizmann-IDOR Pioneer Science Fellowship Program, estabelecido pela Ciência Pioneira - Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). O prazo para candidaturas se encerra em 12 de dezembro de 2023.

 

As três bolsas de estudo oferecidas pelo programa têm duração de três anos e contemplam estudos no campus do WIS, localizado em Rehovot, Israel, onde o idioma predominante é o inglês.

 

Os bolsistas selecionados terão a oportunidade única de receber treinamento avançado e participar de atividades científicas conjuntas envolvendo tanto o WIS quanto o IDOR.

 

O programa, exclusivo para brasileiros, consiste em desenvolver projetos de pesquisa interdisciplinares nas áreas de matemática, física, química e biologia com interfaces com as  ciências da vida e da saúde.


 

Requisitos:


- Cidadania ou residência brasileira;

Comprovada excelência acadêmica;

- Titutalação PhD ou MD, emitida por instituição superior credenciada (obtida no máximo 4 anos antes da data da candidatura a esta bolsa); como alternativa será aceita uma declaração da instituição em questão confirmando que o candidato preenche os critérios da titulação em nível de doutorado; 

- Descrição de uma página de como o candidato imagina participar e/ou apoiar o desenvolvimento de pesquisa científica de fronteira no Brasil após a conclusão do treinamento no Instituto Weizmann de Ciências;

- Plano de pesquisa nas Ciências da Vida e da Saúde, ou nas interfaces entre Matemática, Ciência da Computação, Física, Química, Bioquímica e Biologia com as Ciências da Vida e da Saúde. Exemplos de áreas de interesse incluem, de forma não exclusiva: imunologia, imuno-oncologia, oncobiologia, medicina de transplantes, doenças infecciosas, doença inflamatória intestinal, distúrbios hepáticos, terapia celular e gênica, transtornos neuropsiquiátricos e/ou neurodegenerativos, neuroplasticidade e neurociência cognitiva, ciência de dados e cuidados de saúde. Propostas em outros temas de Ciências da Vida e da Saúde também são bem-vindas.


 

Por que escolher o Weizmann / IDOR Pioneer Science Fellows

 

Instituto Weizmann de Ciências é um dos principais institutos multidisciplinares do mundo, com uma cultura internacional vibrante. Após a conclusão do programa, os Fellows estarão especialmente capacitados a retornar ao Brasil e desenvolver suas carreiras científicas no IDOR ou em outras instituições, fortalecendo a ciência de alta qualidade no País. O IDOR planeja oferecer aos pesquisadores, em seu retorno, apoio financeiro e logístico para estruturarem seus grupos de pesquisa nas suas instalações, assim como apoiar viagens internacionais e organizar simpósios para cultivar as relações científicas construídas no exterior.

 

Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann de Ciências ocupa a oitava no Ranking Leiden no impacto da pesquisa e foi classificado em segundo lugar no Ranking da Nature indez em qualidade de pesquisa. É um dos principais institutos multidisciplinares do mundo, contando com mais de 5.400 cientistas,  técnicos de laboratórios e   estudantes. A instituição possui uma cultura internacional vibrante. Há mais de 70 anos reúne esforços que incluem a busca por novas formas de combater doenças e proteger o meio ambiente através do conhecimento e da inovação tecnológica.

 

O programa oferece oportunidades de carreira atrativas para pesquisadores que optem a voltar ao Brasil após sua formação, incentivando a pesquisa no IDOR ou em outras instituições nacionais parceiras, com suporte à infraestrutura e financiamento local para estimular pesquisas e colcaborações nacionais e internacionais.

 

Para obter informações adicionais e realizar a inscrição, acesse o link: http://amigosdoweizmann.org.br/stage/weizmann-idor-pioneer-science-fellowship-program/



Pesquisa revela gap salarial, renda e investimentos na área médica

Levantamento mostrou que renda dos médicos brasileiros aumentou 16%, mas mulheres ainda ganham menos da metade


A maioria dos médicos recuperou as condições salariais e de trabalho, prejudicadas pela pandemia de covid-19.  Porém, o que chamou atenção da pesquisa realizada pelo Medscape e divulgada recentemente, é que a desigualdade de gênero se aprofundou: mesmo desempenhando as mesmas tarefas, as mulheres continuam ganhando consideravelmente menos que os homens na medicina.

A pesquisa, realizada entre 17 de janeiro de 2022 a 14 de maio de 2023, contou com a participação de 1.711 médicas e médicos. Os resultados são baseados nas respostas de 1.204 médicos empregados em tempo integral. A análise destaca uma grande diferença salarial entre homens e mulheres na profissão. Em 2018, as médicas ganhavam em média 31,77% menos do que seus colegas. Em 2022, essa diferença aumentou para 51,64%.

Surpreendentemente, quase metade (48%) dos médicos entrevistados não recebe nenhum benefício trabalhista.  O dado lança luz sobre a situação atual da profissão médica, destacando a crescente precariedade das condições de trabalho.

" Em 2020, essa proporção era de 44%. Comparando o levantamento de 2020 com os dados obtidos em 2022, pelo menos oito benefícios tiveram uma queda de 3% ou mais no número de beneficiados entre os respondentes, tais como o seguro de vida, que era concedido a 13% dos respondentes em 2020, e agora abrange apenas 8% deles", comenta Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português.

Uma mudança notável na prestação de serviços médicos, é o uso crescente da teleconsulta. Atualmente, 64% dos médicos relatam oferecer teleconsulta, marcando uma revolução na maneira como os pacientes acessam cuidados médicos. No entanto, a adoção de outras tecnologias inovadoras, como smartwatches e dispositivos similares, ainda está aquém do seu potencial, com apenas 40% dos médicos incorporando essas ferramentas em suas práticas. Esta disparidade entre a adoção da teleconsulta e a implementação de outras tecnologias aponta para um cenário em evolução que pode trazer novos desafios e oportunidades para a medicina moderna.

As extensas jornadas de trabalho e as complexidades inerentes à negociação com operadoras de saúde surgem como os principais desafios enfrentados pelos médicos. A pesquisa também revela discrepâncias nas percepções de médicos e médicas sobre os prós e os contras da profissão. Detalhando as respostas, contribuir para um mundo melhor é considerado altamente gratificante por 25% das mulheres, enquanto apenas 15% dos homens partilham esta visão. Para 18% dos médicos do sexo masculino, a remuneração satisfatória e a capacidade de seguir suas paixões ocupam o centro das prioridades, em comparação com 13% das mulheres. No que diz respeito às dificuldades enfrentadas, a pesquisa identificou que 22% dos especialistas enfrentam obstáculos nas negociações com operadoras de saúde, um desafio que afeta aproximadamente 9% dos médicos generalistas. Essa questão também representa uma fonte de frustração para 29% dos entrevistados que atuam em consultórios e 18% dos que trabalham em ambientes hospitalares. As longas jornadas de trabalho são um peso adicional para 38% dos participantes.

A medicina continua a exercer um forte apelo para a maioria dos participantes da pesquisa, mesmo diante dos desafios e da redução na satisfação profissional. Surpreendentemente, quase 70% afirmaram que, se pudessem voltar atrás, escolheriam novamente a medicina como carreira, indicando um forte vínculo com a vocação médica. No entanto, é importante notar que a pesquisa, também, revela uma perspectiva ambivalente, pois 43% dos entrevistados não recomendariam a medicina como profissão aos filhos.  Esta tendência sinaliza que questões relevantes afetam a satisfação ou as perspectivas dos profissionais de saúde.

 

Dados da pesquisa

Foi realizado por um total de 1.711 médicos residentes no Medscape em português, 36% mulheres e 64% homens. Estudo completo pode ser encontrado no site https://portugues.medscape.com/slideshow/65000167

 

Unex oferece bolsas de estudo de até 100% no Vestibular Super Bolsa:veja como participar!

Inscrições até dia 06 de outubro e a prova dia 08 de outubro. Vagas limitadas

 

A graduação é um passo importante para quem busca um futuro de oportunidades. Com o objetivo de facilitar o acesso ao ensino superior, a Unex oferece bolsas com descontos de 50% até 100% através do Vestibular Super Bolsa. A iniciativa abrange todos os cursos de nível superior das unidades do Grupo Educacional, exceto Medicina.

 

O percentual das bolsas será disponibilizado de acordo com a pontuação do candidato e colocação no processo seletivo. Para concorrer a uma dessas bolsas, basta realizar sua inscrição gratuita para o vestibular até dia 06 de outubro, através do link: https://unif.tc/vestibularsuperbolsa.  

 

A prova será realizada de forma online no dia 08 de outubro, e as informações de acesso serão enviadas diretamente para o e-mail cadastrado pelo candidato. Para detalhes completos sobre regulamentações e outras informações, acesse o site.

 

SERVIÇO

Unex oferta bolsas de estudo de 50% a 100% no Vestibular Super Bolsa

Período de inscrição para o vestibular: até o dia 06/10

Data da prova online: 08/10

Inscrição gratuita:  https://unif.tc/vestibularsuperbolsa


CIEE recebe cadastro de estudantes na Estação Chácara Klabin da linha 5-Lilás

Nesta sexta-feira (29), estudantes que transitarem pela Estação Chácara Klabin da linha 5-Lilás terão a oportunidade de aumentar as chances de ingressar no mercado de trabalho. Por meio de uma parceria entre a ViaMobilidade e o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), adolescentes a partir de 14 anos poderão receber instruções sobre como elaborar currículos e realizar o cadastro para processos seletivos de vagas de estágio em diversas empresas. A ação acontece entre às 11h e 16h.

 

Serviço


Local: Estação Chácara Klabin


Data: 29 de setembro

Horário: 11h às 16h

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Vida com marca-passo: mitos e verdades

 Cardiologista, especialista em estimulação cardíaca, da BP fala sobre o funcionamento dos aparelhos cardíacos e os cuidados necessários para evitar danos e interferências.

 

No Brasil, mais de 300 mil pessoas utilizam marcapassos, com aproximadamente 50 mil novos dispositivos implantados a cada ano, de acordo com o Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores. Ao receber um marca-passo cardíaco, é comum surgirem dúvidas sobre a vida cotidiana, como atravessar detectores de metais ou usar o celular. “De fato, é preciso adotar alguns cuidados, mas é possível ter uma vida normal sem grandes implicações”, tranquiliza a cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do país, Cecília Monteiro Boya Barcellos, que é especialista em estimulação cardíaca eletrônica artificial. “Não é o uso do aparelho que define o que a pessoa pode ou não fazer no seu dia a dia e, sim, as condições clínicas de seu implante”, aponta. 

As versões mais utilizadas do marca-passo são compostas por eletrodos instalados no coração, interligados por fios a um gerador de pulsos afixado no peito, debaixo da pele. O dispositivo geralmente é colocado abaixo das clavículas, por isso a médica recomenda não praticar atividades físicas que demandem muita carga nos músculos do peitoral, como musculação, crossfit, escalada e rapel, para evitar danos nos eletrodos. “No entanto, um profissional pode orientar a prática segura da maioria dos esportes”, diz a especialista. Pancadas no peito raramente provocam danos aos geradores de pulsos, que são feitos de titânio, mas a pressão que o incidente exerce pode provocar traumas e hematomas, potencialmente levando a infecções. Por isso, deve-se evitar praticar esportes de contato, ou fazê-los utilizando uma proteção sobre o gerador. 

A cardiologista da BP esclarece que o forno de micro-ondas e outros utensílios domésticos, como o controle remoto e vídeo games, podem ser usados tranquilamente, pois não interferem no funcionamento do dispositivo cardíaco. Os detectores de metal em agências bancárias são seguros, mas a médica ressalta que o metal presente no marca-passo pode acionar os sistemas de travamento, então é importante avisar os responsáveis para não ficar preso nas portas. Com a evolução dos smartphones, os riscos relacionados ao seu uso deixaram de existir; Cecília recomenda apenas usar o celular na contralateral de onde o dispositivo está implantado, para garantir uma distância mínima de 10 centímetros. Os exames de tomografia e mamografia, que utilizam feixes de raios-x, também não oferecem perigo. 

Embora a maioria dos dispositivos seja compatível com ressonância magnética, a avaliação de um especialista é crucial para programar adequadamente o exame. Uma das contraindicações que Cecília faz é com relação aos imãs e grandes campos magnéticos, que podem provocar interferências nos dispositivos. Por isso, ela alerta que o portador não fique próximo de grandes caixas de som, como as utilizadas em shows e eventos públicos, por exemplo. Além disso, a médica aconselha quem trabalha com solda ou faz uso esporádico, redobrar atenção e os cuidados, pois a soldagem pode provocar interferências no funcionamento do marca-passo, embora raramente cause danos permanentes.
 

Para quem é indicado 

Dispositivos como o marca-passo, cardiodesfibriladores e ressincronizadores são recomendados para tratar quadros cardiológicos relacionados às arritmias, alterações no ritmo das batidas do coração. Esses equipamentos controlam a braquicardia, que ocorre quando o intervalo de batidas é mais lento que 50 por minutos, e a taquicardia, quando a frequência é mais rápida que 100 batidas. Atualmente, existem novas tecnologias nas quais o marca-passo é um sistema único implantado dentro do coração, sem fios, indicado especialmente aos pacientes com restrições à eletrodos. As versões mais modernas permitem ainda que as informações contidas no gerador do dispositivo sejam transmitidas para celulares, permitindo monitoramento remoto pelo médico. O menor marca-passo do mundo, inclusive, foi implantado pela primeira vez na BP em 2021. 

O marca-passo é utilizado em pacientes com braquicardia e pode ser implantado em qualquer fase da vida, inclusive em crianças ou bebês que nascem com bloqueio atrioventricular congênito. Já os cardiodesfibriladores são indicados para pacientes com arritmias ventriculares graves que já tiveram parada cardíaca ou têm grandes chances de sofrê-la. O aparelho emite um choque interno para reverter a arritmia. Por fim, os ressincronizadores são destinados a um quadro específico de insuficiência cardíaca, associada a um tipo específico de bloqueio cardíaco. 

Todos esses tipos de dispositivos demandam avaliação periódica por cardiologista especializado para verificar a duração da bateria, a integridade dos eletrodos, e realizar uma programação adequada a cada paciente na dependência de sua doença (ou patologia). Em média, esses aparelhos duram de 7 a 10 anos, na dependência de quanto e como estão sendo utilizados pelo coração. Os equipamentos, que são chamados programadores, informam quando o momento da troca está se aproximando para que esse procedimento ocorra da forma mais segura possível. Na consulta, o especialista também pode efetuar vários tipos de programação nos dispositivos, estabelecendo os ritmos da frequência cardíaca para diferentes circunstâncias, incluindo programação para o dia ou noite, para atividades físicas etc. No caso dos cardiodesfibriladores, é possível programar para cada faixa de frequência um tipo específico de ação terapêutica


BP –Beneficência Portuguesa de São Paulo

 

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