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terça-feira, 25 de abril de 2023

Última semana de abril: ainda é tempo de reforçar a atenção ao câncer de testículo

Abril recebe o laço lilás como forma de alertar para esse tipo de tumor raro, que pode ser fatal ou deixar sequelas graves se negligenciado

 

Um tumor raro, mas que apresenta grandes chances de cura quando diagnosticado precocemente. Não é à toa que o câncer de testículo é considerado por muitos um tumor “bonzinho”. No entanto, é preciso ter atenção aos sintomas que podem identificar a doença, que pode matar ou deixar sequelas para a vida toda, se não for tratado corretamente desde o início.  O câncer de testículo representa cerca de 5% de todos os casos de cânceres em homens e se apresenta de diferentes formas: seminoma, carcinoma embrionário, teratoma, tumor de saco vitelino. Esse tipo de tumor é mais comum em homens jovens, entre os 20 e 30 anos. E, nessa faixa etária, outras doenças benignas, como inflamações ou torções de testículo são muito mais comuns. 

Os sintomas podem ser muito vagos, leves e de progressão lenta, o que pode atrasar o diagnóstico, como explica o oncologista Vinícius Conceição. “Podem começar com um pequeno incômodo em um dos testículos, aumento de tamanho e volume, sensação de peso. A dor, geralmente, não é muito comum e, quando acontece, costuma ser de fraca a moderada intensidade”, reforça o médico.

Os cânceres de testículo não são tumores preveníveis, por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Exames de imagem, como ultrassom da bolsa escrotal e exames de sangue, que podem mostrar aumento de proteínas que são produzidas por células tumorais, são algumas das formas de identificação do tumor, mas o diagnóstico definitivo é dado pela análise direta do testículo doente pelo patologista, após cirurgia. “Outros tratamentos podem ser necessários, em alguns casos, como quimioterapia e radioterapia, principalmente se o tumor já tiver se espalhado para outros órgãos”, explica o oncologista. 

Embora as chances de cura sejam altas, o tratamento, muitas vezes feito por quimioterapia, pode trazer sequelas como a infertilidade. Em alguns casos, o tratamento está associado à necessidade da retirada de um dos testículos. “Por isso, os pacientes precisam ser sempre orientados sobre esses riscos e, quando desejarem, fazer o congelamento de espermatozoides, para uma possível fertilização in vitro no futuro, já que a população mais atingida é a de homens na faixa dos 20 e 30 anos, que ainda não tiveram filhos”, explica o oncologista Vinícius Conceição.

O mês de abril é reconhecido como o Abril Lilás, para a conscientização do câncer de testículo. Sendo assim, é importante reforçar os cuidados com a saúde dos homens desde a puberdade. Visitas ao hebiatra, médico que trata da saúde dos adolescentes, acompanhadas de exames de rotina são sempre bem-vindas.   


Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br



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