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domingo, 26 de março de 2023

Psicóloga une arte, escrita e educação, para facilitar a vida de crianças, adolescente e adultos

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, mediação de conflitos e arteterapia, e com forte pendor para a escrita, Cecília Rocha aplica todos os seus conhecimentos para tornar menos tortuosa a vida de seus pacientes


“Essa menina não fala nada, mas presta uma atenção”, comentava o avô de Cecília Rocha sempre que a menina adentrava ao recinto, sem falar nada, mas com os olhos atentos de quem não quer perder nenhum detalhe. Este comportamento detectado pelo patriarca da família rendeu à menina Ciça o apelido de “corujinha”. E, de fato, reconhece hoje, seu avô tinha razão. “Eu sempre fui uma menina quieta e observadora”, diz. E tais características, segundo ela, foram preponderantes para que se tornasse psicóloga, com especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Mediação de Conflito e arteterapeuta.

Foi essencial também para que ela abraçasse sua profissão de psicóloga o fato de que não gostava de ser assim quando criança. “Eu demorei muito para aceitar que esta era minha natureza”, diz Cecília E isso, de acordo com ela, talvez tenha tornado seu caminho mais complicado. Hoje, aos 45 anos, casada e mãe de dois filhos e um enteado, com toda a “bagagem” acumulada, Cecília acredita que tudo poderia ter sido mais fácil caso tivesse mais conhecimento, recursos emocionais e intimidade com a natureza humana. “Assim, minha maior motivação e o objetivo hoje em dia é proporcionar caminhos mais fáceis para as pessoas”, diz.

Uma das formas encontradas para isso foi através da escrita, uma paixão antiga que andava escondida, mas que foi aflorada através da terapia e que culminou em um livro infantil de sua autoria, intitulado “A casa de Pedro”, cujo objetivo é ensinar as crianças (e aos pais) a entender e acolher todas as emoções, mesmo aquelas desagradáveis de sentir, para levar uma vida mais leve e tranquila.

Justamente por ser reticente à personalidade mais voltada para o mundo interior, a psicóloga e arteterapeuta trilhou um caminho tortuoso até compreender sua verdadeira missão. Findado o ensino médio, no momento de escolher qual curso prestar no vestibular, Ciça ficou em dúvida entre marketing e psicologia, mas acabou preferindo a primeira opção em relação à segunda. Cursou a faculdade, formou-se e durante muitos anos trabalhou nesta área.

“Mas a vida prega peças e lentamente fui migrando para área de Recursos Humanos (RH), mais especificamente para atuar com treinamento e seleção de pessoas. Meu destino era mesmo a psicologia”, enfatiza. Com o objetivo de melhor capacitá-la para cumprir esta função, a empresa onde Cecília trabalhava arcou com os custos de uma faculdade de psicologia. “Eu uni o útil ao agradável e me formei psicóloga”, relata.

Durante dois anos, Cecília dividiu-se entre o trabalho no RH de uma empresa e atendimentos em sua clínica particular. Em 2012, logo após dar à luz ao seu primeiro filho, resolveu se dedicar integralmente ao atendimento. Neste intervalo, especializou-se em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Posteriormente, a fim de equilibrar seus conhecimentos profissionais, Cecília buscou especialização em arteterapia.

Ao começar a atender muitas crianças e adolescentes em sua clínica, outra especialidade entrou no caminho de Cecília: a mediação de conflitos. “Quando tratamos esse tipo de paciente necessariamente precisamos envolver a família no processo terapêutico. Esse envolvimento é em sua essência muito conflituoso”, afirma. A psicóloga explica que as crianças e os adolescentes chegam em sua clínica inseridos em um sistema familiar que pode ser conflituoso e em alguns casos reforçar problemas emocionais. “Assim eu necessito promover algumas mudanças no ambiente e a mediação de conflitos é de grande ajuda para trazer de volta a harmonia familiar”, diz.

Há alguns anos, quando foi atendida por uma arteterapeuta – encontro, aliás, que a fez assimilar essa especialidade ao seu trabalho – Cecília recordou como gostava de escrever em sua tenra infância e adolescência. “Eu escrevia peças de teatro quando era pequena e era recrutada por minhas amigas para elaborar cartas de amor aos seus namorados. Era uma atividade prazerosa, mas que foi se perdendo com o tempo”, relata.  Com a arteterapia, esta paixão foi despertada novamente.

“O que eu posso fazer, unindo a psicologia, a escrita e a educação, para facilitar as pessoas em seu caminhar pela vida?”, indagou Cecília após essa redescoberta. A resposta veio em formato de cursos, livros e materiais com o intuito de viabilizar recursos que ajudem as pessoas em suas jornadas. O livro infantil “A casa de Pedro”, é um desses frutos. Agora, além de atender crianças, adolescentes, adultos e famílias, Cecília se considera uma escritora, cujo intuito é ajudar as pessoas por meio de suas histórias.

 

Cecília Rocha – Psicóloga; Especialista em TCC (terapia cognitiva comportamental) pela FMUSP; Arteterapeuta; Mediadora de conflitos. 

 


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