Insetos
pequenos, sem asas e que se alimentam de sangue, essas são as características
do parasita Pediculus humanus, o piolho. A contaminação ocorre pelo contato
direto ou pelo uso de bonés, chapéus, escovas de cabelo, pentes ou roupas de
pessoas contaminadas.Foto: reprodução
Dentre os sintomas, os principais são: intensa coceira no couro cabeludo,
principalmente na parte de trás da cabeça, podendo chegar ao pescoço e tronco;
também podem surgir pontos avermelhados como picadas de mosquito; presença do
parasita (piolho) e de seus ovos (lêndeas), que aparecem como pequenos pontos
esbranquiçados grudados aos fios de cabelo.
O dermatologista Gustavo Martins, reforçou a questão da prevenção a Pediculose,
que é o nome científico da infestação por piolhos.
“Para prevenir, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas,
acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato
direto com pessoas infectadas pelo parasita”, iniciou.
Ainds conforme o especialista, as crianças são, com frequência, as mais
infectadas principalmente na escola. “Por isso o recomendado é que sejam sempre
examinadas e que passem o pente fino para evitar que a infestação se propague;
as que usam cabelos compridos devem prendê-los para ir à escola”, disse.
Ainda conforme Gustavo, é fundamental também que a escola seja comunicada
sempre que alguma criança apresentar o problema. Dessa forma, todos que por
ventura estejam contaminados podem ser tratados ao mesmo tempo e o ciclo de
recontaminação é interrompido.
“Sobre tratamento, o principal é a lavagem dos cabelos com shampoos e aplicação
de loções específicas para pediculose. Em alguns casos pode ser necessária a
medicação oral, prescrita por um médico dermatologista. Ainda a remoção total
dos piolhos e lêndeas com pente fino ou manualmente, um por um, pois os
medicamentos não matam os ovos do parasita”, alertou.
Martins explica por fim que é importante que todos que convivam com a pessoa
acometida pela pediculose sejam examinados e se necessário tratados, para
evitar a reinfestação. “O corte dos cabelos, ao contrário do que se pensou por
muito tempo, não é necessário”, finalizou.
Dr. Gustavo Martins - médico
graduado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS. É dermatologista e
cirurgião dermatológico com titulação pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
e Associação Médica Brasileira. Há 12 anos atua na área de tricologia e transplante
capilar, sendo um dos primeiros brasileiros a realizar a técnica FUE, na qual
são retirados unidades foliculares. Possui mais de mil pacientes operados, com
vasta experiência no ramo. Palestrou nos maiores congressos nacionais e
internacionais sobre transplante capilar e tricologia. Possui dezenas de
artigos científicos publicados em revistas renomadas.
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