Uma das principais atratividades do sistema é
sua relação custo benefício. Numa comparação com os silos metálicos estáticos
redução de custos pode chegar até 53%, dependendo do tipo de cultura
R$
15 bilhões, este é o valor que o Brasil deveria investir anualmente para
impedir o crescimento do déficit de armazenagem de grãos, que só para este
ciclo de 2022/23, está estimado em 117 milhões de toneladas. Os números são da
Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos, departamento da
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Mas o
governo federal, por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns
(PCA), disponibilizou somente R$ 5,13 bilhões para a safra atual.
Mesmo
ocupando o quarto lugar no mundo na produção de grãos, no Brasil a falta de
infraestrutura de armazenagem é um problema crônico do nosso agro. Estudo do
ano de 2021, da consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, revela que
só 14% das fazendas brasileiras têm armazéns de concretos ou silos metálicos,
justamente pelo alto custo para se construir essas estruturas.
Essa
ausência de uma infraestrutura de armazenamento obriga uma boa parte dos
produtores brasileiros a venderem sua produção a preços mais baixos, diminuindo
assim a lucratividade na safra. Como uma forma mais barata e ao mesmo tempo
eficiente para contornar esse problema, pequenos e médios produtores têm
recorrido aos silos-bolsas, ou silo bag, como também é chamado esse sistema de
silagem que é composto basicamente por de grandes tubos flexíveis de
polietileno.
“Esse
método de armazenagem, tem ganhado força entre os produtos, principalmente pelo
bom custo benefício tanto para grandes produtores que estão com excesso de
produção quanto para os pequenos e médios produtores que querem armazenar por
um período curto de tempo”, explica o gerente corporativo de Peças da Pivot
Máquinas Agrícolas e Sistemas de Irrigação - João Mendanha.
O
gerente corporativo cita outro problema frequente enfrentado pelos produtores
brasileiros que é a dificuldade de planejar a logística do transporte da safra,
já que a grande maioria das fazendas depende de uma frota terceirizada para
isso. “Muitas vezes a empresa que faz esse transporte não tem um caminhão
disponível para buscar os grãos na propriedade no período de colheita, isso
obriga o produtor a vender por um preço mais baixo, porque ao não ter como armazenar
a produção, ela será perdida. Com o silo-bolsa, o produtor pode armazenar sua
produção até conseguir organizar a demanda logística do transporte, ou
simplesmente guardar os grãos até o momento em que as commodities irão estar
num preço melhor”, esclarece Mendanha.
Custo benefício
O
gerente corporativo da Pivot cita como uma das principais atratividades do
armazenamento por meio do silo-bolsa a sua boa relação custo benefício. “Numa
comparação com os silos metálicos estáticos, que são bastantes usados no
Brasil, você tem uma redução nos custos totais, de implantação e operação, que
chega até 53%, no caso da soja, e até 60% no armazenamento do milho”,
detalha João Mendanha.
Outra
vantagem apontada pelo gerente é a possibilidade de setorização da produção.
Seja pelo seu formato, composição e variedades de tamanho, o silo-bolsa é um
sistema de armazenamento móvel por meio do qual o produtor pode separar sua
produção de acordo com o tipo de grão. “Desse modo, podem ser divididos os
grãos, de acordo com as datas de colheita, ou ainda, separar a produção levando
em consideração as áreas de onde foram colhidas”, explica.
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