Oncologista explica quais os sintomas, diagnóstico e tratamento
Com aspectos que provocam susto e certa agonia, o Teratoma tem sido assunto desde que a influenciadora Drielly Arruda descreveu, no Tik Tok, as características desse tumor recém-descoberto em seu organismo.
A
oncologista e professora do curso de Medicina da Unime, Lygia Accioly Tinoco,
conta que o teratoma é um tumor formado por células germinativas. “Essas
células são precursoras de diferentes tipos de tecido e órgãos do nosso corpo;
sendo assim comum que sejam encontrados cabelos, pele, dentes, unhas e até
dedos, dependendo do tipo de células presentes”, destaca.
Mais
frequente nos ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, se
desenvolvem desde o nascimento sendo causado por uma mutação genética que
acontece durante a formação do bebê. De forma geral são assintomáticos e de
crescimento bastante lento, sendo em sua maioria, identificados na infância ou
já na idade adulta, sendo a faixa etária mais comum dos 10 aos 30 anos, o
diagnóstico por vezes é feito com exames realizados de rotina, como tomografia
computadorizada, ultrassom ou raio X.
A
especialista adverte que quando o teratoma está muito desenvolvido pode causar
aumento do volume abdominal, ou da região escrotal, dores constantes ou
sensação de pressão. Em alguns casos, quando o teratoma cresce muito lentamente,
o médico pode optar por manter apenas observação do tumor. “Nesses casos, é
necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar a evolução do
tumor”, alerta. Caso haja aumento progressivo de tamanho, é recomendada a
realização de cirurgia seguida da avaliação histopatológica do material
retirado para verificar se não há presença de células malignas. Caso o teratoma
seja maligno, poderá existir a necessidade de se complementar o tratamento
cirúrgico com quimioterapia ou radioterapia com o intuito de diminuir a taxa de
recidiva, levando a uma maior chance de cura da doença.
Em
algumas situações, o tumor pode ser identificado no ultrassom pré-natal e, para
o diagnóstico, é necessário fazer biópsia, hemograma completo e exames de
sangue adicionais, além de diferentes estudos de imagem, como tomografia
computadorizada, ressonância magnética, raio X e ultrassonografia. Embora seja
uma alteração genética, o teratoma não é hereditário e, por isso, não passa de
pais para filhos.
Kroton
Med
União
Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura (Unime)
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