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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Teratoma; o tumor formado com dentes, unha e cabelos

Oncologista explica quais os sintomas, diagnóstico e tratamento

 

Com aspectos que provocam susto e certa agonia, o Teratoma tem sido assunto desde que a influenciadora Drielly Arruda descreveu, no Tik Tok, as características desse tumor recém-descoberto em seu organismo. 

A oncologista e professora do curso de Medicina da Unime, Lygia Accioly Tinoco, conta que o teratoma é um tumor formado por células germinativas. “Essas células são precursoras de diferentes tipos de tecido e órgãos do nosso corpo; sendo assim comum que sejam encontrados cabelos, pele, dentes, unhas e até dedos, dependendo do tipo de células presentes”, destaca. 

Mais frequente nos ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, se desenvolvem desde o nascimento sendo causado por uma mutação genética que acontece durante a formação do bebê. De forma geral são assintomáticos e de crescimento bastante lento, sendo em sua maioria, identificados na infância ou já na idade adulta, sendo a faixa etária mais comum dos 10 aos 30 anos, o diagnóstico por vezes é feito com exames realizados de rotina, como tomografia computadorizada, ultrassom ou raio X. 

A especialista adverte que quando o teratoma está muito desenvolvido pode causar aumento do volume abdominal, ou da região escrotal, dores constantes ou sensação de pressão. Em alguns casos, quando o teratoma cresce muito lentamente, o médico pode optar por manter apenas observação do tumor. “Nesses casos, é necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar a evolução do tumor”, alerta. Caso haja aumento progressivo de tamanho, é recomendada a realização de cirurgia seguida da avaliação histopatológica do material retirado para verificar se não há presença de células malignas. Caso o teratoma seja maligno, poderá existir a necessidade de se complementar o tratamento cirúrgico com quimioterapia ou radioterapia com o intuito de diminuir a taxa de recidiva, levando a uma maior chance de cura da doença. 

Em algumas situações, o tumor pode ser identificado no ultrassom pré-natal e, para o diagnóstico, é necessário fazer biópsia, hemograma completo e exames de sangue adicionais, além de diferentes estudos de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, raio X e ultrassonografia. Embora seja uma alteração genética, o teratoma não é hereditário e, por isso, não passa de pais para filhos.

 

 Kroton Med

 União Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura (Unime)


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