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domingo, 9 de outubro de 2022

Pressão empreendedora: cinco dicas para evitar burnout no seu negócio

O especialista em comportamento, Marcel Scalcko explica como o autoconhecimento pode ser uma forma de prevenção

 

Autonomia, flexibilidade, realização pessoal e liberdade são algumas das vantagens de ter seu próprio negócio, porém nem tudo são flores. A responsabilidade de ter tudo centralizado em uma só pessoa e o excesso de tempo dedicado ao negócio, muitas vezes pode comprometer a saúde mental do empreendedor. Essa estafa mental e física por conta do trabalho é conhecida como síndrome de Burnout. Uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que 32% da população economicamente ativa sofria de sintomas de burnout. Não à toa, este ano, a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou a síndrome como doença ocupacional. O especialista em comportamento e gestão, Marcel Scalcko, alerta para a necessidade de desacelerar e diz que pequenos e médios empresários são os que mais precisam se autoconhecer para não adoecerem.  

“Quando temos o nosso próprio negócio, trabalhamos muito mais horas. Quando isso acontece durante um longo período, sem férias e descanso, o corpo e a mente não aguentam. É uma rotina puxada, todas as decisões ficam centradas no dono, desde a contratação de funcionários, passando pelo pagamento de contas, atendimento ao cliente, prospecção. Por isso, precisam apostar no autocuidado. O empreendedor nunca tem tempo para cuidar de si, isso é a último coisa que passa na cabeça deles”, explica Marcel.


Divulgação

Segundo o especialista, se os empreendedores não separarem algumas horas por semana para cuidarem do seu bem-estar, poderão sentir um esgotamento, algo perigoso nessa profissão. ”Sabemos que a maioria dos negócios não se tornam bem sucedidos de um dia para o outro. E o burnout chega de mansinho, pode roubar suas horas de sono, alterar seu apetite, causar dores de cabeça, dificultar a concentração, sem falar no tradicional cansaço. Uma vez diagnosticada a síndrome, é necessário fazer acompanhamento com psiquiatra e psicólogo”, esclarece o especialista. 

Para Marcel, o empreendedor com longa jornada de autoconhecimento dificilmente vai ser pego pelas circunstâncias que despertam o Burnout. Ele estará atento, presente, e percebendo o que está acontecendo em seu entorno e vai se proteger de alguma forma. Para evitar a doença, o especialista em comportamento, gestão e treinamento, Marcel Scalcko, dá cinco dicas: 

1.Meditação -- Se possível, todos os dias. Ajuda a aplacar os sintomas de ansiedade. equilibra, faz a pessoa ficar mais centrada.
 

2. Terapia -- Ajuda olhar pra si e encontrar as origens emocionais e psíquicas dos seus problemas, dentro da sua história.
 

3. Alimentação -- Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, pode garantir um bom funcionamento do corpo.
 

4. Atividade Física -- Se possível, todos os dias. Aumenta a produção de seretonina e endorfina no corpo.
 

5. Mentoria e imersões -- darão um norte para as pessoas se aprofundarem nos seus processos e ajudar a dar um rumo à vida. É um momento de aconselhamento e acompanhamento. O terapeuta pode fazer esse papel ou a pessoa pode optar por um outro profissional que faça essa mentoria.

O especialista ressalta que quem tem ou teve Burnout não deve passar pelo processo de coach, pelo menos por um ano. “O coach estende os limites das pessoas e nesse momento ela precisa reconhecer seus limites e não tê-los estendidos”, finaliza Marcel Scalcko.

 

Marcel Scalcko - bacharel em Administração e Direto, com pós-graduação em Administração de Marketing. É fundador e CEO do Grupo Scalco, empresa de consultoria em gestão para alta performance e de treinamentos comportamentais. Scalcko é treinador comportamental há mais de 25 anos e já assistiu mais de 110 mil pessoas com suas metodologias próprias, como o Programa de Gestão para Alta Performance (G.A.P) e as Leis da Vida - uma abordagem de desenvolvimento humano que é apresentada pelo autor no seu best-seller “As 9 leis inegociáveis da vida”.


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