Médico lembra que
data é importante para chamar atenção aos fatores de risco
Hoje, dia 13 de outubro é o Dia Mundial de
Combate à Trombose, doença que, segundo dados da Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular, atinge, anualmente, 60 pessoas para cada 100
mil habitantes.
A trombose é uma enfermidade que se caracteriza
pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo responsável por causar
a obstrução e inflamação na parede do vaso, conhecida pelos médicos como
trombose venosa profunda.
Para o Dr. Leandro Loures, Cirurgião Vascular e
Endovascular do Hospital Icaraí, em Niterói, a data é importante para chamar
atenção aos sinais, sintomas, fatores de risco, hábitos de saúde e medidas a
serem tomadas diante de qualquer suspeita.
“Dessa forma, a população geral torna-se mais
consciente em relação a essa patologia”, alerta.
A seguir, o Doutor Leandro esclarece cinco dúvidas
que podem desmistificar a doença:
1 – Todo anticoncepcional causa trombose?
A resposta é não. Nem todos os anticoncepcionais
causam trombose.
O grande vilão do risco de trombose é o estrogênio, componente das pílulas
combinadas, que são as mais frequentemente comercializadas. Os contraceptivos à
base de progesterona, na apresentação de pílula (minipílula) e DIU, não demonstraram
risco significativo de trombose.
2 – Existe um grupo de risco para trombose?
Sim, existe. Alguns fatores, como predisposição
genética, idade mais avançada, cirurgias e hospitalizações prolongadas,
obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo e falta de
movimentação, aumentam o risco de desenvolvimento de trombose.
3 – Somente pessoas mais velhas podem ter a doença?
Os idosos são os mais acometidos, pelo fato de
acumularem alguns fatores de risco ao longo de toda sua trajetória de vida.
Porém, a trombose também acomete os jovens, principalmente aqueles com
alterações genéticas (trombofilias) e usuários de hormônios (anticoncepcionais
ou anabolizantes).
4 – Varizes causam necessariamente trombose?
Varizes são veias dilatadas em que o sangue pode
circular mais lentamente, o que pode levar à coagulação desse sangue. Então, de
certa forma, pode sim ser um fator de risco.
Os pacientes que fazem controle periódico e que têm consciência dos cuidados
básicos raramente irão desenvolver trombose.
5 – A doença não apresenta sintomas.
Geralmente a trombose apresenta dois sintomas
clássicos: dor e edema (inchaço). Principalmente quando em um só lado dos
membros inferiores. Por isso, a importância de comparar os membros durante o
exame.
Dr. Loures lembra que as medidas de redução da
doença estão diretamente relacionadas à prática de bons hábitos de vida, como:
praticar atividades físicas regularmente, ter uma boa hidratação, se alimentar
de maneira saudável e evitar o tabaco.
“Diante de qualquer desses sintomas, o indivíduo
deve comparecer à emergência hospitalar ou ao consultório do angiologista,
médico responsável pelo diagnóstico e tratamento da trombose”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário