Apesar de existirem restrições em alguns casos, é preciso contribuir para que as crianças em tratamento não deixem de realizar atividades inerentes à infância
O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, se aproxima. Para a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) é oportuno reforçar a importância de garantir que as crianças com câncer desfrutem de atividades lúdicas e recreativas não apenas nesta data, mas ao longo de todo período em que estiverem passando por tratamento oncológico.
Dada a relevância do brincar, a Lei Federal n° 11.104/2005 determina a obrigatoriedade de uma brinquedoteca no ambiente hospitalar pediátrico para assegurar o direito à infância. Dentro do ambiente hospitalar, a permanência na brinquedoteca ou mesmo os passeios ao ar livre são permitidos e estimulados de acordo com o quadro clínico da criança, e da disposição da mesma.
Segundo a Dra. Maristella Bergamo,
oncologista pediátrica e membro da SOBOPE, a recomendação depende da
fase de tratamento em que o paciente está e de como ele tem se sentido. A
especialista explica que é muito importante
conversar para entender quais são os desejos da criança, a fim de buscar
inserir na rotina as atividades que ela tenha vontade de realizar e ressalta
que o brincar é fundamental no processo de enfrentamento deste momento
extremamente delicado.
"A criança não vai deixar de ser criança e
precisa ser orientada e estimulada para exercitar o seu imaginário, brincar e
se desenvolver. De acordo com a idade, é válido que esteja ciente de que em tal
fase talvez não seja possível participar de uma brincadeira mais energética, um
passeio com a escola, uma festa. Mas sempre lembramos que aquele momento é
passageiro e necessário para o sucesso do tratamento, e que existem inúmeras
opções divertidas, que vão ajudá-la a se distrair", conclui Dra. Maristella.
Novos casos
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que
para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos
casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em meninos e 4.150 em meninas), o que
corresponde a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão no sexo
masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino.
SOBOPE
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