Na Semana das Crianças, Hospital Paulista alerta para a importância da prevenção e cuidados com problemas como asma e rinite
Se as doenças respiratórias são incômodas para os adultos, às crianças elas
tendem a ser ainda mais desconfortáveis e preocupantes. Dados da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) indicam que 30% dos brasileiros,
adultos e crianças, possuem alguma alergia respiratória, incluindo as
desconfortáveis “ites”, como por exemplo, a rinite.
Os dados são ainda
mais preocupantes nos casos de asma, problema que causa crises de falta de ar.
Estima-se que, no mundo, 235 milhões de pessoas sofram com o problema, segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 20% das crianças têm
a doença.
Na semana em que
se comemora o Dia das Crianças, a Dra. Cristiane Passos Dias Levy,
otorrinolaringologista do Hospital Paulista, alerta para a importância da
prevenção e cuidados com os problemas respiratórios nos pequenos.
“Assim como em
grande parte das doenças, algumas crianças têm uma predisposição maior a
desenvolver algum tipo de alergia. Por isso, é necessário estar alerta, pois
elas prejudicam a qualidade de vida e o desenvolvimento.”
A médica explica
que a alergia respiratória é uma resposta exacerbada do sistema imune a
substâncias alérgenas, como ácaros, poeiras, fungos, pelos de animais e pólens
das flores. Quando inaladas, penetram o organismo através das vias aéreas,
causando sintomas incômodos como congestão nasal, coriza, chiado no peito,
tosse seca e falta de ar.
Confira os
problemas respiratórios mais comuns entre as crianças:
Asma
Definida como uma
doença respiratória crônica, caracterizada pela inflamação das vias aéreas,
obstrução ao fluxo de ar e hiper responsividade brônquica -- sensibilidade que
determina uma exagerada capacidade de reagir a certas substâncias as quais o
paciente é alérgico --, a asma é identificada por chiados no peito, tosse seca
e falta de ar.
“O problema pode
ou não ser alérgico, sendo mais comum a desencadeada por alérgenos inalantes”,
afirma Dra. Cristiane.
Rinite
Conhecida como uma inflamação e/ou disfunção da
mucosa de revestimento nasal, a rinite é caracterizada por sintomas como
obstrução nasal, coriza -- presença de secreção e corrimento nasal --,
espirros, prurido nasal e hiposmia -- diminuição do olfato --, induzida pela
inalação de algum alérgeno, como a poeira.
Para evitar as crises alérgicas em crianças, Dra.
Cristiane recomenda que os pais deixem os cômodos da casa e a roupa de cama bem
limpos, e evitem bichinhos de pelúcia e livros, pois eles também são
responsáveis pelo acúmulo de poeira.
“Em quartos de crianças com tais problemas, deixar o
sol entrar, o máximo possível, além de realizar um tratamento adequado, são
essenciais.”
Cuidados
diários importantes
É importante que os pais e responsáveis estejam
atentos aos sintomas, que podem surgir em qualquer período do ano, mas tendem a
se intensificar durante o tempo seco. “Nestes casos, é fundamental procurar um
especialista, que pode ser um otorrinolaringologista, alergista ou
imunologista.”
Segundo a médica, em casos mais graves, como crises
de falta de ar, por exemplo, buscar atendimento em um pronto-socorro é
imprescindível e deve ser feito de forma rápida e imediata.
A
especialista reitera que, em casas com crianças propensas às alergias respiratórias,
é necessário evitar ambientes fechados, mofo e cheiros fortes de produtos
químicos. Itens decorativos como tapetes, cortinas e brinquedos que acumulem pó
também devem ser poupados.
“É
importante praticar e ensinar às crianças a higiene das mãos e evitar e fazer
com que elas evitem o contato com os olhos, nariz e boca, isso pode evitar
infecções das vias aéreas superiores. Hidratar os pequenos com muita água
também é recomendado, e, em casos de nariz entupido, o essencial é limpar
diariamente o órgão também com água corrente ou soro fisiológico”, finaliza.
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
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