O compliance corporativo é uma das maiores responsabilidades e ações estratégicas de empresas de todos os portes e segmentos, capaz não apenas de garantir a conformidade legal em âmbito interno e externo, como também uma boa reputação no mercado e a alavancar seu crescimento. Para garantir este e muitos outros benefícios, contudo, a organização de um conselho qualificado e preparado para a missão se torna uma tarefa imprescindível — fato que deve se tornar a prioridade para êxito nas operações organizacionais.
Em meio a uma legislação complexa e constantemente
passível de atualizações, é papel do conselho de compliance estar atento a
essas mudanças e transportá-las à realidade das empresas. São estes os
profissionais responsáveis pela criação de mecanismos que tragam consonância da
organização com as conformidades legais e regulatórias, por meio de uma
política interna clara e comunicada com todos aqueles que trabalham no local.
Ao desenvolver e promover tais melhorias, a
importância desta equipe ultrapassa questões legais. Um conselho com a
expertise necessária neste segmento gerenciará todos os controles internos,
analisando os possíveis e maiores riscos à perpetuidade do negócio e preparando
os times para tomar as providências necessárias caso se tornem realidade. Todos
esses fatores, uma vez sob controle, trarão uma governança corporativa mais
robusta, íntegra e transparente, diminuindo as chances de ações judiciais,
fortalecendo seus valores e, consequentemente, elevando sua imagem como marca
contratadora perante talentos e a concorrência.
Diante de tantos benefícios incontestáveis, cerca
de 56% das empresas já compreenderam a necessidade destas equipes e criaram uma
área dedicada ao compliance, segundo dados divulgados pela pesquisa Panorama
dos Programas de Compliance em Empresas de Capital Fechado do IBGC. E, ao
contrário do que muitos imaginam, esta formação não depende de investimentos
financeiros altos ou a contratação de uma alta quantidade de profissionais.
O tamanho de um conselho de compliance dependerá de
inúmeros fatores, tais como o porte da empresa e seu ramo de atuação. Em
companhias de grande porte ou que atuem em setores que lidem com um alto volume
de dados, como exemplo, contar com um time maior pode ser uma estratégia a ser
considerada para um desempenho mais assertivo de suas responsabilidades. Mas,
independentemente do caso, todo o conselho deverá ser comandado por um
profissional específico: o Compliance Officer (CCO).
Assumindo a liderança deste departamento, ele
atuará diretamente na análise de riscos, verificação das políticas internas e
adaptação da companhia perante as normais legais. Indo além, este profissional
deve, constantemente, estar atento a possíveis brechas de inconsistências que
possam gerar problemas de conformidade e assegurar que todos estejam preparados
para evitar tais cenários. Seu perfil é marcado pela resiliência, compreendendo
a importância do cumprimento às regras e, acima de tudo, pela criação de uma
comunicação clara e próxima entre todos os membros da empresa.
Compondo o restante de sua equipe, o conselho de
compliance é normalmente formado por um time multidisciplinar, formado por
gerentes, analistas e assistentes. Em organizações de grande porte, é comum ver
ainda a presença de gestores e coordenadores, visando fortalecer as ações a
serem aplicadas. Todos os membros devem, além de terem um conhecimento
obrigatório nas regras legais e seu acompanhamento, compreenderem a fundo a composição
da cultura organizacional, seus valores, visão e missão.
É importante ressaltar, contudo, que vivemos em um
mercado que muda e sofre alterações a todo momento — o que torna o conhecimento
desses profissionais, por mais preparados que sejam, passível de se tornar
obsoleto rapidamente. Na garantia de um conselho de compliance de sucesso, é
dever também da empresa fornecer treinamentos que invistam em suas capacitações
e atualizações permanentemente, a fim de que estejam sempre antenados às
novidades legislativas e consigam, assim, levar o negócio rumo a um crescimento
de destaque.
Marcelo
Erthal - CEO do clickCompliance, startup de tecnologia
para gestão de compliance.
ClickCompliance
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