Gustavo Gasparani
em
Como posso
não ser Montgomery Clift?
De Alberto
Conejero López
Direção Fernando
Philbert
Estreia dia 20 de outubro no
Auditório do Sesc Pinheiros
Gustavo Gasparani comemora seus 40 anos de carreira com o espetáculo solo inspirado no texto do dramaturgo espanhol Alberto Conejero López que traz o universo do ator americano Montgomery Clift, passando pelo seu acidente de carro, suas relações conflituosas e a tentativa de montar a peça A Gaivota, de Tchekhov
“É uma alegria poder comemorar os meus 40 anos de carreira em um espetáculo que reflete sobre a condição do ator e, ainda, discute a homofobia na indústria do entretenimento. Como diz, Montgomery Clift: “Quando a luz se apagou, nunca mais houve outra felicidade se não aquela, a estúpida felicidade de ser outro”. Nada melhor do quer ser outro para nos libertarmos de nós mesmos”. Gustavo Gasparani
A montagem de Fernando Philbert inspirada no texto”Como não posso não ser Montgomery Clift?, de Alberto Conejero López, insere o espectador na vida do ator americano Montgomery Clift, que decidido a abandonar a carreira cinematográfica e o assédio dos meios de comunicação, enfrenta o passado e suas consequências no presente: o acidente de carro (que desfigurou seu rosto), o desejo sexual conflituoso e sua relação difícil com os colegas de profissão. As apresentações acontecem de 20 de outubro a 12 de novembro, de quinta a sábado, no Auditório do Sesc Pinheiros.
Em cena, Gustavo Gasparani (Cia dos Atores) mergulha no “imenso universo de um ator em suas batalhas, derrotas, persistência e vitórias, como é na vida”, conta Fernando Philbert, diretor do espetáculo, que acrescenta: “o fato para mim neste texto é ser um ator em sua luta consigo mesmo para ser de verdade, não servindo a um sistema ou rótulos. Isto me encantou. É uma peça de teatro para um ator feito nas tábuas do palco. A força deste projeto está no coração do ator. É um espetáculo construído no mergulho vertical, profundo da construção de presente, passado e vislumbrar o possível futuro de um homem diante de seu próprio precipício que são seus desejos mais sinceros e lutar por eles”.
Gustavo e Fernando se encontraram em 2019 e conversaram sobre o texto do dramaturgo espanhol Alberto Conejero López: “sugeri ao Gustavo que lesse o texto. É um belo e difícil trabalho de ator. Gustavo leu. Se apaixonou e cá estamos para estrear no Sesc Pinheiros, onde ele esteve com Ricardo III e eu com O Ator e o Lobo, conta o diretor.
“Eu mergulhei nas palavras de Monty, no que elas dizem. Gustavo ampliou seu trabalho ao mergulhar na vida, nos filmes de Clift e isto reverbera na construção da cena. Busco o maior grau de humanidade e verdade neste personagem. É um encontro dele com suas dores e desejos e, neste encontro, o público é uma testemunha muito íntima. O discurso é aqui e agora. E não uma declamação de um passado distante”, destaca Philbert.
O processo de construção do
personagem de Gustavo é baseado a partir de acontecimentos reais da vida de
Montgomery. “Não faço uma imitação de voz e trejeitos. Mergulho na atmosfera
desses eventos e situações e, daí, surge o Monty da peça: um homem intenso e
sensível, que terá que se redescobrir e se ressignificar após o acidente que
transformou a sua vida” completa Gasparani.
A peça apresenta o universo do ator
americano Montgomery Clift (17 de outubro de 1920, Nebraska, – 23 de julho de
1966, Nova York), trazendo o acidente de carro que sofreu, sua solidão, sua
relação conflituosa com a mãe e a tentativa de montar a peça de Tchekhov, A
Gaivota, com Elizabeth Taylor, como Nina, e Clift, como Treplév.
“É um inventário, uma sinfonia, uma tempestade da memória e o tempo presente. Na trilha sonora, pedi ao Marcelo Neves para utilizar trechos de diálogos dos filmes de Clift. Ouvimos a voz de Monty contracenando com Elizabeth Taylor, por exemplo. A presença desta memória é sonora”, ressalta o diretor.
“A relação do ator com a indústria
cinematográfica, a imprensa e seus colegas de profissão são temas centrais do
espetáculo”, conta Gustavo que se aprofunda sobre o contexto em que Monty viveu
nos anos 50: “é um período conhecido como a época de ouro de Hollywood. Muito
glamour e os principais atores sendo tratados como mitos. Monty é considerado
um dos primeiros atores a interpretar de um modo mais introspectivo e moderno,
influenciando colegas como Marlon Brando e James Dean. Sua relação com a
indústria cinematográfica também revolucionou a maneira como os atores eram
contratados, conquistando benefícios para a classe. Ele era à frente do tempo,
tinha enorme talento e um sucesso gigantesco. Porém, todo esse universo
hollywoodiano vem acompanhado de cobrança e competição, gerando insatisfações e
pressões difíceis de lidar. Quantos desses mitos não tiveram um final
trágico?”.
Gasparani finaliza: “é sobre esse ser
humano em torno do seu precipício que trata a nossa peça. O que vemos em cena é
um homem tentando escapar do seu naufrágio, do seu abismo, tendo a paixão pelo
seu ofício como maior aliada”.
Ficha Técnica:
Texto: Alberto Conejero López
Tradução: Fernando Yamamoto
Direção: Fernando Philbert
Atuação: Gustavo Gasparani
Cenário: Natália Lana
Figurino: Marieta Spada
Visagismo: Márcio Mello
Iluminação: Vilmar Oslós
Trilha: Marcelo Alonso Neves
Programação Visual: Mary Paz
Assessoria de Imprensa: Morente
Forte Comunicações
Participação em áudio: Claudio
Gabriel, Cesar Augusto e Isaac Bernat
Assistente de Direção: João
Sena
Cenotécnico: André
Salles
Pintor de Arte: Paulo
Ferreira
Alfaiate: Alex Leal
Redes Sociais: Rafael
Teixeira
Operado de Som: Thiago
Taffuri
Operador de Luz: Thiago Monte
Contrarregra e Camareiro: Roberto
Prado
Foto: Nil Caniné
Pré-Produção: Celso
Lemos
Direção de Produção: Fabricio
Polido
Realização: Coisas Nossas
Produções Artísticas e SESC.
SESC
PINHEIROS
Auditório /
3º andar
Rua Paes Leme, 195
Transporte público:
Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m
Informações:
3095.9400
Bilheteria: Terça a
sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10 às 18h. Estacionamento com
manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e
feriado, das 10h às 18h30. Preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18
(não credenciados).
Sesc Pinheiros nas redes: Facebook, Twitter e Instagram: @sescspinheiros
Ingressos à venda pelo Portal sescsp.org.br.
Quinta a Sábado às 20h
Ingressos: R$ 30
R$ 15 (meia-entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoa com deficiência)
R$
9 (credencial plena: trabalhador no
comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Recomendação: 16
anos
Gênero: monólogo
Estreia dia 20 de outubro de 2022
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Temporada: até 12 de novembro
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