Professor de Ciências Políticas do UDF, Alan Camargo, explica sobre a importância da participação do indivíduo no período eleitoral e os primeiros passos para decidir o voto
As eleições políticas estão chegando e para
auxiliar a escolha, é necessário estudo de cada um dos candidatos e muita
pesquisa. Mas no Brasil, muitas pessoas ainda têm dificuldades neste período e
o que muitos não imaginam é que os votos são de extrema importância para o
país, pois reflete em todo o contexto social, cultural, político e econômico.
Pensando
neste cenário, para ajudar os brasileiros no preparo para eleger os próximos líderes
do Brasil, o professor de Ciências Políticas do Centro Universitário do
Distrito Federal, Alan Camargo, aponta que antes de tudo, é preciso entender o
que são as eleições e o seu papel dentro dos regimes democráticos. Em largos
termos, as eleições são um processo de escolha de representantes que, uma vez
selecionados a partir de regras previamente estabelecidas, assumem cargos em
nome daqueles que os escolheram.
Segundo o
professor, com o alvorecer do século XX e a consolidação das formas republicanas,
as eleições tornaram-se mais organizadas e ampliadas, incorporando tecnologias
e setores cada vez mais diversos da sociedade. É importante reconhecer que as
práticas eleitorais foram canalizadas como estratégias de legitimação inclusive
de regimes ditatoriais e totalitários, cujos líderes, em quase sua maioria,
foram escolhidos através do voto popular. Isso nos desperta à reflexão,
portanto, quanto aos riscos das escolhas mal direcionadas ou inconscientes pelo
eleitor.
De acordo
com o Tribunal Superior Eleitoral, é necessário apresentar, no ato da votação,
documentos com foto que identifiquem o eleitor. Junto aos mesmos, deve haver a
apresentação do título de eleitor, entretanto, em vista da maior acessibilidade
dos recursos digitais, o TSE vem aceitando a identificação feita pelo
aplicativo e-Título. O alistamento eleitoral é obrigatório a todos os
indivíduos com mais de 18 anos de idade, sendo possível optar pelo local mais
próximo ou conveniente para votar.
Também é
importante falar sobre a ausência na hora de realizar a votação. Segundo o
professor Alan Camargo, o não comparecimento às urnas não acarreta ônus ao
indivíduo. Porém, deixar de justificar a ausência pode trazer complicações.
“Caso esteja fora do seu domicílio eleitoral, porém em território brasileiro, o
indivíduo poderá acessar o aplicativo e-Título, o site do Sistema de
Justificativa na Internet, ou preencher o Requerimento de Justificativa
Eleitoral, disponível no site do TSE, nos postos de atendimento da Justiça
Eleitoral, bem como nos locais de votação, para expressar os motivos de sua
ausência. O prazo para tais providências é até 60 dias após cada turno”
explica.
O docente
finaliza pontuando a importância e necessidade de um voto esperto e bem
estudado. Tendo em vista o exposto, fica clara a importância de que a escolha
política seja feita de maneira consciente pelo eleitor. É preciso que os
indivíduos reconheçam quais as dificuldades enfrentam em seu dia a dia, tais
como falta de transportes públicos, desemprego, inflação, dentre outras, e
tracem o que esperam como resposta do poder público. O próximo passo é conhecer
a quais cargos políticos compete a iniciativa para solucionar tais problemas:
deputados federais, deputados estaduais, senadores, governadores ou Presidente
da República. Isso porque, no Brasil, a Constituição Federal atribui a cada um
dos entes federados, competências diferentes para tratar das questões sociais.
“Uma vez
identificados os problemas de sua realidade, as expectativas de mudança e os
cargos responsáveis por tal decisão, cabe ao cidadão mapear os candidatos que
apresentem propostas condizentes aos seus interesses. Recomenda-se o
acompanhamento contínuo às redes sociais dessas figuras, de modo a conhecer
seus feitos e propostas, bem como reconhecer a repercussão junto aos
internautas. Outra fonte para a tarefa é o site do Tribunal Superior Eleitoral,
onde constam oficializadas todas as candidaturas validadas pela Justiça
Eleitoral. Esses elementos formam um arcabouço para que o eleitor tome de
maneira mais consciente a decisão de seu voto em meio ao referido “mercado
eleitoral” em que os pleiteantes buscarão conquistar a simpatia e a adesão do
eleitor. Quanto mais convicto de sua escolha, menores serão as chances de
vender seu voto ou contribuir para fraudes e desvios da finalidade eleitoral”,
conclui Alan Camargo.
UDF
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