De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem 214,7 milhões de habitantes, sendo que 88,8% dos brasileiros estão endividados por causa do cartão de crédito, segundo o levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ocorrido essencialmente no consumo de curto prazo. No ranking aparecem ainda os carnês de lojas (18,2%), financiamento automotivo (11,2%), crédito pessoal (9,4%) e o financiamento de casa (8,6%).
O cartão de crédito não precisa ser o vilão da história. Pelo contrário, se bem utilizado, pode ser útil, especialmente em emergências. Para ajudar as pessoas, Lorelay Lopes, educadora financeira e head de Negócios da Embracon, uma das principais administradoras de consórcios do país, dá dicas de como usar o plástico de forma consciente:
1. Avalie
a necessidade de parcelamento;
2. Controle
o impulso de comprar;
3. Escolha
um ótimo banco e evite cartão de loja;
4. Esteja
atento ao vencimento da fatura;
5. Estipule
um limite máximo;
6. Fique
sempre atento ao saldo do cartão e fatura e mantenha tudo anotado;
7. Fuja
da taxa de anuidade;
8. Não
conte com o pagamento mínimo;
9. Não
pague contas de luz, água e telefone no crédito;
10.
Não saque do limite de crédito;
11.
Não tenha mais de um cartão;
12.
Nunca empreste seu cartão;
13.
Se fugir do controle, cancele o cartão;
14.
Tenha um fundo de reservas;
15.
Utilize os programas de pontos e
vantagens;
16.
Se já tem dívidas, quite antes de
começar a usar o cartão.
“Na lista de inadimplência constam também os financiamentos de carro e de imóvel. O consórcio permite adquirir esses bens de forma planejada e, o melhor, sem a cobrança de juros, desde que a pessoa se planeje e possa esperar até a contemplação”, explica Lorelay.
Para evitar o endividamento é preciso ter uma boa educação financeira. Para isso, de acordo com a executiva, o primeiro passo é listar todas as despesas - as fixas (água, luz, internet, aluguel, TV por assinatura, entre outras) e as variáveis (combustível, mercado, cinema, viagens etc.), no período de 30 dias. Assim a pessoa consegue visualizar o que é possível cortar em tempos de crise. Outras dicas da Lorelay são:
·
Guarde 20% do salário para ter um
respaldo financeiro;
· Não gaste mais do que você ganha. Essa
atitude justifica os milhões de brasileiros inadimplentes;
·
Faça um investimento que ofereça
solidez;
·
Planeje suas conquistas e tenha
paciência para alcançá-las;
·
Invista mais em experiências do que em
coisas;
·
Esteja disposto a viver sempre um
degrau abaixo. Por exemplo, se você tem dinheiro para comprar um carro de R$ 70
mil, então compre um de R$ 50 mil. Ele vai satisfazer as suas necessidades do
mesmo jeito.
“Quando vivemos muito no limite financeiro, não conseguimos planejar o futuro. Diante de uma situação de crise, todos vão perder um pouco, de alguma forma. Então precisamos aprender a gastar nosso dinheiro. A educação financeira é a base para fazer um futuro mais tranquilo, vivendo de acordo com o que a sua renda permite e com a consciência tranquila”, finaliza Lorelay Lopes.
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