Aumento da visibilidade e conscientização sobre a causa estão entre expectativas das organizações
Em uma época marcada pela pandemia e pelo
isolamento, um médico com paixão por fotografia decidiu buscar refúgio na paz
da natureza. Dr. Jorge Neumann, referência nacional em transplantes de órgãos
no país, percorreu o Brasil em busca de momentos de observação, vigília,
silêncio e paciência para esperar no tempo certo a oportunidade para registrar
diversas imagens de tirar o fôlego de aves, répteis e outros animais, incluindo
uma onça pintada com os seu filhotes na beira de um rio.
O resultado deste magnífico trabalho acabou virando
o livro “Vida, entre o céu e a terra”, que une fotografia e poesia, provocando
reflexões sobre as belezas da fauna e da flora brasileira e como temos que ser
pacientes para vislumbrarmos as maravilhas da vida.
A Biometrix Diagnóstica, comprometida em apoiar
projetos que tragam relevância para a sociedade, adquiriu todos os exemplares
da publicação “Vida, entre o céu e a terra” e está promovendo uma campanha
especial, intitulada “Asas que Salvam
Vidas”, com diversas ONGs que apoiam causas relacionadas à doação de
órgãos, a fim de destinar 100% dos recursos arrecadados com a venda dos livros.
O valor de venda sugerido para cada exemplar é de R$ 150
O Instituto Gabriel, o Instituto Deixe Vivo, a
Associação Brasileira de Transplantados (ABTX), e a Associação de Medula Óssea
(AMEO) são as organizações escolhidas em São Paulo. Bruno Ferreira, gestor
operacional do Instituto Gabriel, acredita que a campanha pode contribuir para
vários eixos da organização: “O Instituto Gabriel sempre acreditou na
utilização da arte e cultura como uma ferramenta de comunicação possível. Para
nós, é de extrema relevância nos conectar com organizações e artistas de todo o
país. Além dessa conexão, outro benefício será de captar recursos por meio dos
livros e/ou utilizá-los para fidelização de doadores recorrentes e novas
parcerias”.
O Instituto Gabriel presenteará os jurados do 2º
Salão de Humor sobre doação de órgãos e tecidos com o livro e o restante poderá
ser adquirido por meio do Instagram. Já o presidente da ABTX, Edson Araki,
explica que a organização venderá o livro pelo site e pelas redes sociais e que
a iniciativa também deve aumentar a visibilidade da doação de órgãos. “A
campanha pode ajudar na divulgação da doação de órgãos e tecidos, aumentando o
público exposto a esta mensagem. Temos uma expectativa de que pessoas comecem a
entender melhor a doação de órgãos, e ajudem a disseminar esta causa”.
O Instituto Deixe Vivo também pontua sobre a cultura
da doação de órgãos: “A doação, qualquer que seja, envolve sentimentos de
empatia, amor ao próximo e solidariedade, tudo isso faz parte das ações e
projetos do Instituto. Seguindo a cultura do doar, que envolve uma série de
ações e pessoas que querem fazer o bem, quem quiser adquirir o livro através do
Instituto Deixe Vivo poderá realizar uma doação específica em nosso site no
valor de R$150,00 e receber o livro em casa. Dessa forma, o valor arrecadado
nos ajuda a deixar viva a cultura da doação de órgãos”, diz Giovanna Fiori,
fundadora e presidente do Instituto.
Carmen Vergueiro, médica hematologista e fundadora
da AMEO, tem expectativa de que a venda auxilie a Casa do Transplante:
"Esperamos poder adquirir itens para a Casa do Transplante com a venda dos
livros”.
Livro encanta com imagens de tirar o fôlego
Com o tema principal em torno das aves, o médico
selecionou as melhores fotos, observadas na Região Sul, principalmente na Lagoa
do Peixe e Tavares, e na Região Oeste, no Pantanal, registradas no período
entre 2020 e 2022. “Gostando de fotografar acabei acumulando uma razoável
coleção de fotos. Há 15 anos, alguns amigos da área dos transplantes, como eu,
começaram a pedir que eu publicasse algumas na forma de um livro” , afirma Dr.
Jorge Neumann, autor do livro.
“Sempre me interessei por paisagens ou landscapes,
no jargão fotográfico. Também fotos urbanas, mas essas mais como um documento
de lugares por onde andei. Houve um período em que estive muito focado em
flores e aviões. Muito raramente me dediquei a fotografar pessoas. Hoje, como
esse livro atesta, meu foco está nessas criaturas voadoras, coloridas, lindas e
barulhentas, e também nos animais terrestres que são, por vezes, muito
imponentes”, acrescenta Neumann.
Ele também explica que, a convite de um amigo
fotógrafo de natureza, fez a primeira incursão em um refúgio de aves no Rio
Grande do Sul, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, o que acabou criando uma
admiração por pássaros e outros animais. “Criei ali um encanto por eles e
passei a olhar pássaros e outros animais de uma forma que ainda não havia
feito, através da lente. Postando algumas dessas fotos em redes sociais,
comecei a receber pedidos de que um novo livro deveria sair, desta vez focado
em pássaros e animais. Acho que esse livro, pode trazer um pouco mais de
consciência de como esse mundo animal é bonito e também de como é fugidio e
frágil”.
Com 152 páginas e traduções em português e inglês,
a publicação também conta com a colaboração de Paula Teitelbaum, escritora,
jornalista e editora, que transformou os textos do livro em poesias, brincando
com as palavras e as imagens fotografadas pelo médico. Com leveza e harmonia, o
design
gráfico ficou sob responsabilidade de sua filha, Alice Neumann, que cuidou da
arte, diagramação e editoração.
Paixão por fotografia começou na infância
A paixão pela fotografia e pela aviação já vêm de
herança. Seu pai, também chamado Jorge, foi pioneiro do voo à vela no Brasil e
foi o fotógrafo responsável por registrar as atividades no Aeroclube de Planadores
Albatroz, em Osório (RS), fundado por sua família e amigos, mas também o
cotidiano familiar. Com 14 anos, Dr. Jorge Neumann fez o seu primeiro voo
sozinho.
Mesmo sendo de uma família de pilotos, Neumann
escolheu a medicina como profissão e paixão, que também exige técnica, atenção
ao detalhe e muito estudo, da mesma forma que na aviação e na fotografia.
“Lembro da primeira foto que fiz, aos 12 anos de idade, com a câmara de meu
pai. Quando fui morar no Canadá, após a residência médica, comprei minha primeira,
uma Canon A1, e passei a fotografar em slides. Já a aviação era para ser meu
destino. Nasci e cresci nesse meio e estava com tudo encaminhado para me tornar
um piloto profissional. O fascínio pela ciência acabou falando mais alto e me
tornei médico, embora tenha continuado a voar esportivamente. No fundo, essas
três atividades têm muitos pontos em comum. Medicina, aviação e fotografia têm
ciência, mas elas têm também, cada uma a seu modo e em certa dose, um tanto de
arte”, comenta o médico.
Há 30 anos, Dr. Neumann é médico na Santa Casa de
Porto Alegre, no setor de Imunologia de Transplantes, e sempre está em busca de
conhecimentos, viajando por diversas partes do mundo e criando laços com
lugares e pessoas, sempre acompanhado da sua câmera fotográfica, para não
perder nenhum momento importante.
Biometrix Diagnóstica
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