Tabagismo responde por mais de 60% das mortes evitáveis, alerta
oncologista
O médico Ramon Andrade de Mello
ressalta que os fumantes têm 15 vezes mais chances de diagnóstico de câncer de
pulmão
Mais de 60% dos óbitos relacionados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) estão diretamente relacionados ao consumo do tabaco, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Comemorado em 29 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é um alerta para os perigos que as substâncias do cigarro provocam no organismo, liderando as causas de morte no mundo.
“Os fumantes têm 15 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que os pacientes que jamais fumaram”, alerta o médico Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.
O consumo do tabaco ao longo dos anos também pode provocar outros tipos de câncer como boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado. “Os tumores oncológicos do pulmão estão na lista dos que mais causam morte no mundo”, destaca o pesquisador. O tabagismo reponde por 85% dos casos de câncer do pulmão pelo consumo de tabaco.
O hábito de fumar responde ainda por 25% dos casos de câncer do esôfago. As substâncias do cigarro provocam ainda entre 50% a 70% dos registros de câncer de bexiga. “Elas agridem as paredes que revestem o interior desse órgão, ampliando a possibilidade da doença”, explica Ramon Andrade de Mello. A maioria dos casos desse tumor oncológico é diagnosticada em homens brancos, acima de 55 anos.
“Parar de fumar é a melhor medida
preventiva contra o câncer, independentemente da idade da pessoa”, aconselha o
médico. “Atividades físicas regulares para manter o peso corporal adequado e
alimentação saudável completam atitudes que ajudam a prevenir a doença”, diz.
Dr.
Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
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