O tratamento contra o câncer é um período que, dependendo
dos casos, requer muito luta e persistência, porém existem formas de aliviar as
dores; a fundadora da Lieve
mostra vantagens de apostar em tratamentos complementares
Um
diagnóstico de câncer normalmente afeta o psicológico, tanto do paciente como
de seus familiares e amigos próximos. Para se ter ideia, um estudo feito pela
Universidade de São Paulo (USP), indicou que cerca de 29% dos pacientes
oncológicos também são diagnosticados com depressão. O tratamento de um câncer
é um momento em que a saúde mental pode ficar fragilizada e, quando isso
ocorre, deve ser cuidada. Nessa realidade, tratamentos complementares são uma
boa aposta para manter a autoestima em bem-estar dos pacientes.
Pensando
nisso, Natália Brezinski fundou a Lieve, uma empresa de cosméticos que busca
fazer produtos de beleza que melhorem o bem-estar e a autoestima de pacientes
oncológicos. “São produtos que têm o potencial de amenizar o tratamento dos
clientes, levando-se em consideração o olhar da medicina integrativa atual de
pensar o corpo humano como um organismo formado pelo complexo neuro-imune –
endócrino-cutâneo, onde todas as células estão em intensa comunicação, quando se
consegue sensibilizar positivamente o cérebro, levando-o a um estado de bem
estar e tranquilidade, a atividade imunológica melhora e os pacientes em
tratamentos oncológicos ganham não somente disposição e maior vitalidade e
positivismo, mas também recuperação pós procedimentos”, explica Natália.
Além
disso, existem diversos tipos de tratamentos disponíveis que podem ser usados
como complemento para os usuais. “Cada paciente deve ser avaliado em particular
para efetuar a melhor escolha terapêutica que qualifique sua vida. Dietas
especialmente planejadas, fitoterápicos, uso de óleos essenciais e técnicas
aromaterápicas, musicoterapia, acupuntura, auriculoterapia, moxabustão a laser,
ioga, tai chi, hipnose, relaxamento muscular, Ayurveda, Medicina Chinesa e acompanhamento
com psicólogos estão entre as práticas mais presentes e proveitosas”, enumera a
especialista.
No
entanto, a decisão de qual tratamento fazer cabe ao paciente e a sua equipe
médica. “A equipe médica responsável pelo tratamento deve indicar em quais
situações os tratamentos complementares devem ser iniciados, a fim de não
comprometer o planejamento terapêutico, seja este quimioterápico, radioterápico
ou outros”, diz Brezinski.
Abaixo,
a fundadora da Lieve indica as principais vantagens em usar tratamentos
complementares para o câncer. Confira:
1.
Podem ser feitos em casa: o tratamento contra o câncer tende a ser
exaustivo, mentalmente e fisicamente, para o paciente e sua família, por isso o
tempo no conforto do lar deve ser valorizado. Hoje em dia, o home care é
garantido no SUS e pela lei, evitando o desgaste dos pacientes “Um estudo
conduzido na Escola de Medicina, Departamento de Oncologia da Universidade de
Siracusa, na Itália, mostrou que o cuidado domiciliar centrado no paciente é um
novo modelo de assistência, que pode ser integrado com cuidados mais
tradicionais centrados no hospital, especialmente em grupos selecionados de
pacientes. Essa prática é baseada nas necessidades do paciente e não no
prognóstico, e leva em conta os aspectos emocionais e psicossociais da doença”,
relata a fundadora da Lieve.
2.
Melhora na autoestima: alguns produtos, como os da Lieve, são
pensados em impulsionar a autoestima dos pacientes, que devido ao tratamento,
podem ser infligidos a perda de cabelo ou problemas dermatológicos. “Nossas
fórmulas foram estudadas com base neurocientífica para trazer experiências
sensoriais prazerosas durante os momentos de auto cuidado com a pele. São
texturas inovadoras, que se fundem na pele de maneira extremamente delicada e
doam um filme sedoso, aveludado, que age como uma carícia e higienizam,
hidratam e restauram a barreira cutânea”, relata Natália
3.
Ameniza os tratamentos mais fortes: os tratamentos complementares também
podem diminuir as dificuldades dos tratamentos comuns, que pode estar envolto
em dores e desconforto. “Certamente esses pequenos momentos de felicidade
distribuídos ao longo do dia durante as rotinas de cuidados com a pele, o
banho, a preparação para dormir e até para relaxar podem beneficiar enormemente
os pacientes em qualquer fase do tratamento da doença”, explica.
4.
Complementam os outros tratamentos: os efeitos colaterais da radioterapia e
da quimioterapia afetam o dia a dia dos pacientes. “No estudo intitulado The
use and perceived benefits resulting from the use of complementary and
alternative medicine by cancer patients in Australia, 80% dos pacientes
reportaram que os tratamentos complementares podem ser benéficos à saúde, mesmo
quando a eficácia de alguns deles não tenha sido comprovada. Esse levantamento
mostrou que o estado mental positivo levava a uma melhora do quadro clínico dos
pacientes, que sentiam menos dor ou incômodo durante as práticas médicas de
quimio e radioterapia”, complementa.
5.
Aumentam a confiança: é importante que os pacientes estejam
confiantes e não deixem a doença afetar sua autoestima. “Então além dos
benefícios inerentes a cada prática complementar, o simples fato do paciente se
sentir confiante é por si só excelente indicador do benefício de agregar
tratamentos complementares à prática clínica”, finaliza Natália Brezinski.
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