Médico do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos
Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho faz alerta para a
importância da amamentação nos primeiros anos de vida dos bebês
As campanhas mensais
utilizando cores como símbolos estão se tornando cada vez mais fortes. Agosto é
reconhecido por algumas cores, como o verde claro, referente ao combate ao
Linfoma, o lilás, com o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a
mulher, e o laranja, voltado à conscientização e combate contra a Esclerose
Múltipla. No entanto, o mês também possui outra cor de destaque: o dourado, que
está relacionado ao incentivo ao aleitamento materno.
A campanha Agosto Dourado foi
criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cor dourada está relacionada ao
padrão ouro de qualidade do leite materno e por essa razão, o mês é dedicado à
intensificação de ações de promoção e apoio ao aleitamento materno. Entre 01 e
07 de agosto, ocorre a Semana Mundial da Amamentação, que destaca a importância
da amamentação para o desenvolvimento das crianças.
De acordo com Antonio
Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia
Humana do ICB-USP, o leite materno é o melhor alimento para os
bebês, pois é sua única fonte de alimentação, devendo ser fornecido de maneira
exclusiva até os 6 meses de idade. Após esse período, o leite materno precisa
ser complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais.
Condino-Neto, que também é
sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório
especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do
teste do pezinho, explica que a amamentação traz benefícios tanto para o bebê
quanto para a mãe, ajudando a aumentar o vínculo entre eles. “O leite materno
contribui para a melhora nutricional dos bebês e também auxilia no desenvolvimento
de questões imunológicas, neurológicas e metabólicas. Já para as mães, promove
melhor recuperação do parto e menos risco de câncer de mama”, afirma.
No entanto, segundo dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 39% das crianças são amamentadas de
maneira exclusiva com o leite materno e em demanda livre até o sexto mês de
vida. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas 9% das crianças se
beneficiam do aleitamento materno exclusivo ao longo desses seis meses iniciais
de vida.
Entre as dificuldades
encontradas, estão os casos das mães que, por algum motivo, não conseguem
produzir leite para os filhos. Para ajudar a resolver a situação, existem os
Bancos de Leite Humano espalhados pelo país, que coletam as doações, processam
o leite e distribuem para os bebês que não podem ser alimentados pelas próprias
mães ou que são prematuros e de baixo peso.
Para Condino-Neto, melhorar os
índices de aleitamento materno pode salvar a vida de várias crianças com menos
de seis meses de idade. “O aleitamento materno é uma forma de garantir que
bebês que ainda estão em seu primeiro mês de vida tenham a saúde no melhor
estado possível, pois nutre, hidrata, transmite anticorpos e outros fatores
imunoprotetores”, finaliza.
https://www.immunogenic.com.br/
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