De acordo com ela, é fundamental escolher exercícios adequados e retomar com cautela
A atividade física traz inúmeros
benefícios, na gravidez, por exemplo, pode ajudar no controle de peso,
prevenção de doenças, melhora da circulação sanguínea e até mesmo durante o
trabalho de parto. Mas e depois que o bebê nasce? Alguns fatores podem ser difíceis
para a nova mamãe, como a flacidez e a diástase abdominal. Nesse contexto,
muitas se questionam se devem ou não praticar e como praticar atividade física.
Daniela Rico,
criadora do programa Dani Rico na Bodytech Brasília explica que é preciso esperar
40 dias para o retorno das atividades e que esse retorno deve ser gradual. Mas
é preciso cautela, por isso, ela ressalta alguns cuidados:
• Postura:
totalmente alterada, encurtada e tensa - merece um cuidado especial com
atividades de alongamento, fortalecimento e relaxamento, dar ênfase a
musculatura que será utilizada para cuidar do bebê;
• Aleitamento
materno: não realizar atividades que tenham muito gasto hídrico e calórico para
não influenciar na demanda e qualidade do leite;
• Diástase abdominal:
ao longo da gravidez o abdômen sofre um estiramento e o reto abdominal sofre um
afastamento, as pós-partos devem evitar realizar movimentos como: flexão e
rotação de tronco, posições que possam aumentar o peso dos órgãos em cima da
musculatura e hiperextensões lombares;
• Assoalho Pélvico:
durante nove meses a musculatura do assoalho pélvico sofreu uma sobrecarga e
depois do parto ainda está fraco e sem condições de receber sobrecarga, devido
a isso é importante não realizar exercícios que gerem impacto e sobrecarga,
além de realizar um fortalecimento para esta musculatura;
• Mamas: mamas
pesadas e sensíveis, cuidado ao realizar exercícios que possam ter apoio e
impacto.
Amamentação
Outra questão
frequente nas academias é quanto ao impacto da atividade física na amamentação
e segundo Daniela, isso precisa ser avaliado, pois a produção e demanda de
leite materno pode ser influenciada por vários fatores (stress, cansaço, sono,
alimentação, lado emocional, cirurgias plásticas) e um desses é o excesso de
atividade física. "Lembrando que não é regra, tudo vai depender de como
esta mãe irá se hidratar e se alimentar depois que começar a treinar",
pontua.
A recomendação para
a mamãe, conforme a profissional, é retornar com cautela, escolher atividades
moderadas e se preparar ao longo do puerpério para voltar às atividades mais
intensas. Optando, portanto, por atividades específicas para esta fase dando
preferência para a musculação bem orientada: alongamento, musculação, pilates,
ginástica localizada, as atividades aquáticas, dança, sling dance e treinamento
funcional.
"É fundamental
que a nova mamãe não se esqueça de se hidratar, no mínimo quatro litros por
dia, faça uma dieta adequada e descanse quando puder", pontua. "É
importante ter cuidado com as mamas, pois estão maiores, pesadas e sensíveis,
usar tops de boa sustentação, evitar exercícios de impacto e posições ou
máquinas que façam compressão nas mamas", acrescenta.
A médica
ginecologista e obstetra do Hospital Anchieta de Brasília, Mariana Lima,
destaca que os ganhos do aleitamento são inúmeros para a mãe e o bebê. "O
leite materno aumenta a imunidade do bebê, melhora o desenvolvimento
neurológico, diminui o risco de comorbidades e, claro, libera a endorfina, que
deixa a criança com a sensação de acolhimento, bem estar e proteção",
adiciona. Para a mãe, traz a contração uterina pós-parto, reduz hemorragia,
auxilia no emagrecimento e traz maior vínculo com o bebê.
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