Animais idosos ou com doenças ortopédicas sentem mais dor nesta época do ano. Conheça a história de Savana, uma cadela de 7 anos diagnosticada com artrose, que recuperou os movimentos e voltou à vida normal graças à terapia celular
O tutor Ariel com Savana e Valente: companhias em todos os lugares |
Frequente na rotina
clínica, a artrite ou artrose é uma doença que causa muita dor, comprometendo a
qualidade de vida do animal. O problema pode aparecer com o avanço da idade, mas
também pode ser secundário a outras doenças ortopédicas e traumas.
Independentemente da
causa, a artrite ou artrose provoca um sofrimento enorme, por isso merece
atenção especial dos tutores, principalmente nesta época do ano.
Foi exatamente o que
chamou a atenção do produtor rural Ariel Galdino Fragata de Almeida, 59, tutor
de Savana, 7 anos, uma cadela da raça blue heeler, que começou a mancar e
apresentar defeito ósseo em uma pata dianteira e em outra traseira. "Ela
ficou com uma limitação muito grande para caminhar, e isso foi uma tortura para
mim", lamentou.
Savana, assim como o
pai dela, o Valente, 10 anos, acompanha Ariel diariamente por todos os lugares
aonde ele vai: supermercados, lojas, padarias, academia e até ao dentista. Eles
são muito conhecidos em Marília, interior de São Paulo, por essa rotina diária.
"Todo mundo já conhece o Ariel e seus cães. As pessoas interagem com eles
e chegam até a oferecer petiscos. Quando Savana ficou doente, as pessoas me
encontravam na rua e perguntavam dela", contou o tutor.
A blue heeler foi
diagnosticada com uma osteoartrose degenerativa importante. Ela apresentava
lesões na pata, tornozelo e cotovelo. Primeiro foi tratada com fisioterapia,
acupuntura, anti-inflamatórios e vitaminas para retardar o processo de
degeneração, mas o tratamento não surtiu efeito.
Foi quando a
paciente foi encaminhada ao doutor Jean Joaquim, em Botucatu, que indicou a
terapia celular, desenvolvida pelo laboratório de biotecnologia animal Omics,
também em Botucatu. Com apenas uma aplicação de células-tronco, Savana já
apresentou melhora e em três dias parou de mancar, voltando à vida normal.
"O tutor me mandava vídeos da cachorra caminhando normalmente, sem dor. O
tratamento foi um sucesso. Ela recuperou os movimentos e hoje está de alta
médica", comemorou o veterinário.
"Fiquei muito
feliz com o resultado. A Savana já está praticamente sem nenhuma limitação para
se locomover. O tratamento com células-tronco foi além da minha expectativa, e
eu investi muito menos do que com outros tratamentos sem resultados",
declarou Ariel.
Para Fernanda
Landim, da Omics, em casos como o da Savana, a aplicação de células-tronco
reduz a inflamação e a dor, fazendo com que o animal se movimente melhor e
recobre a qualidade de vida. O uso das células-tronco é extremamente vantajoso
por ser um produto natural, que irá diminuir ou até substituir o uso crônico de
medicamentos.
Fique por dentro
O que é
A osteoartrite (OA),
também conhecida como artrite ou artrose, é uma doença frequente na rotina
clínica, principalmente em animais idosos, que causa dor e diminui a qualidade
de vida. A OA é definida como uma degeneração da cartilagem articular. Essa
degradação pode ter origem senil, mas também pode ser secundária a outras
doenças e traumas.
Sintomas
O sinal clínico mais
comum é a manqueira
Diagnóstico
O diagnóstico é
realizado por meio de exames físicos e radiografia
Tratamento
O tratamento depende
da causa primária do problema. Em alguns casos (como ruptura do ligamento
cruzado) é necessária cirurgia para correção. Mesmo assim, o tratamento
específico é necessário.
O tratamento
específico inclui medicamentos, controle de peso e terapias complementares para
controlar a dor, como acupuntura, aplicação de laser e ozonioterapia. Ainda assim,
esses tratamentos, muitas vezes, são insuficientes para controlar a doença.
Já as células-tronco
atuam combatendo a inflamação e estimulando a reparação do tecido e a formação
de novo tecido cartilaginoso.
Resultados
Os efeitos em longo
prazo incluem diminuição da dor, melhora na movimentação, redução parcial e em
alguns casos total dos analgésicos e, portanto, melhora na qualidade de vida.
Fernanda Landim -
médica veterinária pela Unesp, com mestrado e doutorado pelo Instituto de
Biociências e Genética da Unesp e pós-doutorado pela Universidade do Colorado.
É pesquisadora e especialista em biotecnologia de reprodução animal e cultivo e
terapia celular e uma das sócias da Omics.
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