Apesar da
necessidade de avanços, levantamento da Catho revela que áreas administrativas,
comerciais e de tecnologia são as que mais ofertam o benefício
Levantamento realizado pela Catho, marketplace de tecnologia que
conecta empresas e candidatos, revelou que a adesão à licença paternidade
estendida tem se tornado uma tendência entre as empresas. O estudo mostrou
que 7,5% das vagas contaram com o benefício para os trabalhadores, sendo
45% delas para atuar nos setores de informática, administração e varejo,
respectivamente.
“Antigamente o colaborador podia tirar apenas um
dia útil designado para registrar o filho. Atualmente esse período já passou
para cinco. Essa é a licença assegurada por lei, mas podemos
perceber uma evolução no mercado de trabalho, em que as empresas estão
entendendo a necessidade do vínculo pai e filho e oferecendo, cada vez mais,
mesmo que a passos curtos, vagas com benefícios de licença-paternidade mais
longas. E esse movimento é um importante passo para que a sociedade entenda a
necessidade da responsabilidade compartilhada entre pai e mãe, explica Patricia
Suzuki, CHRO da Catho.
No primeiro semestre do ano, as áreas com mais
vagas que disponibilizaram esse tipo de benefício são Informática (18%),
Administração e participação (16%) e Comércio Varejista (10%). Dentro desse
universo, os cargos que mais oferecem um tempo maior para os recém pais ficarem
com os filhos são de administradores comerciais, técnicos em informática,
especialistas em TI, engenheiros da computação e profissionais
financeiros/administrativos.
Direitos trabalhistas CLT
Atualmente, a licença-paternidade é o principal
direito trabalhista do pai, sendo de cinco dias corridos, com a contagem
começando a partir do primeiro dia útil após o nascimento do filho. O
período deve ser remunerado, sendo assim, o trabalhador pode faltar sem
implicações trabalhistas. Essa regra vale tanto para filhos biológicos quanto
adotados. Além disso, servidores públicos federais e funcionários de empresas
que fazem parte do Programa Empresa Cidadã têm o período de licença ampliado
para 20 dias. “Na Catho, além de fazermos parte do Programa Empresa
Cidadã, também concedemos 05 dias úteis consecutivos, posteriores ao dia do
nascimento e/ou adoção do filho”, explica a executiva.
Mas não são só os pais de recém-nascidos que têm
direitos trabalhistas.Mesmo que o colaborador já tenha um filho, quando é
contratado pela empresa ele também é assegurado por direitos paternos,
como é o caso da licença especial que pode ser concedida aos pais quando
precisam dar assistência especial ao filho até os seis anos de idade. Esse
benefício pode ser integral, por três meses; parcial por 12 meses (quando o pai
trabalha meio período e cuida do filho no outro); ou intercalada, desde que as
ausências totais sejam equivalentes a três meses. Nesse caso é preciso avisar a
empresa com antecedência e apresentar atestado médico que comprove a
necessidade de afastamento. Outra medida prevista por lei para os pais de
crianças da mesma faixa etária é o direito da falta remunerada quando precisa
acompanhar o filho no médico durante o horário de trabalho.
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