O mercado brasileiro passou a ouvir o termo “startup” com uma notória frequência ao longo dos últimos anos.
No entanto, de acordo com dados da Associação
Brasileira de Startups – ABStartups, as primeiras empresas deste modelo de
negócio começaram a surgir no Brasil no começo do século 21, mas foi a partir
de 2010 que este segmento começou a crescer vigorosamente.
O termo startup começou a ser popularizado nos anos
1990, quando houve a primeira grande "bolha da internet". Muitos
empreendedores com ideias inovadoras e promissoras, principalmente associadas à
tecnologia, encontraram financiamento para os seus projetos, que se mostraram
extremamente lucrativos e sustentáveis. E foi naquela época que nasceram, no
Vale do Silício, região da Califórnia, EUA, empresas significativas, como
Google, Apple, Facebook, entre outras. Essas empresas são, atualmente, exemplos
de startups que se consagraram, tornando-se líderes em seus setores de atuação.
Em relação ao conceito, uma definição mais atual e
que satisfaz a especialistas e investidores é que startup é um grupo de pessoas
em busca de um modelo de negócios repetível e escalável. Contudo, os
empreendedores devem ter em mente que a fase inicial de uma startup é sempre
marcada por um cenário de incertezas.
O significa ser repetível? É ser capaz de entregar
o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações
ou adaptações para cada cliente.
E quanto a ser escalável? Eis o ponto-chave do
negócio: significa um crescimento cada vez maior da receita, mas com custos
aumentando bem mais lentamente.
Como assessorar uma startup?
Após o entendimento do conceito de startup, podemos
concluir que uma assessoria de imprensa para esse negócio inovador é muito
específica.
É preciso que a assessoria de imprensa tenha
conhecimento das demandas desse setor, acompanhe a dinâmica desse mercado e se
aprofunde nesse universo, a fim de desenvolver uma visão mais estratégica para
ter sucesso no objetivo de conquistar espaços relevantes nas mídias de forma
espontânea.
A empresa de assessoria de imprensa tem que
considerar as particularidades das startups. E mostrar que seu trabalho é
divulgar a missão, os valores e as práticas destas companhias de maneira
positiva, coerente, com o intuito de demonstrar a credibilidade da marca, gerar
reputação e autoridade. Fazer a ponte entre o cliente e os meios de comunicação
é uma forma de fortalecer a imagem da marca diante de seus públicos de
interesse.
Necessidade de conhecimento do setor
Como as startups estão estritamente atreladas à
tecnologia, e esta é uma área que tem seus próprios termos e temas, a
assessoria de imprensa precisa entender e ajudar a traduzir essa linguagem para
os jornalistas e, consequentemente, para o público em geral.
Poder identificar temas em comum para propor pautas
de fôlego à imprensa é uma vantagem de uma agência que atende apenas empresas
de tecnologia.
Também é importante que a startup escolha um
porta-voz preparado para traduzir as funcionalidades, utilidades e impactos de
seus produtos e serviços. No caso, a assessoria de imprensa exerce papel
importante neste quesito, uma vez que pode ajudar a preparar os briefings e
orientar sobre a postura nas entrevistas.
Além disso, a startup deve conhecer bem as personas
que pretende atingir, algo que a assessoria de imprensa pode ajudar a
compreender e como traçar um plano para atingir esses públicos.
A assessoria pode ajudar a startup a se aprimorar e
a se consolidar no mercado e também a dirimir possíveis quadros negativos, como
reclamações ou falhas operacionais. O importante é estabelecer uma comunicação
direta e objetiva, com respostas rápidas e total disponibilidade para assumir
erros e corrigir trajetórias.
Vera Lucia Rodrigues - jornalista, mestre em
comunicação social e fundadora da Vervi Assessoria de Comunicação, que há 39
anos desenvolve projetos na área de assessoria de imprensa
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