O
Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade, sendo o
único alimento até os seis primeiros meses de vida do recém-nascido
Os dados do Ministério
da Saúde comprovam que as campanhas de incentivo à amamentação, sendo a mais
conhecida como "agosto dourado", vem dando certo no Brasil. Os
índices nacionais do aleitamento materno aumentaram nos últimos anos. Para
crianças menores de seis meses foi de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020 e para
crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa
do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
Segundo o Ministério
da Saúde, o leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de
proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade
infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças
menores de cinco anos. Ajuda na prevenção de doenças como diarreia, infecções
respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão,
colesterol alto, diabetes e obesidade.
"O aleitamento
materno é completo e traz para a criança benefícios como o ganho de peso,
melhora na digestão, cólicas, previne a obesidade e auxilia no desenvolvimento
intelectual’', explica o pediatra Dr. Carlos Eduardo Chaves, pediatra do
Trasmontano Saúde.
No Brasil, o mês do
Aleitamento Materno foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que,
no decorrer de agosto, serão intensificadas ações intersetoriais de
conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno,
tais como realização de palestras e eventos, divulgação nas diversas mídias,
reuniões com a comunidade, ações de divulgação em espaços públicos, iluminação
e/ou decoração de espaços com a cor dourada. "A amamentação deve ser
exclusiva até o sexto mês, e, após a introdução alimentar, pode e deve ser
mantido o processo de amamentação até o final do segundo ano de vida da
criança. É importante lembrar que, após o primeiro ano, a tendência é reduzir
as mamadas e isso é natural. Vale ressaltar que mães com Covid-19 também devem
continuar amamentando, pois, até o momento não há comprovação de transmissão do
vírus através do leite, é importante reforçar os cuidados de higienização e
consultar sempre um médico", salienta.
Os benefícios da
amamentação para as lactantes
O médico explica que,
para as mães, a amamentação é uma grande aliada na recuperação dos hormônios e
do corpo no pós-gestação, além de trazer menores incidências de depressão
pós-parto, auxiliando também na questão emocional. "... O aleitamento
materno é o principal formador de laços afetivos entre mãe e filho, por isso, é
importante que a amamentação seja feita em um ambiente calmo, para que a
criança se concentre em mamar, estimulando a conexão entre os dois.",
finaliza o Dr. Carlos.
Trasmontano Saúde
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