As orientações abaixo ajudam a minimizar
os sintomas, melhorar a qualidade de vida, além de evitar acidentes e quedas
Dados do IBGE estimam que existam hoje, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas com a doença de Parkinson, o que corresponde a um aumento de 16% nos últimos 5 anos. A doença de Parkinson é uma doença crônica e neurodegenerativa que afeta principalmente pessoas com mais de 65 anos.
De acordo com a coordenadora do núcleo de fisioterapia do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Tawani Sanches Suzuki, a doença de Parkinson atinge o sistema nervoso central, causando a diminuição intensa e gradativa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas, causando os tremores.
Atualmente existem vários tratamentos que ajudam na contenção da doença, como atividades para minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. A seguir, a especialista elenca algumas delas:
1)
Inicie o
tratamento o mais rápido possível, mesmo que os sintomas ainda sejam leves.
Lembre-se que além de melhorar os sintomas já estabelecidos, a fisioterapia
também atua de forma preventiva, minimizando a evolução da doença.
2)
Retire
de casa todos os objetos que possam causar acidentes e quedas, como tapetes,
brinquedos de crianças e dos animais de estimação. Evite também caminhar em
lugares escorregadios e terrenos irregulares e tome sempre muito cuidado com os
degraus.
3)
Realize
adaptações nos ambientes para te ajudar a evitar acidentes como, por exemplo, a
instalação de barras de apoio nos banheiros, corrimão nas escadas e pisos
antiderrapantes. Acenda as luzes e coloque os óculos ao se levantar a noite
para ir ao banheiro ou à cozinha. Nunca se levante no escuro.
4)
Procure
manter o comprimento dos passos durante a caminhada, evitando que eles se
tornem muito pequenos, e no momento do passo tente tocar o chão sempre com o
calcanhar primeiramente.
5)
Tente se
concentrar em dar o passo tocando o chão com o calcanhar ou imaginar uma linha
no chão a ser ultrapassada - quando se sentir preso ao chão (congelamento da
marcha).
6)
Evite
realizar outra atividade enquanto caminha como, por exemplo, utilizar o
celular. Concentre-se no que está fazendo para não tropeçar e cair.
7)
Realize
diariamente atividades cognitivas para estimular a memória e a concentração –
como leitura, caça-palavras, palavras cruzadas, sudoku etc.
8)
Realize
atividades físicas de forma regular, porém faça essas atividades com segurança
e supervisão, se for necessário.
Para finalizar, Tawani lembra da
importância de um profissional qualificado para o tratamento da doença:
“Procure ajuda de profissionais especializados para que você ou seu familiar
não corram nenhum risco. Você pode encontrá-lo através do site da Associação
Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional – ABRAFIN: www.abrafin.org.br.”
Centro de
Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)
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