A pandemia que assola o mundo faz com que
o futuro do trabalho já não caiba nas baias, nem se importe com ostensivos
escritórios
As
soft skills, características comportamentais de personalidade que potencializam
o conhecimento “técnico”, principalmente no que tange ao tão almejado pensar
fora da caixinha, refletem uma tendência do futuro do trabalho. Nesse contexto,
a colaboração é a skill mais valorizada pelos RHs das grandes empresas, seguida
pela habilidade de comunicação e resiliência. Mas os altos salários e pacotes
de benefícios já não são suficientes para esses profissionais. Eles querem
mais. Querem um propósito que os encante e lhes dê sentido ao trabalho.
Entender
esse propósito é enxergar a sinergia entre os objetivos pessoais e os da
organização - uma compreensão já percebida como fundamental na atração e
retenção desses colaboradores. Outro desafio para o RH é a estrutura
organizacional sedimentada na ancestralidade hierárquica, formal e
horizontal, comum nas grandes marcas, enquanto os profissionais
colaborativos têm visto na cultura do coworking as condições ideias para se
desenvolverem como profissionais e seres humanos.
“O
futuro do trabalho já não cabe nas baias nem se importa com ostensivos
escritórios. A tecnologia digital redimensionou as relações entre
empregado e empregador quando abriu possibilidades como o trabalho remoto”,
explica Melina Alves, CEO da DUXCoworkers, empresa que desenvolve soluções a
partir da inteligência coletiva centrada no usuário. “As grandes marcas já
perceberam que esses aspectos são estratégicos e não caprichos de profissionais
de destaque no mercado. O fato é que o ambiente de trabalho antes da pandemia
global já era criativamente claustrofóbico, avessos à inovação”, complementa a
executiva que, há uma década, oferece aos colaboradores uma estrutura de
trabalho baseada no coworking e na experiência do usuário.
“Os
colaboradores devem ser vistos como usuários e tudo o que a empresa oferece no
mercado é o que deve praticar internamente, em uma consolidação das relações
trabalhistas e comerciais pautadas pelo ganha-ganha. Todos devem ser felizes,
realizar sonhos e se sentirem capazes”, explica Melina. “Se alguém ganhar muito
mais do que o outro é porque algo de ser revisto no processo. Se os produtos e
serviços devem ter foco em seus consumidores, os processos devem se preocupar
com os profissionais que deles participam. E para que esse ecossistema se
mantenha consistente, ele deve ser permeável às mudanças”, finaliza.
DUXcoworkers
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