Discussões e brigas em locais públicos
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Conflitos por
assuntos relacionados à pandemia têm se tornado comuns em locais públicos
As notícias sobre discussões – e até mesmo brigas
com violência física – no transporte coletivo, nos supermercados e no trânsito
têm se tornado cada vez mais frequentes. Os motivos são variados: política, o
uso incorreto ou a falta do uso de máscaras, o desrespeito às regras de distanciamento,
a realização de festas e churrascos durante a quarentena, entre outros. Segundo
a psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, Priscila Ribas, nesses casos, “o
medo da atual situação imposta pela pandemia pode ser sim um dos fatores
desencadeantes do comportamento agressivo devido ao elevado nível de estresse”.
O isolamento social por si só já tem mexido
bastante com os níveis de estresse e o equilíbrio psicológico e emocional dos
brasileiros. Quando somamos a essa equação o desencontro de informações sobre a
pandemia do novo coronavírus, as incertezas econômicas e o medo da doença, o
impacto na saúde mental é ainda maior. “A mudança na rotina da população pode
ser traumatizante, podendo gerar um adoecimento psicológico com quadros de
transtorno de estresse pós-traumático, depressão, além de problemas emocionais
como humor rebaixado, insônia, raiva, exaustão emocional e irritabilidade”,
aponta a psicóloga.
Tratamento
Antes de iniciar qualquer intervenção médica ou
terapêutica, é preciso verificar o tipo e a origem da agressividade. “Às vezes,
ela é transitória, geralmente com o intuito de ‘resolver’ algum conflito
interpessoal”, como no caso das discussões que têm ocorrido em locais públicos,
como os supermercados e ônibus. Para que isso não acabe resultando em
consequências maiores, a recomendação é tentar evitar situações que possam
gerar ansiedade ou se transformar em gatilho para conflitos.
Por outro lado, os episódios de violência, quando
recorrentes, podem indicar a existência de uma doença e devem ser avaliados por
um profissional. “O psiquiatra ou o psicólogo precisa investigar o histórico de
vida do paciente, se conviveu em um ambiente agressivo na primeira infância, se
existiu um comportamento delinquente na adolescência ou vida adulta, ou até
mesmo se existe um Transtorno Opositor Desafiador (TOD)”, completa a psicóloga
da Paraná Clínicas.
Paraná Clínicas
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