Ao comprar ou confeccionar em casa uma
máscara de proteção as pessoas devem tomar alguns cuidados, tanto com o tecido
quanto com o tamanho da mesma. O pneumologista no Super Dr. Saúde Integrada, em
Ponta Grossa (PR), Pedro Compasso, explica que algumas pessoas relatam dor de
cabeça e tonturas devido ao uso prolongado da máscara de contenção, no entanto
esses sintomas neurológicos podem estar relacionados ao tecido da máscara, a
qual “precisa evitar a projeção de partículas, mas não prejudicar a
respiração”, afirma.
Segundo o médico, as máscaras impermeáveis e
de tecidos muito grosso não permitirão a ventilação, a passagem do ar, o que
seria o mesmo que a pessoa respirar dentro de uma câmera fechada. “Esta
concentração mais alta de gás carbônico que a própria pessoa fica jogando na
máscara pode sim resultar em sintomas no corpo e neurológico como tontura e dor
de cabeça, por isso é importante que a máscara caseira seja de tecidos como
TNT, tricoline e algodão, e ajustável ao formato do rosto, cobrindo
totalmente a boca e o nariz”, alerta.
Outra recomendação é que a máscara de tecido
seja trocada a cada duas horas, evitando a umidade da mesma. No momento de
troca é importante não colocar as mãos no meio da máscara, já que o tecido pode
estar contaminado. É preciso puxar pelos elásticos que envolvem as
orelhas.
Em relação ao uso em crianças o médico
observa que a recomendação da Academia Americana de Pediatria (APP) é para que
a máscara não seja utilizada em menores de dois anos de idade. “O uso de
máscaras entre em bebês, menores de dois anos, pode fazer com que os pequenos
tenham dificuldades para respirar, pois eles contam com vias aéreas menores, e
pode até mesmo levar ao sufocamento e estrangulamento. A orientação é evitar
sair de casa com as crianças”, diz.
Super
Dr.
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