Você sabia que a
vitamina D é um hormônio que pode ajudar na prevenção de várias doenças? Isto
porque, além de ser fundamental no metabolismo do cálcio e da formação óssea,
ela apresenta efeitos sobre as células do sistema imunológico, sobretudo nos
linfócitos T, bem como na produção e na ação de diversas citocinas. Vários
estudos têm sido conduzidos pelo mundo afora para elucidar essa participação
imunomoduladora da Vitamina D sobre o organismo. Recentemente, médicos
italianos de Turim publicaram um estudo demonstrando que pacientes que
evoluíram para formas graves do novo coronavírus tinham níveis de vitamina D
abaixo da normalidade. Porém, não podemos tirar conclusões precipitadas ainda
quanto a correlação com a doença.
Se essa
substância é tão importante para o organismo, como encontrar as fontes de
Vitamina D?
Cerca de 80% da
vitamina D produzida pelo corpo vem a partir da ação dos raios ultravioleta B
sobre a pele, que ativa um precursor cutâneo da Vitamina D e, numa complexa
reação passa pelo fígado e chega aos rins na sua forma ativa. Sabemos que
apenas 20% da vitamina D é proveniente da alimentação, sendo os que alimentos
que contêm vitamina D são: óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado,
leite, iogurte e queijos. Mas somente a alimentação dificilmente será
suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue.
Portanto, a
exposição solar é uma rica fonte de Vitamina D, que deve buscada diariamente,
mas com moderação. Em torno de 10 a 15 minutos por dia já contribui para o
organismo atingir níveis razoáveis de Vitamina D. Mas atenção!!! Essa exposição
deve ser cuidadosa, e, de preferência, em áreas não expostas cronicamente a luz
solar, como palmas e plantas dos pés, costas e pernas, devido aos riscos do
câncer de pele.
Como saber se
uma pessoa necessita de suplementação de Vitamina D?
Muitos estudos
mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que
aumenta a chance de desenvolver osteoporose e fraturas. A população de maior
risco são mulheres acima de 55 anos, na pós–menopausa. Mas, homens e mulheres
de diferentes idades também apresentam com frequência níveis baixos da vitamina
D.
A deficiência da
vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Pessoas com
níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e
até dor crônica. Além de problemas ósseos existem indícios de que a falta de
vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de várias outras doenças:
Obesidade, Diabetes, Depressão, Alzheimer, Doença Cardiovascular, Câncer de
Mama, Câncer Colorretal, Câncer de Próstata, Artrite Reumatoide etc. Portanto,
para saber se os níveis sanguíneos estão dentro da normalidade, é necessário
fazer um exame de sangue.
Valores
considerados adequados estão entre 20 e 30 ng/ml, conforme recomendação do
Consenso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgado em agosto do ano
passado. Porém em determinadas patologias, como doenças auto imunes, é
interessante que esses níveis se mantenham mais altos, de acordo com critérios
médicos.
O que você pode
fazer para evitar a deficiência de vitamina D?
Além da
exposição controlada ao sol e da alimentação, a suplementação com vitamina D
pode ser uma boa alternativa, gerando normalização dos níveis de vitamina D em
torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta
de suplementação depende de sua idade, do nível de deficiência e dos fatores de
risco presentes. Portanto, é fundamental, que você procure um médico e faça a
dosagem do seu nível de vitamina d para fazer a suplementação sob supervisão
médica.
Sabemos que a
radiação solar é essencial à vida no planeta e seres humanos privados do sol
desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é
possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando
queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se
beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona.
Conclusões
Apesar dessas
evidências, isto não significa, entretanto, que o uso indiscriminado de
Vitamina D possa ser usado contra o coronavírus. Porém, estar com os níveis de
Vitamina D dentro do normal pode ser sim um grande aliado no combate a várias
doenças que dependem de um sistema imune competente, inclusive a Covid19.
Dra. Simone Neri - DERMATOLOGISTA - CRM 80.919 - médica plantonista do Pronto Socorro do
Hospital São Luiz, ex-coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz
Anália Franco. Participa ativamente de Congressos, tanto como ouvinte
quanto como palestrante e destaca-se na área de Cosmiatria e Estética com
expertise no manejo de Preenchedores, Toxinas e Lasers, sendo uma das poucas
profissionais da área a dominar a técnica consagrada de MD Codes de
harmonização facial. Na área de inovações em técnicas cirúrgicas, participou de
um grupo de estudos no Instituto Butantã no tema Toxina Botulínica em Processos
Inflamatórios do Couro Cabeludo, com apresentações em Congressos Nacionais e
Internacionais. Já na área da Dermatologia Clínica investe exaustivamente em
atualizações científicas, com tratamentos inovadores como os chamados
Medicamentos Imunobiológicos em doenças crônicas como Psoríase e Hidrosadenite.
Atualmente é dermatologista em consultórios próprios: Em São Paulo - Rua Dr Veiga Filho
350 Cj 701, Higienópolis – São Paulo - Tel. 11-5555-0272. Em Osasco-SP - Rua Machado de Assis, 797, Cj 1101/1102 - Tel. 11- 2576-1770 / WhatsApp: 11 - 93093-4122.
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