15
de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo)
O
Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São
Paulo adotou o tema do Ano Internacional dos Solos 2105 como o mote de sua
campanha de aniversário de 128 anos, que serão completados em junho próximo. E
tem bons motivos para isso.
Pioneiro
no Brasil em análises de solo, além de capacitar outras instituições privadas,
o IAC mantém um centro de pesquisas de solos e recursos ambientais e continua
realizando análises para agricultores e transferindo tecnologia para
laboratórios do país e do exterior. Há 128 anos cumpre a tarefa de colaborar
para a preservação do solo paulista onde se desenvolve a agropecuária mais
diversificada do País.
A
secretaria se junta à Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), proponente do ano dos solos, para divulgar a importância
desse recurso natural e de sua conservação. Debaixo dos nossos pés e tão
ignorados, os solos estão na base da agricultura familiar e na luta contra a
fome: 95% de todo alimento produzido no mundo vêm do solo. Cumprem o papel de
reservatórios da biodiversidade, moradia de bilhões de microrganismos de
centenas de espécies. Os solos têm vida!
Os
solos sequestram e armazenam o carbono como matéria orgânica, contribuindo para
reduzir o efeito estufa e as possíveis mudanças climáticas globais; têm
influência decisiva no ciclo hidrológico do planeta por sua ação de filtragem;
constituem matéria prima básica para as construções.
É
essencial manter um equilíbrio cuidadoso entre a necessidade de preservar os
nossos recursos naturais e expandir a nossa produção de alimentos. E neste
momento, quando os brasileiros sentem os impactos da falta de água, reforço a
necessidade de se atentar para o solo, pois seu manejo adequado contribui para
preservação da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos.
A
degradação dos solos tem um impacto negativo na produção de alimentos e na
prestação de serviços ambientais. Entre suas principais causas incluem-se a
erosão hídrica, a aplicação intensa de agrotóxicos e o desmatamento. A
degradação também está associada à pobreza: 40% das terras mais degradadas do
mundo estão em zonas com altos índices de pobreza. E apesar de sua grande
importância, a saúde dos solos depara-se com um grande desafio: 33% das terras
do planeta estão degradadas o que se expressa na redução da cobertura vegetal,
na diminuição da fertilidade, na contaminação do solo e da água e no
empobrecimento das colheitas.
Por
não ser um recursos renovável o solo precisar ser preservado sob pena de
precisarmos lidar a médio prazo com outra grande ameaça à vida. A preservação é
um desafio urgente: um centímetro de solo pode levar milhares de anos para ser
formado e esta mesma quantidade pode ser destruída em alguns minutos por uma
prática incorreta de manejo, como a que não previne a erosão ou a que nele
lança rejeitos poluidores.
A
discussão e as decisões firmes quanto aos temas relativos aos solos são
fundamentais para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que eu
torço para que sejam estabelecidos a partir deste ano. A erradicação da
pobreza, a mudança de padrões de produção e consumo e a proteção e uso dos
recursos naturais para o desenvolvimento econômico e social são preocupações
que estão na base do crescimento sustentável e são cruciais para uma abordagem
sistêmica dos solos.
15/04/2015
Arnaldo Jardim - deputado
federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo
www.arnaldojardim.com.br
Twitter: @ArnaldoJardim
Facebook:
Deputado Arnaldo Jardim
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