Profissionais que atuam nestas categorias,
consideradas essenciais, foram incluídos na segunda fase da Campanha de
Vacinação contra a Gripe
O Ministério da Saúde incluiu caminhoneiros,
motoristas de transportes coletivo e trabalhadores portuários na segunda fase
da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que começa no dia 16 de
abril. As três categorias se juntam ao grupo prioritário que também contempla
doentes crônicos e profissionais das forças de segurança e salvamento. O
anúncio da inclusão dos caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários
foi feito na última segunda-feira (30/3) pelos ministros da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Com essa alteração, os professores, tendo em vista
que as aulas estão suspensas, passam a integrar o grupo prioritário da terceira
fase. “Como todas as escolas estão com as atividades paralisadas, optamos por
priorizar na próxima fase da campanha aqueles profissionais que atuam nos
portos, no transporte de cargas, motoristas de transporte coletivo, expostos
diariamente porque estão na linha de frente, prestando serviços essenciais”,
destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Até esta quinta-feira (2/4), na primeira fase da
campanha que começou no dia 23 de março, 15,6 milhões de doses foram aplicadas
em idosos, representando 62,6% da população a ser alcançada. Em relação aos
trabalhadores de saúde, foram vacinados 2,6 milhões, alcançando 52% da meta. A
Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe segue até 22 de maio.
A meta da Campanha Nacional de Vacinação Contra a
Gripe é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de
maio. O dia “D” de mobilização nacional para a vacinação acontece no sábado,
dia 9 de maio.
CONHEÇA AS
FASES DA CAMPANHA
Fases da Campanha
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Público-alvo
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1ª fase (a partir de 23 de
março)
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Idosos com 60 anos ou mais
Trabalhadores da saúde
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2ª fase (a partir de 16 abril)
|
Profissionais das forças de
segurança e salvamento
Doentes crônicos
Caminhoneiros, motoristas de
transporte coletivo e portuários
|
3ª fase (de 09 a 22 de maio)
|
Professores
Crianças de 6 meses a menores de
6 anos
Grávidas
Mães no pós-parto
População indígena
Ressoas acima de 55 anos
Pessoas com deficiência
|
VACINAÇÃO
ANTECIPADA
Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da
campanha, de abril para março, para proteger, de forma antecipada, os públicos
prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. Devido a circulação do
coronavírus no país, cada estado e município tem buscado estratégias para
diminuir concentração de pessoas. Esta vacina não tem eficácia contra o
coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na
exclusão do diagnóstico da gripe, já que os sintomas são parecidos, para chegar
mais rapidamente a conclusão do diagnóstico de coronavírus. E, ainda, ajuda a
reduzir a procura por serviços de saúde.
Estudos e dados apontam que casos mais graves de
infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos,
grupo que corresponde a aproximadamente 20 milhões de pessoas no Brasil. Por
isso, a primeira fase da campanha contempla esse público.
ENVIO DAS
DOSES DA VACINA
Todos os estados foram abastecidos para iniciar a
Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Para isso, o Ministério da Saúde
investiu R$ 1 bilhão na aquisição total de 75 milhões de doses da vacina para
as três fases da campanha. Mais de 26 milhões de doses já foram enviadas às
Unidades Federadas para atender o público prioritário da primeira fase. A
vacina, composta por vírus inativado, protege contra os três vírus que mais
circularam no hemisfério sul no ano passado: Influenza A (H1N1), Influenza B e
Influenza A (H3N2).
Toda semana, o Ministério da Saúde envia novas
remessas de lotes da vacina aos estados, conforme entrega do laboratório
parceiro, o Instituto Butantan, que antecipou em um mês sua produção, para que
o país iniciasse a vacinação da população contra a gripe. Os estados são
responsáveis por fazer a distribuição aos municípios.
Neste ano, a campanha de comunicação divulgada pelo
Ministério da Saúde traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada
para as outras duas fases da campanha, as peças destacam as datas de início da
vacinação para cada grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar
o calendário para que todos sejam vacinados. A mensagem será transmitida por
filme para redes e TV, spot de rádio, anúncio, cartazes, peças online, entre
outras mídias, no período entre 21 de março a 22 de maio.
ADIAMENTO DA
VACINAÇÃO DE ROTINA PARA CRIANÇAS
Durante a primeira fase da campanha de vacinação
contra a gripe, o Ministério da Saúde recomendou aos Estados e Municípios que
seja adiada a vacinação de rotina, principalmente das crianças. Assim, até o
dia 15 de abril, a população deve aguardar a conclusão desta fase para que
possa voltar aos postos de saúde para se vacinar. A medida preventiva objetiva
reduzir o contato dos idosos e crianças, já que estas são importantes
transmissores e disseminadores das doenças respiratórias.
Assim, a recomendação é que pais e responsáveis por
crianças aguardem o término desta fase e, a partir do dia 16 de abril, voltem
às unidades de saúde para realizar a vacinação de rotina. Esta medida, se
estende também para população adulta, contemplada no calendário nacional de
vacinação. Contudo, para Estados com circulação ativa do vírus de sarampo e
febre amarela, é recomendada a continuidade da vacinação para as duas doenças,
e que estas estratégias ocorram de forma planejada afim de evitar concentração
de pessoas.
CASOS DE
INFLUENZA NO BRASIL
O Ministério da Saúde mantém a vigilância da
influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e
de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São
167 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do País e tem como
objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o
monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até a Semana Epidemiológica 12 (21 de
março), foram registrados 204 casos e 19 óbitos por Influenza A (H1N1)pdm09,
181 casos e 17 óbitos por Influenza B e 21 casos e 3 óbitos por Influenza A
(H3N2). O estado de São Paulo concentra o maior número de casos de Influenza A
(H1N1) pdm09, com 50 casos e 4 óbitos. Em seguida, estão a Bahia (49 casos e 3
óbitos) e o Paraná (21 casos e 5 óbitos). No ano passado, o país registrou
5.800 casos e 1.122 óbitos pelos três tipos de influenza.
Vanessa Aquino
Agência Saúde
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