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terça-feira, 3 de março de 2020

Saiba como a tecnologia está ajudando em negociações internacionais durante o surto de coronavírus


Nas últimas semanas, foram registradas aproximadamente 900 mortes na China provocadas pelo coronavírus. Não há confirmação do fator desencadeante que causou a mutação do vírus, porém há algumas especulações de cientistas e pesquisadores, já foi citado alguns possíveis hospedeiros, como morcego, pangolim (mamífero em extinção), e outros animais. O estudo tenta fazer uma ligação do consumo da população do ponto principal de contaminação (Wuhan) com os animais.

O gigante asiático parou com o objetivo de tentar conter a proliferação da doença. O ocidente já esperava uma semana de feriado de comemorações devido ao ano novo lunar comemorado por alguns países no oriente, porém o feriado foi estendido, tudo permaneceu fechado e chineses foram impedidos de realizar suas tradições de viajar para visitar seus familiares.

Não demorou muito para o terrível vírus se espalhar, afetando quatro continentes. Diversos países fecharam suas fronteiras e as nações iniciaram suas operações de repatriação de pessoas estrangeiras que estavam em outros países. Brasileiros que passaram pelo processo de repatriação chegaram no dia 9 de fevereiro e devem passar por uma quarentena.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e movimenta consideravelmente o mercado internacional, tanto em importações quanto exportações, na plataforma de Big Data Analysis da LogComex, a China também sempre está no topo das relações com o Brasil. Por esse motivo, esse vírus está gerando um grande impacto na China e em nações parceiras, já gerou queda na bolsa de valores chinesa assim como de diversos países, instabilidade do dólar comercial e ainda pode gerar uma desaceleração econômica a nível mundial.

Marcos Troyjo é o secretário de Comércio Exterior e Relações Internacionais, o mesmo afirma que o Brasil possui uma grande carteira de consumidores no mundo e possui diversidade suficiente, não dependendo apenas do país asiático para manter a balança comercial positiva.

No entanto, podem existir consequências. A curto prazo alguns estados brasileiros que possuem como atividade principal a produção de automóveis e máquinas, podem ficar com suas fábricas paradas, por falta de peças para reposição. Companhias de transporte aéreo e marítimo já aumentaram as tarifas de frete para cargas com destino ao continente asiático. Também a redução das exportações brasileiras e queda nos valores das mercadorias. A ANVISA adotou procedimento para todas as embarcações com suspeita da doença, podendo impedir ou paralisar suas operações. Até o momento, o governo não constatou queda nas exportações brasileiras, mas afirma que haverá em médio prazo. Mesmo assim, é um fator de preocupação, pois alguns contêineres refrigerados estão parados em terminais, impedindo a entrada de novos, que estão sendo redestinados a países próximos, como Cingapura e Hong Kong.

Enquanto muitas fábricas foram prejudicadas, o setor farmacêutico e de materiais hospitalares se beneficiou. Chegou a faltar máscaras e luvas, pela utilização sem necessidade de algumas cidades no mundo. A Organização Mundial de Saúde declarou estado crítico internacional, o que impulsionou a  China nas últimas semanas a construir um hospital em dez dias com mil leitos em Wuhan, que abrigará pacientes contaminados pelo coronavírus.

Em momentos como esse a tecnologia se faz ainda mais necessária. As autoridades chinesas estão operando drones para garantir que a população só saia de casa utilizando máscaras, os drones também estão sendo utilizados para pulverizar desinfetante. A frota de drones tem capacidade de cobrir até 300mil m² em menos de quatro horas e a população também está colaborando, utilizando drones próprios.

Grande parte dos complexos portuários da China, são autônomos, ou seja, não precisam de pessoas para operar dentro do porto, permitindo o embarque e desembarque das cargas sem o risco de contaminação da tripulação e de estivadores. O porto de Qingdao por exemplo, eliminou 85% da mão de obra, e pode ser controlado apenas por 9 operadores portuários em escritório.





Helmuth Hoffstatter - Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.

http://www.logcomex.com/

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