Com a aprovação
ontem, no Senado, do relatório da portabilidade da conta de luz, o Brasil se
coloca rumo à liberdade de escolha e sai do penúltimo lugar no ranking dos
países com energia livre
Nesta terça-feira, 03.03, a Comissão de
Infraestrutura (CI) do Senado aprovou por unanimidade o PLS 232/16, de
relatoria do Senador Marcos Rogério (DEM/RO) e autoria do Senador Cássio Cunha
Lima, que trata da modernização do setor elétrico e abre o mercado de energia
para todos os consumidores.
A reunião da Comissão teve a presença do Ministro
de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e Diretor-Geral da Aneel, André
Pepitone, além de diversos dirigentes do setor, o que reforça o alinhamento em
relação à proposta.
Como a matéria está submetida a turno suplementar,
são necessárias duas deliberações na Comissão. No momento, o projeto está no
prazo para receber emendas. Se houver apresentação, nova deliberação acontecerá
na próxima reunião da Comissão. Caso não haja mudança no texto nem recurso para
apreciação em Plenário, a matéria segue para análise da Câmara dos Deputados.
Com a sanção do projeto, o mercado livre de energia
ficará acessível a todos os consumidores, inclusive aqueles com carga menor que
500 kW, ou seja, residenciais. Atualmente, só tem liberdade de escolha do
fornecedor quem consome mais de 3000 kW mensais.
O mercado livre já representa 30% de toda a energia
elétrica consumida no Brasil e entregou aos seus consumidores, em média, uma
economia de 34% sobre as suas contas de energia elétrica em 2019. Para a
Abraceel os resultados de geração de energia, comercialização e economia serão
maiores com a abertura total do mercado de energia no país. “Somos um dos
últimos países do mundo a abrir totalmente o mercado de energia”, comenta o seu
presidente Reginaldo Medeiros.
A Associação apoia essa iniciativa, a reforma é
essencial para que o setor de energia possa se desenvolver com eficiência e
estímulo à competição, em benefício da sociedade.
O mercado livre de energia no Brasil tem hoje 324
comercializadores registrados na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica) e fechou 2019 com 6.870 consumidores. As empresas associadas da
Abraceel detêm 83% desse mercado.
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