Levantamento
também identificou aumento em compras por e-commerce e estocagem de água e
comida em decorrência da pandemia de Covid-19
A pandemia de coronavírus deve ocasionar prejuízos
não apenas no cenário macro das economias mundiais, mas também no bolso da
população. É o que acreditam os participantes da quarta onda da pesquisa
“Tracking the coronavirus – results from a multi-country poll”, realizada
semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 12 nações. Na China, um dos países
mais afetados pela doença, nove em cada dez ouvidos (89%) creem que o surto de
Covid-19 impactará negativamente o seu orçamento e de suas famílias.
O pessimismo chinês é compartilhado com os
vietnamitas. No país do sudeste asiático, 89% dos entrevistados também
afirmaram que o coronavírus acarretará impacto financeiro nos lares locais. Na
Índia e na Itália, três em cada quatro pessoas (75% dos ouvidos em cada país)
concordam com a premissa.
Completam o ranking Japão (68%), Austrália (65%),
Rússia (63%), Canadá (60%), Estados Unidos (57%), França (54%) e Reino Unido
(50%). Na última posição, a Alemanha é a única nação onde menos da metade dos
participantes da pesquisa acredita que a pandemia deve ser prejudicial aos
orçamentos familiares, com 40% de concordância com a frase.
Hábitos de consumo
O levantamento também mensurou as alterações que os
hábitos de consumo dos ouvidos sofreram em decorrência do coronavírus.
Considerando as 12 nações, 23% declararam ter começado a estocar alimentos
especificamente para se proteger do surto da doença. Os países que mais
aderiram à medida foram China (42%), Índia (32%) e Vietnã (30%). Na outra ponta
do ranking, Japão (6%), Rússia (12%) e França (14%) não compartilham da mesma
preocupação.
A água também é um item de primeira necessidade que
está sendo estocado por 15% do total de entrevistados. Encabeçam a lista Índia
(34%), Vietnã (24%) e Estados Unidos (23%). Por outro lado, Japão (3%), Reino
Unido (6%) e França (7%) fecham o ranking.
E-commerce
Os participantes da pesquisa, especialmente os
ouvidos de países da Ásia, relataram o uso do e-commerce para comprar produtos
que normalmente adquiririam em lojas físicas. 57% dos vietnamitas, 55% dos
indianos e 50% dos chineses declararam optar pela compra online com maior
frequência, em vista da pandemia. Em contrapartida, o e-commerce é uma opção
frequente para apenas 12% dos alemães e 16% dos franceses e canadenses.
O levantamento on-line foi conduzido entre os dias
12 e 14 de março e contou com a participação de cerca de 12 mil pessoas, com
idades de 16 a 74 anos. A margem de erro é de 3,5 p.p..
Ipsos
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