(As PMEs estão assimilando máquinas
remotas de usuário configuradas e instaladas em condições de vulnerabilidade
extrema. Securisoft divulga recomendações básicas para mitigar os riscos)
A
empresa global de segurança Bitdefender,
representada no Brasil pela Securisoft,
está prevendo uma piora nas condições de segurança cibernética, em nível
mundial, devido à súbita corrida das empresas para arquitetura de funcionamento
home-office.
Pelas
estatísticas da Bitdefender, 10,3% dos computadores domésticos e notebooks
estão configurados com senhas extremamente fracas (como 12345678). O mesmo
acontece com 44,78% dos smartphones pessoais (não incluídos entre os ativos
empresariais da rede) e com mais de 30% dos roteadores wi-fi na residência do
usuário.
"Com
a avalanche do Coronavírus, milhares de empresas de todos os portes estão tendo
de improvisar ou ampliar uma estrutura home-office com altas taxas de
improvisação devido à pressa", afirma Eduardo D'Antona, CEO da Securisoft
e Country Manager da Bitdefender.
Segundo
ele, a situação é preocupante mesmo para empresas grandes (ou da economia 4.0),
que já dispõem de redes projetadas para o trabalho remoto. "Mas a maior
vulnerabilidade recairá para as PMEs que só viam a conexão home-office como
algo complementar e limitado a alguns funcionários", afirma D'Antona.
Alto risco no wi-fi caseiro
Segundo
o executivo os mais de 1,2 mil parceiros Securisoft que revendem e instalam
soluções de segurança de "end-point" estão relatando ao suporte
Bitdefender uma série de situações atípicas. Ele menciona o caso de escritórios
com 30 a 300 funcionários, que vêm criando estruturas remotas a partir da
simples assimilação de máquinas de propriedade do empregado.
"Empresas
mais ricas dispõem de estoque de notebooks, ou partem para soluções como o
aluguel ou leasing de lotes com dezenas ou até centenas de máquinas. Mas quando
a saída é máquina caseira, o risco se torna muito alto", continua
D'Antona.
Entre
as vulnerabilidades apontadas por ele estão: antivírus desatualizados ou de
procedência insegura; histórico recreativo das máquinas, links por URLs
perigosas, o compartilhamento do computador (ou das senhas) por várias pessoas
da família, e a exposição da identidade do usuário através das redes
sociais.
Além
disso, o universo digital doméstico conta hoje com outros pontos de
insegurança, que passam despercebidos. Na pesquisa Bitdefender, 16% das
impressoras conectadas ao Wi-fi utilizam senhas inócuas, o mesmo valendo para
55% dos aparelhos de Smart TV e 98,7% das câmeras IP.
Reforçar firewall, o Wi-fi e a disciplina
As
equipes de suporte da Securisoft recomendam que as PMEs mobilizem seu pessoal
interno de TI ou procure apoio profissional entre uma das 15 mil revendas e
integradores da área de segurança no País.
Para
facilitar a mitigação de riscos, o gerente técnico da Securisoft, Ronan
Takahashi, listou algumas recomendações básicas:
- Troca de Senha - Oriente o usuário doméstico a reconfigurar o seu wi-fi
e todos os aparelhos IP da casa com uma senha complexa (com pelo menos 8
caracteres e usando números, letras e teclas como @, $, &, além de ao
menos uma maiúscula).
- Oriente o usuário a não
compartilhar sua senha e a criar partição de "visitante" (sem acesso aos dados empresariais), em caso de uso
compartilhado da máquina.
- Solicite ao técnico de TI
que instale ferramenta de VPN
(Rede Privada Virtual) para o acesso remoto. Impeça a conexão do usuário
com o sistema raiz do servidor.
- Instale antivírus com
inteligência artificial, firewall, criptografia, antispam e varredura
online contra ameaças na nuvem.
- Utilize software DLP (Data
Loss Prevention), para
monitorar o uso de dados sensíveis. Por exemplo, impedindo sua impressão,
gravação, envio ou modificação acidental ou de propósito.
- Solicite ferramentas de
monitoramento e alarme
sobre o comportamento digital do usuário quando conectado à rede.
- Crie um documento/manual
de conduta responsável na rede
a ser assinado por todos os usuários.
- Consulte informações sobre a metodologia BYOD (Bring Your Own Device) antes de admitir o trabalho remoto através do smartphone do usuário.
A Securisoft
recomenda que as PMEs deem preferência para prestadores de serviço certificados
por fabricantes de software de segurança.
A Securisoft está conseguindo manter 100% da suas equipes de suporte e vendas, sem impactos relevante do recolhimento, através do acionamento de uma arquitetura pré-existente de contingenciamento operacional e trabalho em home-office.
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