Segundo a Secretaria de
Estado da Saúde, já foram confirmados 930 casos desde o último mês de agosto. A doença atinge, principalmente, pessoas com idade entre 20
e 29 anos
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa)
acaba de divulgar um novo Informe Epidemiológico referente aos casos de sarampo
em solo paranaense. De acordo com os dados apresentados, o Paraná já soma 930
casos de sarampo desde o mês de agosto de 2019. Hoje, 45 municípios apresentam casos da doença, em 12 Regionais
de Saúde do Paraná.
“O
vírus está circulante no Estado e lembramos que esta doença é altamente
contagiosa; estamos em período de campanha de imunização contra o sarampo;
tivemos o prazo prorrogado e a faixa etária ampliada para beneficiar um número
ainda maior de paranaenses”, destacou o secretário da Saúde, Beto Preto.
Outro
número que chamou a atenção no Informe Epidemiológico faz referência a idade
das pessoas contaminadas pelo sarampo. A maior taxa de ocorrência está entre os
adultos jovens com idade entre 20 e 29 anos. Entre os principais sintomas
do sarampo estão manchas vermelhas na pele, tosse persistente, manchas brancas
na parte interna da bochecha e irritação nos olhos. A doença pode ocasionar
febre, convulsões, infecções, conjuntivite, perda de apetite, diarreia e, em
casos mais graves, até lesão cerebral e infecções no encéfalo. A enfermidade é
considerada de maior risco para crianças menores de 5 anos, podendo causar
meningite, encefalite e pneumonia. Sem um tratamento específico, a única
prevenção garantida é a vacinação.
“A
doença pode ser prevenida por meio da vacina tríplice viral contra sarampo,
caxumba e rubéola. Uma dose gera imunidade em aproximadamente 93% dos
vacinados. O emprego de duas doses possui eficácia de proteção em torno de
97%”, explica Deivis Junior Paludo do grupo Diagnósticos do Brasil. De acordo
com a Sociedade Brasileira de Imunização e o Ministério da Saúde, a primeira
dose deve ser aplicada aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses, que pode
ser substituída pela vacina tetravalente. Além disso, é recomendado que a população com idade entre um
a 29 anos deve receber duas doses da vacina tríplice viral e de 30 a 49 anos,
uma dose. “A vacina contra o sarampo é altamente
efetiva e com certeza a melhor forma de prevenir a doença”, confirma o Dr. Aier
Adriano Costa, clínico geral e coordenador médico da Docway.
Apesar
de, na maioria dos casos, o diagnóstico do sarampo ser feito por meio de
avaliação clínica, o especialista do Diagnósticos do Brasil ressalta que está
disponível no mercado nacional o exame que identifica a doença. “Ele é
realizado por meio da sorologia, que detecta a presença de anticorpos IgM e IgG
específicos, com resultados em até 10 dias úteis”, explica Deivis. Em 2016, o
Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo, emitido pela
Organização Pan-Americana de Saúde, mas o título foi retirado em fevereiro
deste ano após a verificação do surto ocorrido em 2018. O motivo da epidemia da
doença é extremamente preocupante, pois se resume à redução da cobertura
vacinal, proporcionando um ambiente populacional menos protegido ao vírus.
“A vacina
contra o sarampo integra o calendário nacional de vacinação, e é de extrema
importância que a população retome seus cuidados em segui-lo à risca. Afinal,
esta é a única maneira comprovada de se prevenir contra essa e muitas outras
doenças que podem ter consequências graves”, reforça Deivis. Adultos que ainda não foram imunizados
contra o sarampo, também devem seguir as indicações das autoridades: pessoas de
até 29 anos devem receber duas doses para a imunização. “Para a população entre
30 e 49 anos, o indicado é que recebam uma dose da vacina tríplice viral. A
exceção fica para pessoas imunodeprimidas, acima 50 anos ou mulheres grávidas,
que não devem tomá-la”, completa o Dr. Aier.
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