terça-feira, 2 de julho de 2019

Busca por educação de qualidade aumenta o número de intercâmbios


9,7% dos intercambistas brasileiros têm menos de 17 anos

Aprender um novo idioma, ensino médio, graduação, pós-graduação, trabalho, turismo e até voluntariado tem tirado o brasileiro da zona de conforto e levado para uma experiência internacional. De acordo com as pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), em 2018, o país teve um crescimento de 20,46% em educação internacional, totalizando cerca de 365 mil intercambistas brasileiros espalhados mundo a fora.

Os destinos são os mais diversos possíveis. Mas, mesmo com as infinitas possibilidades de lugares para conhecer, quem lidera o ranking da pesquisa, pela 13ª vez consecutiva, é o Canadá, um país conhecido por sua hospitalidade, beleza, preocupação ambiental e qualificação educacional de acordo os resultados da pesquisa.

Dos quase cinco mil intercambistas entrevistados pela Belta, em torno de 9,7% deles tinham menos de 17 anos e viajaram para desenvolver habilidades educacionais. “Infelizmente, a educação brasileira é falha em muitos aspectos. Seja escola pública ou privada, ambas possuem um déficit muito grande quando comparado ao nível das expectativas mundiais de educação. Isso faz com que os brasileiros, principalmente os pais, procurem essa qualificação em outros lugares do mundo”, comenta a CEO da Canada Intercambio e gestora educacional, Rosa Maria Troes.

Os programas realizados pela moçada são em sua grande maioria: cursos de idioma (48,7%), de férias (20,5%) e high school (20,5%) – onde o adolescente tem a oportunidade de viver um período do ensino médio em terras estrangeiras. Além da qualificação educacional, os jovens também desenvolvem habilidades de comunicação, empatia, responsabilidade, entendimento cultural e, claro, fazem muitos amigos. Para Rosa essa é uma das melhores fases para realizar um intercâmbio. “O jovem possui o privilégio de ter férias longas e mesmo estando perto de entrar no ambiente profissional, ainda não possui responsabilidades e nem uma carreira consolidada”, comenta a gestora em educação.

Habilidade
Como é desenvolvido
Responsabilidade
Será responsável por organizar seu tempo e os prazos das atividades e home work sozinho.
Independência
Arrumar a cama, acordar cedo, lavar roupas e louças, entre outras atividades que irá aprender e desenvolver vivendo longe dos pais.
Comunicação
Perguntar e explicar serão duas coisas muito frequentes na vida do intercambista. A curiosidade dele e dos outros irá ajudar na comunicação.
Empatia
Conhecendo outras pessoas de diferentes lugares e situações, o jovem será capaz de se colocar e entender o próximo.
Conhecimento cultural
Lugares, monumentos, pontos turísticos, comida, cultura, tudo será novo e trará conhecimento.
Finanças pessoais
Irá aprender a controlar seu dinheiro de maneira efetiva e sustentável.
Autoconfiança
Vai desenvolver autoconfiança por meio das pequenas e grandes conquistas.
Adaptabilidade
Por ser tudo novo, vai se adaptar e com o tempo o desconhecido não será algo medonho, mas sim desafiante.
Língua
Vivenciar o idioma e aprender com nativos será ótimo para aprimorar o speaking, listening e writing.
Carreira
Adquirir bagagem de conhecimento e experiência - start na carreira profissional.


Trabalhadores Qualificados

De acordo com recentes pesquisas do Instituto Ayrton Senna, o Brasil perde por ano R$ 151 bilhões para manter 15% dos jovens entre 15 e 17 anos fora da escolha, ou sejam 1,5 milhão de jovens. A falta de educação efetiva faz com que o Brasil seja um dos países com menos mão de obra qualificada. Fato que resulta perda de produtividade e competitividade e menores salários. No diagnóstico ainda comenta de um fato extremamente grave. O jovem aprende somente 10 pontos da escola do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O indicado era 50%. Se não houver um investimento efetivo em educação, o país corre risco de ter um colapso de mão de obra qualificada num curto espaço de tempo. O brasileiro precisa investir mais em sua educação. 

“Não adianta reclamar do sistema educacional e esperar que o governo faça tudo. Quem quer faz a diferença. Investir na carreira é garantir um cargo melhor e salários mais altos. Um dos investimentos que tem se destacado e muitos nos currículos brasileiros é a vivência em outros países.  Além de aprender um idioma com fluência, vivenciar outras economias, culturas, etc o aluno terá pontos fortes para concorrer aos cargos mais importantes tanto no Brasil como no exterior. O Canadá, por exemplo, busca por profissionais qualificados no mundo todo para movimentar sua economia e é uma grande oportunidade para os brasileiros que querem ter esta vivência”, ressalta Rosa.

Rosa acredita que essa conscientização dos pais de permitirem que o jovem explore sua capacidade intelectual fora do país, pode proporcionar ao brasileiro um espaço maior de atuação profissional e mais significativo no cenário mundial. “Precisamos de jovens educados e independentes, que estejam orientados às soluções e não se abalem com qualquer problema que apareça no caminho, afinal eles serão o nosso futuro”, completa.


Canada Intercambio

Nenhum comentário:

Postar um comentário