Em
Dezembro começa oficialmente o verão e com ele aqueles cuidados necessários com
o corpo e a pele. E a cabeça é uma das áreas que mais sofre na estação por
estar completamente exposta aos
raios ultravioletas e praticamente sem proteção. Essa situação piora no
caso de homens ou mulheres que sofrem com a calvície em seus mais diversos
graus e motivos. O couro cabeludo é uma das áreas mais sensíveis do corpo
humano e requer muito cuidado.
Para
tratar e cuidar do couro cabeludo de forma correta, Márcio Crisóstomo,
cirurgião plástico especializado em transplante capilar e especialista em
tratamento do cabelo, indica as mais diversas formas para evitar queimaduras e
problemas mais graves como o câncer de pele, por exemplo, além de mostrar como
é possível manter o couro cabeludo protegido.
- É necessário passar protetor na cabeça?
O
protetor é essencial para o corpo inteiro, inclusive no couro cabeludo. Quem é
careca ou calvo precisa ter atenção redobrada com os raios UVA e UVB. O ideal é
utilizar protetores solares com alta proteção, fator 50. O mercado ainda
disponibiliza produtos em spray e leave-ins com proteção solar para serem
utilizados nos fios e no couro cabeludo.
- Chapéu prejudica o couro cabeludo?
Pelo
contrário, usar chapéus, bonés, lenços, sombrinhas e guarda-sóis também são
ótimas escolhas na hora de proteger o couro cabeludo em todos os casos. As
peças evitam que os raios prejudiciais atinjam a área diretamente. Atualmente,
existem tecidos com proteção UV. Esses cuidados também ajudam na proteção do
rosto.
- O transplante capilar pode ser uma opção para proteger o couro cabeludo?
Com
certeza. Os fios de cabelo protegem o couro cabeludo da irradiação direta. Os
transplantados também podem utilizar produtos de proteção solar sem
contra-indicação, desde que a pessoa não seja alérgica ou tenha siga alguma
recomendação médica.
- É possível realizar um transplante capilar próximo do verão ou durante a estação?
Sim, o
paciente só deverá evitar a exposição ao sol durante o período de recuperação
da cirurgia recomendada pelo médico responsável, que varia de acordo com o procedimento
realizado.
Para quem
pretende aproveitar as férias de verão para realizar o transplante capilar pode
optar pela técnica FUE (sigla do termo em inglês que significa Follicular
Unit Extraction ou Extração de Unidades Foliculares), as unidades foliculares são
removidas uma a uma diretamente da área doadora. O cirurgião faz uma pequena
incisão ao redor da unidade folicular e aprofunda na mesma direção do
nascimento do pelo. Sem necessidade de ponto para fechamento, o que torna a
cicatrização muito rápida. Ou, ainda, pela técnica clássica, em que o
cirurgião retira um faixa do couro cabeludo e as unidades foliculares são
individualizadas uma a uma por técnicas ao microscópio. Nesta técnica há a
possibilidade de obter um número maior de fios por sessão, mas existe a
dependência da elasticidade do couro cabeludo para a retirada da faixa. Uma
fina cicatriz linear permanece no lugar.
Para os
casos mais severos de calvície em que o paciente necessita de um número maior
de fios a serem transplantados, existe ainda a técnica combinada
procedimento criado pelo médico, que une em apenas uma cirurgia o FUE –
sem remoção de pele na retirada e implante dos fios -, à técnica mais
tradicional de transplante (Técnica Clássica ou Strip) - quando é
retirada uma faixa do couro cabeludo para obtenção dos fios de cabelo para
implante.
O
procedimento a ser utilizado varia de acordo com a necessidade do paciente e
avaliação do cirurgião plástico.
- Quem fez transplante capilar pode tomar sol?
Claro,
sem problema algum. Basta esperar a recuperação completa da cirurgia indicada
pelo médico responsável e, claro, proteger sempre a área.
- Devo usar quais produtos para o couro cabeludo?
É
importante usar produtos como shampoo e condicionador, que tenham proteínas
específicas para os fios e para o couro cabeludo. Por mais que não haja cabelo
é importante o uso dos produtos para que os poros do couro permaneçam sem
impurezas e devidamente hidratados. O dermatologista pode indicar o melhor
produto a ser utilizado por cada pessoa.
- Me queimei. E agora?
Procure
um médico em primeiro lugar, invista na hidratação com cremes leves e que
tenham aloe vera. Cremes específicos para queimaduras podem ajudar a diminuir a
ardência e na hidratação.
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