Para avaliar o conhecimento e entendimento da
população internauta sobre o Sistema de Bandeiras Tarifárias, o Instituto
QualiBest (www.institutoqualibest.com.br) realizou
em novembro, um estudo com homens e mulheres responsáveis ou que compartilham a
responsabilidade sobre o pagamento das contas gerais do domicílio.
Entre os respondentes, 73% disseram ler as
informações presentes em sua conta de luz mensalmente. Sendo assim,
questionou-se se eles conheciam o Sistema de Bandeiras Tarifárias aplicado às
contas de energia elétrica e o resultado foi o seguinte: 48% conhecem e sabem
como funcionam, 45% conhecem, mas não sabem exatamente o que é e apenas 7% não
conhecem.
Para os que disseram conhecer o sistema, foi
solicitado que descrevessem em poucas palavras o que ele significa e o
resultado foi alarmante: somente 31% da amostra total efetivamente conhece o
funcionamento do sistema.
Esse resultado demonstra que existe um baixo
entendimento sobre o funcionamento do sistema e que, os que responderam
corretamente à questão, citaram principalmente informações sobre variação no
preço da energia, outros sobre a ativação das termoelétricas e poucos relataram
o valor do acréscimo nas tarifas de uma bandeira para a outra.
Como parte da metodologia utilizada no estudo, os
respondentes foram estimulados com informações reais sobre o funcionamento do
Sistema e questionados novamente sobre seus conhecimentos. Com esse estímulo,
61% não conheciam todas as informações, 22% conheciam de fato o sistema e a
porcentagem que antes era de apenas 7% para quem não conhecia, passou a ser de
17%.
Esse estímulo reforçou o desconhecimento sobre as
informações e funcionamento do sistema e concluiu que as mesmas não estão
totalmente claras para a população internauta.
Economia de
Energia
Outro ponto levantado na pesquisa foi sobre quais
foram as atitudes tomadas pelos respondentes acerca da redução no consumo de
energia, após a implantação do Sistema de Bandeiras Tarifárias.
Entre aqueles que conheciam as informações apresentadas
no sistema, 88% tomaram atitudes para reduzir o consumo de energia, sendo as
principais: apagar as luzes ao sair dos ambientes (89%), trocar lâmpadas
incandescentes por fluorescentes (83%), desligar a TV antes de dormir ou sair
de um ambiente (76%) e retirar carregadores da tomada quando estes não estão
sendo utilizados (72%).
Conscientização
x Campanha
Mas será que essa conscientização na economia do
consumo de energia, se deu devido a algum tipo de campanha realizada na mídia
sobre as Bandeiras Tarifárias? Foi exatamente isso que o QualiBest quis saber.
Cerca de 43% disseram se lembrar de terem visto
alguma campanha, propaganda ou anúncio sobre o Sistema de Bandeiras Tarifárias
na mídia, o outros 57% não tiveram nenhuma lembrança.
Após essa informação, os respondentes foram
convidados a assistirem um vídeo sobre a campanha, veiculada na época, e
novamente foram questionados se já haviam visto aquele vídeo, especificamente.
Depois da exibição, 85% não se lembraram da campanha.
Sendo assim, ficou evidente que as ações declaradas
para a economia de energia pouco tiveram a ver com o Sistema de Bandeiras
Tarifárias, pois o grande desconhecimento da mesma e o baixo impacto da
campanha, não respalda os 88% que tomaram atitudes de economia após sua
“implementação”.
Essas ações são decorrentes provavelmente de outros
reflexos, totalmente sem relação com o Sistema, tais como: crise econômica,
crise hídrica, memória do racionamento de 2001 e a interrupção da fabricação de
lâmpadas incandescentes em 2015. É evidente que o impacto na economia de
energia poderia ser ainda maior, se todos tivessem acessos às informações do
Sistema de Bandeiras Tarifárias.
Para uma abrangência mais ampla da campanha sobre o
sistema, a televisão foi o meio mais sugerido entre os respondentes (81%),
seguido das mídias sociais (69%) e de sites diversos da internet (54%); essa
maior divulgação certamente será eficaz, uma vez que faria com que 94% dos
respondentes se esforçassem para reduzir ainda mais o consumo, se soubessem que
sua conta teria um acréscimo de 15% no próximo mês.
Metodologia
Estudo quantitativo online com 893 pessoas, homens e mulheres, maiores
de 25 anos, das classes ABCD (critério Brasil) e que são responsáveis ou
compartilham a responsabilidade sobre o pagamento das contas gerais do
domicílio (água, energia elétrica, telefone).
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