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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Doação de sangue entre animais: um ato de amor que pode salvar vidas

A médica veterinária conta que a falta de sangue pode ter consequências gravíssimas e levar o animal ao óbito.


Assim como os humanos, os cães e gatos também podem fazer o bem e ajudar a salvar a vida de outros animais com uma simples doação de sangue, já que os pets podem precisar de transfusão sanguínea por diversos motivos, entre eles doenças graves, traumas por atropelamentos e outras enfermidades.

De acordo com Camila Maia, médica veterinária e coordenadora do hospital Vet Popular, unidade zona norte, a transfusão de sangue é realizada em casos de anemias graves que podem ser causadas por diversos parasitas que acometem os cães e gatos, em cirurgias extensas com perda grave de sangue, ou também rompimento de órgãos (como fígado e baço) após traumas.

A especialista reforça que a falta de sangue para um animal que necessita pode ter consequências gravíssimas e levar ao óbito, por exemplo. “Existe uma carência de doação de sangue tanto em cães quanto em gatos, que muitas vezes morrem por falta de sangue”.

Como o sangue é um “produto” biológico pode haver rejeição desse sangue durante ou após a transfusão, daí a necessidade do procedimento sempre ser realizado sob cuidado médico veterinário, que avaliará todo o processo. “O ideal é sempre fazer o teste de compatibilidade para que a transfusão seja feita de forma mais segura para o receptor, porém, em casos de emergência muitas vezes o procedimento é feito sem testes”, explica.

Lembrando que o sangue é espécie especifico, ou seja, cão doa para cão e gato doa para gato. Segundo a especialista, existem tipos de sangue diferentes para cães e gatos. “Os gatos têm três tipos: A, B e AB, e os cães 7: DEA 1.1 a 1.7”.

A médica veterinária conta que a doação de sangue é indolor e não causa nenhum mal ao doador, que precisa ser adulto saudável, com mais de 25 Kg no caso dos cães e 4 kg os gatos. “A doação de sangue dura em média 15 minutos e a coleta é feita través da veia jugular (pescoço), com animal deitado “de lado”. Quando o doador é muito ativo pode-se realizar uma sedação para contê-lo”, destaca.

A doação pode ser realizada a cada dois meses com segurança, sendo que após a doação o animal pode retornar a sua casa e participar da sua rotina normalmente, evitando apenas exercícios físicos no mesmo dia. “Não há necessidade de preparo, o doador só não pode estar sob tratamento médico ou ter sofrido algum tipo de cirurgia recente”, afirma.

Camila reforça que o animal doador além de ajudar a salvar a vida de um outro bichinho ainda recebe uma série de exames de sangue que comprovem o seu estado de saúde.




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