Um
em cada quatro brasileiros admite que poderia se proteger melhor do sol, mas
não o faz, segundo estudo da SBOC
Dezembro é o mês do início do verão,
mas também do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, comemorado dia 2. A
exposição ao sol é uma das principais causas relacionadas ao seu
desenvolvimento, fato que é entendido por boa parte dos brasileiros, graças às
grandes campanhas de prevenção, segundo constatou pesquisa proprietária da
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em
relação ao Câncer”. Entretanto, o mesmo estudo identificou que a
população ainda deixa a desejar nas atitudes preventivas, o que se torna ainda
mais perigoso com a chegada do verão. A doença é a variedade mais comum entre
os tumores, correspondendo a 30% de todos os casos malignos do País, de acordo
com o INCA.
Segundo o Panorama, o câncer de
pele é um dos tipos mais conhecidos pelos brasileiros, sendo citado por 89% da
população. O dado positivo é ainda mais relevante quando considerado que, além
de conhecerem a enfermidade, também reconhecem sua causa direta: 83% dos
brasileiros relaciona a exposição ao sol com o câncer. “Nos últimos anos,
diversas campanhas conduzidas por órgãos públicos, sociedades médicas e pelo
setor produtor de protetores solares conscientizaram a população brasileira
sobre os riscos dos raios ultravioletas e a importância de se proteger
adequadamente, cuidando da pele diariamente. Não à toa, se proteger do sol foi
a segunda atitude preventiva contra o câncer mais lembrada, sendo citada por
86% dos brasileiros, atrás apenas do antitabagismo”, diz a Diretora da
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Dra. Andreia Melo.
Além disso, os mesmos 86% da população
concordam que a exposição aos raios solares deve ser controlada desde a
infância para evitar complicações na idade adulta. Os altos índices indicam que
as diversas campanhas de prevenção tiveram efeito no nível de conhecimento.
Entretanto, há uma diferença preocupante entre a teoria e a prática.
Ao todo, um em cada quatro brasileiros
admite que poderia se proteger do sol, mas que não o faz – índice que aumenta
para um a cada três entre os mais jovens com idades entre 18 e 29 anos. Além
disso, 6% da população demonstra forte resistência, afirmando que não adotaria
o hábito. “A resistência da população a adotar comportamentos simples no seu
dia a dia, como aplicar protetor solar sobre a pele, usar óculos escuros e
chapéu é preocupante. Em alguns estados, essa atitude é especialmente
prejudicial. No Tocantins, por exemplo, quase um a cada cinco habitantes
afirmou que não mudaria suas atitudes preventivas no futuro”, alerta Melo.
Além deles, pernambucanos, capixabas,
catarinenses e rondonienses apresentaram altos índices de oposição a adotar
hábitos preventivos em relação ao câncer de pele – cada um deles 10%. Por outro
lado, paraibanos (87%), alagoanos (81%), sergipanos (80%) e gaúchos (80%) dizem
já se protegerem do sol no seu dia a dia. “É crucial que consigamos melhorar os
índices de conversão de conhecimento em ação. Com a chegada do verão, nosso
desafio é levar a população a adotar as medidas de prevenção necessárias
durante toda a estação e que essas medidas sejam utilizadas também nas outras
estações”, finaliza Melo.
SOBRE A SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a
entidade nacional que representa mais de 1,4 mil especialistas em oncologia
clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada
em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia
Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da
população brasileira. Desde novembro de 2017, é presidida pelo médico
oncologista Sérgio Simon, eleito para o biênio 2017/2019.
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